Máquina de Vendas
Máquina de Vendas | |
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Razão social | Máquina de Vendas Brasil Participações S.A[1] |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Varejista |
Fundação | 29 de março de 2010 (14 anos) |
Sede | São Paulo, São Paulo |
Presidente | Pedro Bianchi |
Empregados | 6,000 (2019)[2] |
Produtos | |
Subsidiárias | Ricardo Eletro |
Lucro | R$ 88 milhões (2013)[3] |
Faturamento | R$ 2 bilhões (2019)[4][5] |
Renda líquida | R$ 5,5 bilhões (2017)[6] |
Antecessora(s) | Lojas Insinuante City Lar[7] Eletro Shopping[8] Salfer [9] |
Website oficial | www |
A Máquina de Vendas é uma empresa varejista brasileira, a terceira maior varejista de eletrodomésticos e móveis e a quinta maior varejista do Brasil em 2015.[10][11][12]
Atualmente, atua somente através de comércio eletrônico.[13][14]
História
[editar | editar código-fonte]Em 29 de março de 2010, ocorreu a fusão entre as redes varejistas Ricardo Eletro e Insinuante,[15] criando uma holding batizada de Máquina de Vendas.[16] A holding surgiu como a segunda maior empresa de eletroeletrônicos e móveis do país, com 8% do mercado brasileiro.[17][18]
Em 24 de junho de 2010, a empresa anunciou a compra da rede mato-grossense City Lar, presente nas regiões Centro-Oeste e Norte do País.[19][20] Em 21 de julho de 2011, comprou 51% da empresa pernambucana Eletro Shopping, presente em 5 estados da região Nordeste.[8] Em abril de 2012, a empresa comprou a rede catarinense Salfer,[9][21][22] presente na região Sul do Brasil, única parte do País onde a Máquina de Vendas ainda não atuava. Com essa última aquisição, a empresa criou a Máquina de Vendas Sul, sendo parte regional da holding, presidida por Clayton Salfer.[7][23] Com isso, a Máquina de Vendas encerrou o ano de 2012 como a maior varejista do setor de eletroeletrônicos do país, com mais de 1.070 pontos de venda.[24] E, em 2014, registrou vendas líquidas de R$ 7,9 bilhões.[25][26][27]
Em 11 de abril de 2016, a holding iniciou um processo de unificação de suas marcas,[25] "City Lar", "Eletro Shopping", "Insinuante" e "Salfer" tornaram-se uma única marca, a Ricardo Eletro.[28] No mesmo ano, a Máquina de Vendas ocupou o quinto lugar no ranking das maiores empresas de e-commerce do Brasil. [29] Em 2016, o seu faturamento foi de R$ 6,5 bilhões.[30] Entretanto, devido ao contexto de crise financeira nacional, em 2017, a empresa iniciou um processo de reestruturação, que envolveu negociação de dívidas e análise de um novo posicionamento da marca.[31][32] Toda essa reestruturação foi realizada em 18 meses pela Máquina de Vendas, que conseguiu também implementar a operação de e-commerce de maneira mais ampla, aumentando a participação das vendas pela internet para 39% do total.[33] Com os fornecedores, o grupo seguiu uma estratégia cautelosa, realizando acordos que asseguram um limite mínimo de acesso a crédito e de abastecimento das categorias nas lojas para que a operação aconteça sem percalços, focando em produtos com preço mais acessível e de giro rápido.[34]
Hoje, a Máquina de Vendas está sob o comando da MV Participações, que é controlada pela Starboard.[35][36][37] O fundador da rede, Ricardo Nunes, e sua família não fazem mais parte, nem do quadro de acionistas, nem da administração da empresa.[37][38]
Recuperação Judicial e Falência
[editar | editar código-fonte]Em 7 de agosto de 2020, a Máquina de Vendas pediu recuperação judicial, com uma dívida de mais de quatro bilhões de reais,[13][39] seu fundador, Ricardo Nunes chegou a ser preso por lavagem de dinheiro e sonegação de imposto.[40] Em 2022, teve falência decretada e, posteriormente, suspensa pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.[41][42][12][14]
Em seu ápice, a rede chegou a ter mais de 28 mil colaboradores e 1 200 lojas físicas.[13][41]
Bandeiras
[editar | editar código-fonte]Empresas que compunham o portfólio da Máquina de Vendas, além da Ricardo Eletro:[43]
Referências
- ↑ http://ri.maquinadevendas.com.br/#organograma_societario
- ↑ «Menos direitos, mais emprego: É melhor ter menos direitos do que ficar desempregado, defende chefe da Ricardo Eletro». economia.uol.com.br. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ Bronzatto, Thiago (29 de setembro de 2014). «Adeus aos donos». Exame. Grupo Abril. Consultado em 17 de outubro de 2019
- ↑ «Ricardo Eletro impulsiona vendas online em meio à pandemia do coronavírus». Exame. Grupo Abril. Abril de 2020. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ «Ricardo Eletro impulsiona vendas online em meio ao Covid-19». SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. 7 de abril de 2020. Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ Drska, Moacir (10 de agosto de 2018). «Uma máquina à venda». IstoÉ. Terra Networks. Consultado em 17 de outubro de 2019
- ↑ a b «Varejo, crédito, seguro, consórcio... Até onde vai a Máquina de Vendas». www.estadao.com.br. Estadão (28/02/2011). Página visitada em 13/02/2014.
