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Igreja de São Lourenço (Pamplona)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para a homónima em Potosí, Bolívia, veja Igreja de San Lorenzo de Carangas.
Igreja de São Lourenço
Igreja de São Lourenço (Pamplona)
Fachada da Igreja de São Lourenço
Informações gerais
Estilo dominante principalmente neoclássico; barroco
Religião Católica
Diocese Arquidiocese de Pamplona e Tudela
Ano de consagração século XIV
Website https://www.capillasanfermin.com/parroquia-de-san-lorenzo/
Geografia
País Espanha
Localização Pamplona
Região Navarra
Coordenadas 42° 49′ 01″ N, 1° 38′ 56″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico
Busto de São Firmino, na capela do mesmo nome da Igreja de São Lourenço

A Igreja de São Lourenço (em castelhano: Iglesia de San Lorenzo é um edifício religioso católico situado no centro histórico de Pamplona, a a capital da Comunidade Foral de Navarra, no norte de Espanha. Originalmente construída no século XIV, poucos vestígios existem dessa época. O elemento arquitetónico e simbólico mais valioso da igreja atualmente é a capela de São Firmino, o padroeiro da Diocese de Pamplona e o santo mais popular da cidade que o viu nascer.

História e arquitetura

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A igreja situa-se no extremo da Calle (Rua) Mayor, no cruzamento com a Calle Taconera. Quando foi construída, no século XIV, a igreja servia também como fortaleza e fazia parte do sistema defensivo da cidade. Foi erigida pelos pamploneses que habitavam o burgo de San Cernin, onde a maioria dos residentes eram francos, homens livres vindos principalmente de França, que gozavam de grandes privilégios e que não permitiam que os locais compartilhassem os seus espaços de reunião.

Do edifício medieval apenas resta uma torre e alguns vestígios ocultos. A igreja atual foi construída no século XVIII em estilo neoclássico e foi completada em 1805 por Juan Antonio de Pagola. A planta é de cruz grega, orientada para o Rincon de la Aduan. A igreja chama a atenção pelo jogo geométrico das suas cúpulas e pela lanterna que coroa a parte superior do cruzeiro, de tijolo vermelho cujo exterior apresenta um esmerado trabalho, em algumas partes salpicado com cerâmica colorida com o escudo da cidade, que contrastam com a pedra da galeria de arcos presente no piso térreo.

A fachada atual, da autoria de Florencio de Ansoleaga, foi construída em 1901. A fachada barroca anterior foi derrubada porque sofreu muitos estragos causados por bombas disparadas da cidadela pelas forças do general Leopoldo O'Donnell durante as Guerras Carlistas do século XIX. A verticalidade original diminuiu ao desaparecer um corpo piramidal sobre o dos sinos.

Capela de São Firmino

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Na igreja do século XIV já existia uma capela dedicada a São Firmino (em castelhano: Sant Fermín). A capela atual, onde se encontra quase todo o ano o santo co-padroeiro de Navarra, foi construída em 1696 por iniciativa do Ayuntamiento segundo um projeto dos arquitetos Santiago Raón, Frei Juan de Alegría e Martín Zaldúa, tendo as obras ficado concluídas em 1717. Inicialmente a capela era barroca, mas a reforma de Santos Ángel de Ochandátegui em 1797 deu-lhe um ar neoclássico. Durante o restauro levado a cabo em 1989 procurou repor-se o ambiente barroco original.

No altar principal da capela encontra-se um busto-relicário daquele que é o santo mais popular de Pamplona, datada do final do século XV e que contém as relíquias do santo. A imagem é de madeira policromada guarnecida a prata, finamente decorada com motivos florais que não são normalmente visíveis pois normalmente o santo está coberto com um manto vermelho e dourado. A tez do santo é escura, o que pode dever-se a que São Firmino fosse negro ou ao fumo das velas que escureceu a cor original. Devido a isso o santo é por vezes chamado de morenico (morenito).

A imagem de São Firmino foi colocada na capela no dia 6 de julho de 1717, vésperas da sua festividade em Pamplona e primeiro dia das grandes festas em sua honra, os Sanfermines. Desde essa data, só nas manhãs dos dias 7 de julho é que a imagem sai da capela, para sair em procissão ao som de dulzainas, txistus e caixa por ruas abarrotadas de gente escrupulosamente vestida de pamplonico (vermelho e branco). O santo é venerado à sua passagem com cantos danças, orações e a emoção de milhares de pamploneses. A procissão já se realizava em 1386, quando o rei de Navarra Carlos II trouxe uma relíquia de São Firmino de Amiens, onde ele foi martirizado em 303, e a colocou na respetiva capela da Igreja de São Lourenço. No século XVI foram trazidas mais relíquias de Amiens.

O manto da imagem é chamada de el capotico (o capotezinho) pelos participantes (mozos) do encierro (corrida de touros), que apelam a São Firmino que lhes "atire um capote" para os proteger do perigo de correr em frente aos touros.

Notas e fontes

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Ligações externas

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