Fleetwood Mac
Fleetwood Mac | |
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Fleetwood Mac em 1977. Da esquerda para a direita: Mick Fleetwood, Christine McVie, John McVie, Stevie Nicks e Lindsey Buckingham. | |
Informação geral | |
Origem | Londres, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gênero(s) | |
Período em atividade |
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Ex-integrantes |
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Página oficial | fleetwoodmac.com |
Fleetwood Mac foi uma banda anglo-americana de rock, formada em Londres, no ano de 1967. Em mais de 50 anos de carreira, o grupo vendeu mais de 120 milhões de cópias no mundo, sendo uma das bandas de maior sucesso comercial no mundo. Em 1998, alguns integrantes foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame. Além disso, o conjunto foi premiado pelo Brit Awards por sua contribuição à história da música e, em 2018, declarado MusiCares Person of the Year.
O grupo conteve várias formações. A inicial, caracterizada pela participação do guitarrista e compositor Peter Green, o guitarrista Jeremy Spencer, o baterista Mick Fleetwood e o baixista John McVie, com a qual gravaram seu álbum de estreia em 1968. Por vários anos ocorreram várias mudanças de formação, enquanto o som do grupo sofreu mudanças do blues até ao pop rock, algo marcado pela entrada de Bob Welch e Christine McVie em substituição de Green e Spencer. Em 1974, após uma mudança do grupo para os Estados Unidos e o lançamento do disco Heroes Are Hard to Find, Welsh saiu do grupo.[5]
A formação mais famosa do grupo se iniciou ainda em 1974, quando o baterista Mick Fleetwood conheceu um duo de folk rock formado por Lindsey Buckingham e Stevie Nicks. Os dois novos integrantes, juntamente com Christine McVie, estruturaram em definitivo o pop rock como principal gênero do grupo. Nesta época, a banda lançou Fleetwood Mac (1975) e Rumours (1977), este último um sucesso mundial.[6] Apesar da formação ter se mantido até 1987, com o álbum Tango in the Night, a banda foi caracterizada por crises, hiatos, abuso de drogas e brigas internas entre os integrantes. Naquele ano, Buckingham deixou o grupo[7] e os membros clássicos retornaram apenas em 1997, com o projeto ao vivo The Dance.[8]
Desde 1998, a banda passou por outras mudanças. Christine McVie deixou o grupo naquele ano, tornando o Fleetwood Mac um quarteto. Sob esta configuração, foram lançados os projetos Say You Will (2003) e Extended Play (2013).[9] Com o retorno de McVie em 2014, a tecladista se juntou com Buckingham para um futuro disco da banda.[10] Com a recusa de Stevie Nicks em participar, Lindsey Buckingham Christine McVie foi lançado em 2017 como obra solo dos músicos.[11] Em 2018, Lindsey Buckingham foi expulso do grupo e substituído por Mike Campbell e Neil Finn.[12] Em 2024, dois anos após a morte de Christine McVie, Nicks disse que o grupo havia cessado as atividades.[13]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Apareceram pela primeira vez no British National Jazz & Blues Festival, em agosto daquele ano, com o nome de Peter Green's Fleetwood Mac, assinando em seguida com o empresário/produtor de blues Mike Vernon, do selo Blue Horizon. Peter Green já era conhecido como cantor de blues e guitarrista, e o Fleetwood Mac, como passou logo a ser chamado, tornou-se pioneiro no movimento de blues na Inglaterra, tendo sucesso imediato.
No final de 1968, Peter Green introduziu no grupo seu protegido, o jovem guitarrista Danny Kirwan, sendo substituído por Bob Weston (guitarrista) em 1972 (e demitido em 1974),[14]. O Fleetwood Mac se tornou assim, a única banda com três guitarristas, sendo eles capazes de criar e tocar seu próprio repertório. Estavam entre os maiores sucessos da Grã-Bretanha, embora ainda não conseguissem atingir o mercado norte-americano.
Em 1969, o estilo de Peter Green começou a revelar um afastamento do puro blues e, em maio de 70, num acesso de misticismo, ele resolveu deixar o grupo e a vida musical.
