Jacopo Bonfadio
Jacopo Bonfadio (Roè Volciano, 1508 — Gênova, 19 de julho de 1550) foi um humanista e historiador italiano.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Educou-se nas cidades de Verona e Pádua e trabalhou como secretário de vários membros do clero romano e napolitano. Em 1540, foi tutor de Torquato, filho do cardeal humanista Pietro Bembo. Bonfadio ganhou renome através de suas poesias, vindo a lecionar filosofia na Universidade de Gênova em 1544. No mesmo ano, o Governo da República contratou-o para escrever a história da cidade.
Sua obra "Annales Genuendis"[1] foi finalizada em 1550 e prontamente despertou a ira de poderosas famílias genovesas - Doria, Adorno, Spinola e Fieschi -[2] que se sentiram hostilizadas com o texto. Seus inimigos, então, acusaram-no de seduzir um de seus estudantes e Bonfadio acabou condenado à morte pelo crime de sodomia.
O escândalo produzido pela sentença mobilizou intelectuais em toda a Itália numa vã tentativa de salvá-lo. Com o passar do tempo a crítica à execução se manteve e para se livrar de complicações o Governo genovês destruiu os registros do julgamento.[3]
Notas e referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Aldrich, Robert; Wotherspoon, Garry. Who's Who in Gay and Lesbian History: From Antiquity to World War II. Routledge, 2002. ISBN 0415159830
- Ditchfield, Peter Hampson. Books Fatal to Their Authors. 1894. Disponível no Projeto Gutenberg
- Gianni Delfino, Dei martirii e del pene: il caso Bonfadio, "Sodoma", n. 1, autunno-inverno 1984, pp. 81–92.