João Manuel Mena Barreto
Coronel do Exército Brasileiro João Manoel Mena Barreto IOA IOR IOR | |
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Nome completo | João Manoel Mena Barreto |
Nascimento | 24 de janeiro de 1824 Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, Brasil |
Morte | 12 de agosto de 1869 (45 anos) Peribebuí, Departamento Cordillera, Paraguai |
Cônjuge | Maria Balbina Palmeiro da Fontoura |
Serviço militar | |
País | Império do Brasil |
Serviço | Exército Brasileiro |
Anos de serviço | 1824–1869 |
Patente | Coronel |
Conflitos | Guerra do Paraguai Batalha de Paysandu Combate de São Borja Batalha do Avaí Fortificações de Lomas Valentinas Campanhas do Uruguai |
Condecorações | Cavaleiro da Ordem de São Bento de Avis Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro Dignatário da Imperial Ordem da Rosa Medalha de Mérito Militar |
João Manuel Mena Barreto[1] (Porto Alegre, 24 de janeiro de 1824 — Peribebuí, 12 de agosto de 1869) foi um militar brasileiro.
Vida
[editar | editar código-fonte]É um dos ascendentes de uma tradicional família brasileira do Rio Grande do Sul: os Mena Barreto. Filho legitimado de João de Deus Mena Barreto, visconde de São Gabriel, e Maria Joaquina de Almeida, meio-irmão de João Propício Mena Barreto, barão de São Gabriel por parte de pai. Casou-se com Maria Balbina Palmeiro da Fontoura, em 27 de agosto de 1849.[2]
Participou das campanhas do Uruguai, sendo promovido a coronel, por merecimento, em 18 de fevereiro de 1865, após a batalha de Paysandu.[3]
Enviado ao Paraguai, no primeiro semestre de 1865, como comandante do 1° batalhão de Voluntários da Pátria, foi informado, perto de São Borja, da invasão do Rio Grande do Sul.[3] Deslocou, então, a sua tropa para a defesa do território brasileiro.[3] Conforme descreve o vigário de São Borja, acerca do combate de 10 de junho de 1865, foi decisiva a ação do 1° Batalhão de Voluntários da Pátria, sob o comando de João Manuel Mena Barreto, "quando fazia o seu batismo de sangue e merecia a gratidão eterna das famílias de São Borja, das quais foi o salvador. Viu-se dentro da vila um espetáculo que é impossível descrever. A população estremecia de susto, e as ruas estavam cheias de povo. Este espetáculo comoveu o coronel Mena Barreto e o determinou a atacar os paraguaios. Durante horas que fez frente ao inimigo, várias vezes, com diversas cargas, a vila de São Borja ficou despovoada". A decisão dos paraguaios de só tomarem São Borja após transporem o rio – com um contingente total de cinco mil homens, de que dispunha o seu exército – foi ocasionada pela impressão de serem estes heróis uma vanguarda do exército brasileiro. Disso se valeu o coronel João Manuel para efetuar, à noite, a retirada estratégica de todas as famílias sãoborjenses.
Participou mais tarde do cerco a Uruguaiana, assumindo logo depois o comando de uma brigada estacionada em São Gabriel.[3]
Foi depois chamado à Corte, onde comandou o 1° Regimento de Guarda. Não permaneceu muito tempo, desejando voltar ao combate, foi nomeado, em 1867, brigadeiro.[3] Em novembro e dezembro do mesmo ano se destacava em combate e, no ano seguinte, lutou em Avaí e Lomas Valentinas.
Promovido ao comando da 1° Divisão de cavalaria, foi ferido a bala no combate que conquistou as fortificações de Peribebuí, vindo a falecer em 12 de agosto de 1869.[4][3] Sua morte revoltou o príncipe Gastão de Orléans, conde d'Eu (marido de D. Isabel de Bragança, a última princesa imperial do Brasil), que ordenou o degolamento do coronel Pablo Caballero e do chefe político da vila, Patrício Marecos,[5] demonstrando a influência dos Mena Barreto no sul brasileiro.
Foi condecorado com a medalha da Campanha do Estado Oriental (1851-1852), com o grau de cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo (1858), com o grau de cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz (1860), com o grau de oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro (1865), com o grau de grande dignitário da Imperial Ordem da Rosa (1869) e com a medalha de Mérito Militar.
Referências
- ↑ João Manoel Menna Barreto, conforme a grafia da época
- ↑ «Pequena biografia do Brigadeiro João Manoel Menna Barreto, Patrono do 2.° Regimento de Cavalaria Mecanizado.». 2.° Regimento de Cavalaria Mecanizado - Exército Brasileiro. Consultado em 30 de janeiro de 2021
- ↑ a b c d e f PORTO-ALEGRE, Achylles (1917). Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Livraria Selbach
- ↑ «BRIGADEIRO JOÃO MANOEL MENNA BARRETO "PATRONO DO 2º R C Mec"». 2º RC Mecanizado. Consultado em 29 de novembro de 2018
- ↑ DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- MENNA BARRETO, João de Deus Noronha. Os Menna Barreto. Seis Gerações de Soldados. Rio de Janeiro: Laemmert, 1950.
- MENNA BARRETO,Oswaldo Bittencourt. Família Menna Barreto 200 Anos. Santa Maria: Cedigraf, 2003.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Reconhecimento feito desde o Nhembucu até o Jacaré, de 4 a 12 de Junho de 1868, Rio de Janeiro, 1871, na Biblioteca Nacional de Portugal