Com sua estrutura profundamente abalada, o Fleetwood Mac se afastou por alguns meses, voltando no fim do ano com o álbum "Kiln House", que seria o trampolim para seu futuro sucesso nos EUA.
No ano seguinte, foi a vez de Jeremy Spencer: durante uma turnê pelos EUA, ele desapareceu em Los Angeles, sendo encontrado dias depois num templo da seita Meninos de Deus, disposto a ficar por lá e abandonar a carreira musical. Sua decisão fora tomada após ter sido abordado na rua por um membro da seita, e era mais surpreendente devido ao fato dele ser um verdadeiro humorista de palco, fazendo memoráveis sátiras de Elvis Presley e Buddy Holly, e normalmente alheio à religiosidade.
Depois de novo afastamento devido a este último golpe, o grupo voltou. Mas devido também às muitas alterações ocorridas na formação e o fracasso dos LP lançados então, chegou novamente à dissolução.
Foi nessa época, em 1972, que o empresário Clifford Davis criou um outro Fleetwood Mac, sem nenhum dos integrantes originais, para substitui-los. Mas John McVie entrou com uma ação na justiça contra o grupo falso e ganhou.
A partir daí, novos ventos sopraram sobre o verdadeiro grupo: o casal Nicks e Buckingham se associou ao grupo e, com nova formação (Christine McVie nos vocais e teclados, Mick Fleetwood na bateria, John McVie no baixo, Stevie Nicks nos vocais e Lindsey Buckigham na guitarra), o grupo voltou a ocupar seu lugar nas paradas de sucesso e a ganhar discos de ouro e platina.
Depois do lançamento de Mirage em 1982, a banda entrou em hiato. Nicks continuou produzindo materiais solo, da mesma forma que Christine McVie produziu um álbum autointitulado. Buckingham, por sua vez, produziu Go Insane (1984), seu segundo trabalho solo, e partiu para a produção de um terceiro. Neste ínterim, o baterista Mick Fleetwood sugeriu que o trabalho solo de Lindsey se transformasse no projeto futuro do Fleetwood Mac. O projeto foi produzido de forma conturbada. Tango in the Night conteve, por exemplo, menor participação de Stevie Nicks por conta de seus vícios em cocaína, mas a obra foi a primeira do grupo desde Rumours a alcançar o primeiro lugar nas paradas. Dele se derivaram vários sucessos, como "Big Love", Seven Wonders", "Everywhere" e "Little Lies".[15][16] Antes do início da nova turnê da banda, Buckingham anunciou sua saída do grupo durante uma conturbada reunião dos integrantes na casa de McVie.[7] Com isso, os guitarristas Billy Burnette e Rick Vito ingressaram no conjunto.
Entre 1988 e 1995, o grupo lançou uma coletânea Greatest Hits com a inclusão de inéditas e lançou o inédito Behind the Mask, o primeiro da nova formação. O projeto chegou a ter a participação de Buckingham na faixa-título e foi um fracasso comercial, tendo como único sucesso a canção "Save Me", de Christine McVie. Após isso, foi a vez de Stevie Nicks e Rick Vito deixarem o grupo.[16] Christine McVie também cogitou deixar a banda, mas permaneceu por mais um registro a pedido da gravadora. Embora a formação clássica tenha se reunido em 1993 na posse do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, o álbum Time contou com uma formação diferente com a adesão da cantora de country Bekka Bramlett e Dave Mason. Apesar de ter participado do projeto, que também foi um fracasso comercial, McVie optou por não participar da turnê.[17]
Em 1996, os membros da formação mais famosa da banda voltaram a ensaiar juntos e anunciaram o retorno oficialmente em março do ano seguinte. Naquele ano, produziram um álbum ao vivo no formato MTV chamado The Dance, com sucessos e a inclusão de algumas faixas inéditas.[8] O sucesso do álbum, que vendeu mais de 5 milhões de cópias nos EUA, motivou a banda a fazer uma turnê especial baseada no registro. Após a turnê em 1998, Christine McVie deixou o grupo. A banda optou por não incluir novos integrantes, e seguiu como um quarteto.