- ↑ a b «Máquina de Vendas compra rede Eletro Shopping». Odiário.com. 21 de julho de 2011. Consultado em 30 de junho de 2012. Arquivado do original em 28 de fevereiro de 2014
- ↑ a b 1. Vanessa Dezem (23 de junho de 2010). «Com City Lar, Máquina de Vendas amplia rede para 281 cidades». oglobo.globo.com. O Globo. Página visitada em 30 de junho de 2012.
- ↑ «Máquina de Vendas espera crescimento entre 5% e 7% este ano». Valor Econômico. 19 de outubro de 2012. Consultado em 3 de janeiro de 2013
- ↑ «O varejo é gringo». ISTOÉ Dinheiro. 6 de julho de 2012. Consultado em 3 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 14 de fevereiro de 2013
- ↑ a b «Sem caixa para funcionar, Ricardo Eletro consegue suspender falência na Justiça». O Globo. 13 de julho de 2022. Consultado em 6 de março de 2024
- ↑ a b c «Ricardo Eletro demite 3.500, fecha todas as lojas e pede recuperação judicial». Folha de S.Paulo. 8 de agosto de 2020. Consultado em 6 de março de 2024
- ↑ a b «Ricardo Eletro reverte falência e pode ser 'inspiração' para Americanas». InfoMoney. 24 de janeiro de 2023. Consultado em 6 de março de 2024
- ↑ «Época NEGÓCIOS - EDT MATERIA IMPRIMIR - Fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante cria a holding Máquina de Vendas». epocanegocios.globo.com. Consultado em 22 de julho de 2020
- ↑ Queiroz Elias, Antonio Temóteo de (2010). Nasce uma (empresa) Gigante: Uma análise de discurso das reportagens sobre a fusão de Ricardo Eletro e Insinuante (PDF). Brasília: [s.n.] pp. 26–27; 44–47
- ↑ Bretas, Gustavo; Bretas, Gustavo (27 de novembro de 2017). «Fusão da Ricardo Eletro e Insinuante cria a holding "Máquina de Vendas"». DeFato Online. Consultado em 22 de julho de 2020
- ↑ Vivian Pereira (29 de março de 2010). «Insinuante e Ricardo Eletro se unem e querem dobrar de tamanho». Reuters. o Globo. Consultado em 30 de junho de 2012
- ↑ «Rede City Lar se une à Máquina de Vendas - Economia». Estadão. Consultado em 21 de julho de 2020
- ↑ Marinella Castro (24 de junho de 2010). «Holding da Ricardo Eletro anuncia compra da City Lar». Estado de Minas. [[Uai (portal)|UAI]]. Consultado em 30 de junho de 2012
- ↑ Chiara, Márcia De (5 de dezembro de 2012). «Número de varejistas que fatura mais de R$ 1 bi no Brasil cresce 32%». Agência Estado. Estadão. Consultado em 3 de janeiro de 2013
- ↑ «A máquina ajusta as engrenagens». www.istoedinheiro.com.br. Consultado em 21 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 14 de outubro de 2013. IstoÉ Dinheiro (11/10/2013). Página visitada em 12 de fevereiro de 2014.
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- ↑ a b Braziliense, Correio; Braziliense, Correio (18 de fevereiro de 2016). «Máquina de Vendas será apenas Ricardo Eletro, a maior varejista de móveis». Correio Braziliense. Consultado em 22 de julho de 2020
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- ↑ [hhttp://sbvc.com.br/wp-content/uploads/2017/10/Ranking-70-Maiores-Empresas-do-E-commerce-Brasileiro-2017.pdf&usg=AOvVaw0lixczhgyzQvBtYfV5WFsw «RANKING SBVC: 70 Maiores Empresas - E-commerce Brasileiro (2017)»] (PDF). Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Consultado em 22 de julho de 2020
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- ↑ «Máquina de Vendas, controladora da Ricardo Eletro, fecha lojas e pede recuperação judicial». G1. Consultado em 8 de agosto de 2020
- ↑ «Fundador da Ricardo Eletro é preso em SP em operação contra sonegação fiscal em MG». G1. 8 de julho de 2020. Consultado em 6 de março de 2024
- ↑ a b «Como rede Ricardo Eletro foi de 1.200 lojas e 28 mil empregados à falência». UOL. 10 de junho de 2022. Consultado em 6 de março de 2024
- ↑ «Entenda por que a Ricardo Eletro teve a falência decretada e, depois, suspensa». O Globo. 15 de junho de 2022. Consultado em 6 de março de 2024
- ↑ «Portal RI: Máquina de Vendas». ri.maquinadevendas.com.br. Consultado em 22 de julho de 2020
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página oficial da Insinuante»
- «Página oficial da Ricardo Eletro»
- «Página oficial da City Lar»
- «Página oficial da Eletro Shopping»
- «Página oficial da Salfer»