Saltar para o conteúdo

Frederica Isabel de Saxe-Eisenach

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Frederica Isabel
Duquesa de Saxe-Weisselfels
Princesa de Saxe-Eisenach
Frederica Isabel de Saxe-Eisenach
Duquesa de Saxe-Eisenach
Reinado 1698-1712
Antecessor(a) Joana Madalena de Saxe-Altemburgo
Sucessor(a) Luísa Cristina de Stolberg-Stolberg-Ortenberg
 
Nascimento 5 de maio de 1669
  Altenkirchen, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 12 de novembro de 1730 (61 anos)
  Bad Langensalza, Ducado de Saxe-Weisselfels, Sacro Império Romano-Germânico
Marido João Jorge, Duque de Saxe-Weissenfels
Descendência Frederica de Saxe-Weissenfels
João Jorge, Príncipe-Herdeiro de Saxe-Weissenfels
Joaneta Guilhermina de Saxe-Weissenfels
Joaneta Amália de Saxe-Weissenfels
Filho nadomorto
Joana Madalena de Saxe-Weissenfels
Frederica Amália de Saxe-Weissenfels
Casa Wettin
Pai João Jorge I, Duque de Saxe-Eisenach
Mãe Joaneta de Sayn-Wittgenstein

Frederica Isabel de Saxe-Eisenach (5 de Maio de 1669 - 12 de Novembro de 1730), foi uma nobre alemã, membro da Casa de Wettin e, por casamento, duquesa de Saxe-Weissenfels.

Nascida em Altenkirchen, foi a sétima dos oito filhos nascidos do casamento de João Jorge I, Duque de Saxe-EisenachJoaneta, condessa de Sayn-Wittgenstein-Sayn-Altenkirchen. Entre os seus sete irmãos e irmãs, quatro chegaram à idade adulta: Leonor Edmunda, Frederico Augusto, duque hereditário de Saxe-Eisenach, João Jorge II, Duque de Saxe-EisenachJoão Guilherme, Duque de Saxe-Eisenach.

Casamento e descendência

[editar | editar código-fonte]

As boas relações entre os ramos Albertino e Ernestino da Casa de Wettin já se tinham reforçada em 1686  quando o duque João Jorge II de Saxe-Eisenach (do ramo Ernestino) arranjou o casamento da sua irmã mais velha, a marquesa-viúva de Brandemburgo-Ansbach com João Jorge IV, Eleitor da Saxónia (do ramo Albertino). No entanto, esta união acabaria por ser um grande fracasso e não nasceram descentes do mesmo. O noivo e a noiva morreram em 1694 e 1696, respectivamente.

Uma vez que o irmão e sucessor de João Jorge IV, Frederico Augusto I já se encontrava casado, o duque João Jorge II teve de procurar outro casamento para voltar a unir ambos os ramos da Casa de Wettin.

Assim, apenas dez meses antes da sua morte (10 de Novembro de 1698) o duque João Jorge II arranjou o casamento da sua irmã mais nova, Frederica Isabel, com João Jorge, Duque de Saxe-Weissenfels. O casamento realizou-se em Jena, a 7 de Janeiro de 1698. Juntos, tiveram sete filhos, dos quais apenas uma chegou à idade adulta:[1][2]

  1. Frederica de Saxe-Weissenfels (4 de Agosto de 1701 - 28 de Fevereiro de 1706), morreu aos quatro anos de idade.
  2. João Jorge, Príncipe-Herdeiro de Saxe-Weissenfels (20 de Outubro de 1702 - 5 de Março de 1703), morreu aos cinco meses de idade.
  3. Joaneta Guilhermina de Saxe-Weissenfels (31 de Maio de 1704 - 9 de Julho de 1704), morreu aos dois meses de idade.
  4. Joaneta Amália de Saxe-Weissenfels (8 de Setembro de 1705 - 7 de Fevereiro de 1706).
  5. Filho nadomorto (1706).
  6. Joana Madalena de Saxe-Weissenfels (17 de Março de 1708 - 25 de Janeiro de 1760), casada com Fernando Kettler, Duque da Curlândia e Semigallia; sem descendência.
  7. Frederica Amália de Saxe-Weissenfels (1 de Março de 1712 - 31 de Janeiro de 1714), morreu aos catorze meses de idade.