Ainda em 1998, a banda foi inclusa no Rock and Roll Hall of Fame. Todos os integrantes da formação original, Mick Fleetwood, John McVie, Peter Green, Jeremy Spencer e Danny Kirwan, além dos membros da formação Rumours foram introduzidos. Apesar da longa participação na década de 1970, Bob Welch não foi introduzido com os demais. O grupo também foi premiado no Brit Awards no mesmo ano, na categoria "Outstanding Contribution to Music".
Após a saída de McVie, a banda começou a trabalhar num disco com a participação apenas de Buckingham e Nicks como vocalistas. Apesar disso, duas canções que previamente fariam parte de um álbum solo de Lindsey contaram com teclados de Christine. Say You Will foi lançado em 2003[18] e foi um sucesso comercial, trazendo singles como "Say You Will" e "Peacekeeper".[19] A turnê feita em 2003 e 2004 foi uma das mais lucrativas do ano e ainda gerou o trabalho Live in Boston.[20] Sem a volta de Christine, Lindsey continuou lançando projetos solo, como Unde the Skin (2006), Gift of Screws (2008) e Seeds We Sow (2011). Nicks, por sua vez, lançou In Your Dreams (2011).
A banda voltou a lançar material inédito em 2013 e tocou duas músicas inéditas em shows - "Sad Angel" e "Without You".[21] As canções foram definidas por Lindsey como as canções mais características do estilo Fleetwood Mac desde Mirage (1982). As duas faixas foram inclusas no EP Extended Play.[9] No mesmo ano o grupo teve que pausar temporariamente sua turnê pelo fato do baixista John McVie ter sido diagnosticado com câncer. Em novembro, Christine McVie disse, em entrevista ao The Guardian, que gostaria de voltar pra banda.
Christine foi anunciada de volta ao Fleetwood Mac em janeiro de 2014.[10] Em 2015, Lindsey sugeriu que o próximo álbum do Fleetwood Mac seria o disco final do grupo. O guitarrista e McVie começaram a ensaiar uma série de músicas inéditas, enquanto Nicks estava focada na divulgação de outro trabalho solo, o que fez os demais membros aguardarem suas contribuições. No entanto, ainda em 2016, Stevie declarou publicamente, em entrevista, que estava relutante em gravar um disco com o grupo. Com isso, Buckingham e McVie tiveram que lançar o material, feito com os demais membros da banda, como um registro solo. Lindsey Buckingham Christine McVie saiu em junho de 2017.[11][22]
Em 2018, a banda foi premiada com o MusiCares Person of the Year. Após isso, Buckingham foi expulso do grupo.[23] A princípio, os motivos não foram revelados pela banda, enquanto Lindsey queixou em entrevistas de que Stevie Nicks estaria responsável por isso. Mick Fleetwood disse que Lindsey não queria fazer uma turnê com o Fleetwood Mac antes de uma turnê solo, enquanto o guitarrista afirmou que a afirmação não procedia. No mesmo ano, o cantor entrou com um processo contra o conjunto, o qual foi resolvido com um acordo entre ambas as partes. Em 2019, Christine McVie afirmou a Mojo que a expulsão de Lindsey se deu por um impasse na sua relação com Stevie Nicks.
No lugar de Lindsey Buckingham, Mick Fleetwood convidou dois novos guitarristas. Um deles foi Mike Campbell, ex-membro do Tom Petty and the Heartbreakers, e o outro foi Neil Finn, vocalista e guitarrista da Crowded House.
