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João Carlos Greenhalgh

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João Carlos Greenhalgh
Nascimento 1845
Morte 9 de maio de 1919
Nacionalidade brasileiro
Cidadania Brasil
Ocupação engenheiro

João Carlos Greenhalgh (Minas Gerais, 1845Iguape, 9 de maio de 1919[1]) foi um engenheiro agrimensor, que em 1873 estava a serviço do presidente da província de Santa Catarina.

Nascido no âmago de uma ilustre família de origem inglesa,[2] casou em Laguna com Amélia Bessa Greenhalgh,[3] filha de Antônio José de Bessa e de Florinda da Conceição Teixeira Nunes, neta de João Teixeira Nunes, o fundador de Tubarão.[4]

Em ofício de 22 de junho de 1874, destinado ao presidente da província João Tomé da Silva, relata sobre o orçamento necessário para os reparos necessários à estrada da vila de Tubarão ao núcleo colonial de Braço do Norte. De acordo com seu ofício, "da barra do Braço do Norte ao rio Pequeno não existe estrada e nem ao menos caminhos".

Foi realizado em 1874, por uma comissão a cargo do engenheiro João Carlos Greenhalgh, o "Tombamento topográfico das terras patrimoniais de Sua Alteza Imperial e Seu Augusto Esposo", compreendendo a "1.ª Área de 522.000.000 metros quadrados, medida no Município de Tubarão, Província de Santa Catarina".[5]

Auxiliou o engenheiro Charles Mitchell Smith Leslie, juntamente com o também engenheiro Carlos Othon Schlappal, na medição das terras do patrimônio dotal da Princesa Isabel, resultando na criação da Colônia Grão Pará.[6]

De 1881 a 1882 foi engenheiro fiscal da Estrada de Ferro Donna Thereza Christina (EFDTC), sendo proprietário de terras em Oratório, no atual município de Orleans, pelas quais passaram os trilhos da estrada de ferro.[7][8] Foi o primeiro diretor do Gymnasio Tubaronense, fundado em 1895 (ou 1897), onde suas filhas Amélia e Zulmira foram professoras.[9]

Estação Braço do Norte da Estrada de Ferro Donna Thereza Christina (EFDTC) em Barra do Norte, destruída na enchente de 1974

Possivelmente por ser engenheiro fiscal da EFDTC, em 1873 foi procurado pelo padre Guilherme Roer em nome dos colonos alemães que pretendiam estabelecer-se no vale do Braço do Norte, visto ter a estrada de ferro uma estação imediatamente na confluência do rio Braço do Norte no rio Tubarão, tendo encaminhado à presidência da província um telegrama comunicando tal fato. Literalmente, uma notícia do jornal O Despertador, de 23 de setembro de 1873, cita um telegrama enviado pela presidência da província ao engenheiro João Carlos Greenhalgh, respondendo a seu telegrama do dia anterior, constando[10]

"... dizer-lhe que pode vmc. encarregar ao demarcador Manuel Rodrigues de proceder, com urgência, a medição dos terrenos concedidos aos alemães estabelecidos às margens do Braço do Norte do Tubarão".

Notícia de 1916: "João Carlos Greenhalgh decide vender diversos lotes de terra às margens do Tubarão e Oratório. Terras férteis, em mata virgem. Greenhalgh foi o 1º agrimensor das terras patrimoniais" (Colônia Grão Pará).[11]

Referências

  1. Jornal o Dever, p. 3
  2. «Greenhalgh». Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM). Revista Marítima Brazileira (00142): 3347. 13 de julho de 1941. Consultado em 28 de março de 2022 
  3. Norberto Ungaretti: Laguna: um pouco do passado. Florianópolis: Ed. do Autor, 2002. Página 42.
  4. Walter Zumblick: Este meu Tubarão ...! 2º Volume. Tubarão: Edição do autor. Página 21.
  5. [1]Helio Vianna: Estudos de história imperial, 1950, p. 262
  6. Jucely Lottin: Colônia Imperial de Grão-Pará. 120 anos. Florianópolis: Elbert, 2002. Página 29.
  7. Walter Zumblick: Teresa Cristina: A Ferrovia do Carvão. Florianópolis: Editora da UFSC, 1987. A ferrovia cruzou suas terras dos quilômetros 103,645 a 105,155, página 50.
  8. Jucely Lottin: Orleans 2000. História e Desenvolvimento. Florianópolis: Elbert, 1998. Mapa do traçado original da estrada de ferro do trecho de Orleans a Lauro Müller, página 15.
  9. Walter Zumblick: Este meu Tubarão ...! 2º Volume. Tubarão: Edição do autor. Março de 1976. Página 154.
  10. Jornal O Despertador número 1108 de 23 de setembro de 1873
  11. João Leonir Dall'Alba, Colonos e Mineiros no Grande Orleans, 1986. Página 70.
  • Arquivo Público do Estado de Santa Catarina. Inventário Analítico das Correspondências dos Engenheiros.
  • Walter Zumblick. Teresa Cristina: A Ferrovia do Carvão. Florianópolis: Editora da UFSC, 1987.
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