Vida posterior

[editar | editar código-fonte]

Além das reformas políticas que o seu marido levou a cabo no pequeno ducado de Querfurt-Weissenfels, Frederica Isabel trouxe consigo um impulso social considerável. O casal esforçou-se por criar uma ordem caritativa em 1700 e, em 1710, no aniversário de Frederica, abriram um orfanato em Langendorf, que a duquesa apoiou financeiramente até morrer.

Frederica gostava particularmente do chamado jardin à la française. O duque João Jorge ofereceu-lhe o chamado Hermitage entre Weissenfels e Langendorf, o Klein-Friedenthal (um palácio de verão), um zoo no Castelo de Neuenburg (Freyburg) e o jardim de Leisslinger Wiese.

O seu marido também gostava de promover o luxo na corte e foi por isso que, em 1710, ordenou a construção de um pequeno e dispendioso porto fluvial para uso exclusivo de Frederica Isabel em Weissenfels. Com uma pequena flotilha de 15 navios, eram organizados cruzeiros recreativos no rio Saale.

Após a morte do seu marido e a subida ao trono do seu cunhado Cristiano, em 1712, Frederica Isabel recebeu o Castelo de Dryburg em Langensalza como Wittum (herança de viuvez, que já tinha sido definida em 1695), no qual ordenou a construção de um parque real antes de se mudar para o mesmo em 1717. Além do parque, Frederica também ordenou a realização de obras para mudar várias estruturas do Castelo e da aldeia próxima ao mesmo.

Frederica Isabel morreu no Castelo de Dryburg aos sessenta-e-um anos de idade e foi sepultada na Schlosskirche, em Weissenfels.[3] Uma vez que o seu corpo teve de ser embalsamado para aguentar a longa viagem ate Weissenfels, as estranhas que lhe foram extraídas foram sepultadas numa urna em separado.

Os antepassados de Frederica Isabel de Saxe-Eisenach em três gerações
Leonor Edmunda de Saxe-Eisenach Pai:
João Jorge I, Duque de Saxe-Eisenach
Avô paterno:
Guilherme, Duque de Saxe-Weimar
Bisavô paterno:
João II, Duque de Saxe-Weimar
Bisavó paterna:
Doroteia Maria de Anhalt
Avó paterna:
Leonor Doroteia de Anhalt-Dessau
Bisavô paterno:
João Jorge I, Príncipe de Anhalt-Dessau
Bisavó paterna:
Doroteia do Palatinado-Simmern
Mãe:
Joaneta de Sayn-Wittgenstein
Avô materno:
Ernesto, Conde de Sayn-Wittgenstein-Sayn
Bisavô materno:
Guilherme III, Conde de Sayn-Wittgenstein-Sayn
Bisavó materna:
Ana Isabel de Sayn Wittgenstein
Avó materna:
Luísa Juliana de Erbach
Bisavô materno:
Jorge III, Conde de Erbach-Breuberg
Bisavó materna:
Maria de Barby-Mühlingen
  1. «Friederike Elisabeth Herzogin v.». Consultado em 14 de setembro de 2016. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014 
  2. Note: not named the stillborn son.
  3. Saxe-Weimar-Eisenach line in: Royaltyguide.nl [retrieved 10 October 2014].
  • 300 Jahre Schloss Neu-Augustusburg, 1660-1694 - Residenz der Herzöge von Sachsen-Weißenfels: Festschrift, Weissenfels, 1994, pp. 38–39.
  • Friedrich Gerhardt: Schloss und Schlosskirche zu Weißenfels, Weissenfels, 1898, pp. 55–56.
  • Johann Christoph Dreyhaupt: Beschreibung des … Saal-Creyses, insonderheit der Städte Halle. Halle, 1749/1751 (d.i. "Dreyhaupt-Chronik").