Última formação
[editar | editar código-fonte]- Mick Fleetwood – bateria, percussão (1967–1995, 1997–2022)
- John McVie – baixo, backings (1967–1995, 1997–2022)
- Stevie Nicks – vocal, pandeiro (1975–1991, 1997–2022)
- Mike Campbell – guitarra solo, vocais (2018–2022)
- Neil Finn – vocal, guitarra base (2018–2022)
Discografia
[editar | editar código-fonte]- 1968: Fleetwood Mac
- 1968: Mr. Wonderful
- 1969: Then Play On
- 1970: Kiln House
- 1971: Future Games
- 1972: Bare Trees
- 1973: Penguin
- 1973: Mystery to Me
- 1974: Heroes Are Hard to Find
- 1975: Fleetwood Mac
- 1977: Rumours
- 1979: Tusk
- 1982: Mirage
- 1987: Tango in the Night
- 1990: Behind the Mask
- 1995: Time
- 2003: Say You Will
Referências
- ↑ a b Fleetwood Mac Encyclopedia Britannica
- ↑ Smith, Chris (2006). The Greenwood Encyclopedia of Rock History: From Arenas to the Underground, 1974–80. Greenwood Press. pp. 88, 94–95, 215. ISBN 0-313-32937-0.
- ↑ How Fleetwood Mac invented goth The Quietus
- ↑ ] Brackett, Nathan; Hoard, Christian (2004). The New Rolling Stone Album Guide (4th ed.). Fireside. p. 303. ISBN 0-394-72107-1.
- ↑ «Fleetwood Mac albums ranked worst to best». Ultimate Classic Rock. Consultado em 25 de dezembro de 2018
- ↑ Thrills, Adrian (16 de outubro de 2009). «On the eve of Fleetwood Mac's reunion, Stevie Nicks tells how their wild past still inspires them». Daily Mail. UK. Consultado em 28 de dezembro de 2009
- ↑ a b Elliott, Paul (Outubro de 2013). «Eye of the hurricane». Classic Rock #189: 60
- ↑ a b «The Dance - Fleetwood Mac». Allmusic. Consultado em 26 de dezembro de 2018
- ↑ a b Caulfield, Keith. «Chart Moves: Fleetwood Mac Returns After 10 Years, Lindsey Stirling Hits New Chart High». Billboard. Consultado em 5 de setembro de 2016
- ↑ a b Edna Gundersen (27 de março de 2014). «Christine McVie rejoins Fleetwood Mac». USA Today. Consultado em 15 de janeiro de 2017
- ↑ a b «Lindsey Buckmingham/Christie McVie - Lindsey Buckmingham / Christie McVie». AllMusic. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ «Fleetwood Mac Fires Lindsey Buckingham». Rolling Stone. Consultado em 10 de junho de 2018
- ↑ «'Não existe chance do Fleetwood Mac voltar a existir', diz Stevie Nicks». Terra. 17 de junho de 2024. Consultado em 11 de agosto de 2024
- ↑ Ex-guitarrista do Fleetwood Mac é achado morto Jornal Gazeta do Povo - acesso em 1° de fevereiro de 2012]
- ↑ «Tango in the Night - Fleetwood Mac». Allmusic. Consultado em 25 de dezembro de 2018
- ↑ a b Giles, Jeff. «25 Years Ago:Fleetwood Mac Release 'Behind the Mask' Without Lindsey Buckingham». Ultimate Classic Rock. Consultado em 12 de abril de 2015
- ↑ The Time Tour Arquivado em 2011-11-26 no Wayback Machine
- ↑ «Say You Will - Fleetwood Mac». Allmusic. Consultado em 25 de dezembro de 2018
- ↑ «Say You Will > Charts & Awards > Billboard Albums». Allmusic. Consultado em 31 de janeiro de 2014
- ↑ «Live in Boston - Fleetwood Mac». Allmusic. Consultado em 29 de dezembro de 2018
- ↑ «Extended Play - Fleetwood Mac». Allmusic. Consultado em 25 de dezembro de 2018
- ↑ «Reviews and Tracks for Lindsey Buckingham/Christine McVie by Lindsey Buckingham». Metacritic. Consultado em 18 de junho de 2017
- ↑ «Ex-guitarrista do Fleetwood Mac, Lindsey Buckingham passa por cirurgia cardíaca». Extra. 9 de fevereiro de 2019. Consultado em 24 de março de 2019
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Site oficial do Fleetwood Mac (em inglês)