Elizabeth Greenfield
Elizabeth Greenfield | |
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Nascimento | 1824 Natchez |
Morte | 31 de março de 1876 (51–52 anos) Filadélfia |
Cidadania | Estados Unidos |
Etnia | afro-americanos |
Ocupação | cantora, professora |
Instrumento | voz |
Elizabeth Taylor Greenfield (1824 – 31 de março de 1876), apelidada de "O Cisne Negro", foi uma cantora afro-estadunidense, considerada a melhor artista musical negra de seu tempo e a primeira a alcançar sucesso nos Estados Unidos e em outros países.[1] Ela foi "descoberta" por James M. Trotter por "seus tons incrivelmente doces e sua grande capacidade vocal".
Biografia
[editar | editar código-fonte]Greenfield nasceu escrava em Natchez, Mississippi, mas foi adotada ou herdada enquanto criança por outra mulher, Elizabeth Greenfield, uma quaker da Filadélfia. A mãe da criança era de ascendência indígena e seu pai era negro. Sua dona mudou-se para Filadélfia e emancipou seus escravos, enviando muitos deles para a Libéria. A mãe da criança e seus dois pais estavam entre aqueles que foram para a Libéria, mas ela permaneceu em Filadélfia.[2] Ela estudou música quando era criança, apesar de ser proibido pelos quakers com quem ela estava. A partir daí, começou a cantar em festas particulares. Seu show de estreia foi em 1851 na Associação Musical de Buffalo. De 1851 a 1853 ela viajou em turnê gerenciada pelo Coronel J. H. Wood.[3]
Em 1853 estreou no Metropolitan Hall, em Nova Iorque, perante um público de quatro mil pessoas, todas brancas. Após o concerto, Greenfield pediu desculpas aos afro-estadunidenses por sua exclusão do espetáculo e deu um show para beneficiar o Lar de Idosos Negros e o Asilo de Órfãos Negros.
Em abril de 1853, Greenfield foi para Londres, sob patrocínio da Duquesa de Sutherland e Harriet Beecher Stowe. Greenfield recebeu aulas do organista da Rainha Vitória, George Smart. Ela se apresentou para a rainha no Palácio de Buckingham em 10 de maio de 1854; ela foi a primeira artista negra a apresentar-se ante a realeza.[4] Harriet Beecher Stowe escreveu sobre a apresentação de Greenfield ante a "elite" da sociedade inglesa "Sunny Memories of Foreign Lands".[5] Na Inglaterra também recebeu o apoio da Duquesa de Norfolk e da Duquesa de Argyle.
Mais conhecida por suas performances da música de Georg Friedrich Händel, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti, ela também apresentou canções sentimentais norte-americanas, tais como a adaptação de 1852 por Henry Bishop de "Home! Sweet Home!", de John Howard Payne, e "Old Folks at Home", de Stephen Foster.[6]
Ao voltar aos Estados Unidos, realizou turnês dirigiu um conservatório de música em Filadélfia. Entre seus alunos esteve Thomas Bowers, que se tornou conhecido como "O Mario Colorido" e "O Mario Americano" pela semelhança de sua voz com a do tenor de ópera italiano Giovanni Mario.[7][8] Na década de 1860, ela criou uma trupe de ópera com Bowers, que dirigiu.[9] Greenfield morreu de paralisia em Filadélfia, em 31 de março de 1876. Greenfield era membro da Igreja Batista Siló de Filadélfia.
Referências
- ↑ «A soprano negra que desafiou as regras sobre quem podia cantar ópera no século 19». Nexo Jornal
- ↑ The Black Swan - Miss Greenfield, The Tri-Weekly Commercial (Wilmington, North Carolina), 2 de novembro de 1854, página 4, disponível em: https://www.newspapers.com/clip/6551422//
- ↑ Obituary - Elizabeth Taylor Greenfield, The New York Times (New York, New York), 2 de abril de 1876, página 2, disponível em https://www.newspapers.com/clip/6551441//
- ↑ "Claiming Their Citizenship: African American Women From 1624-1009" Arquivado em 27 de fevereiro de 2012, no Wayback Machine., Timeline, NWHM.
- ↑ Inc, The Crisis Publishing Company (21 de fevereiro de 2017). The Crisis (em inglês). [S.l.]: The Crisis Publishing Company, Inc.
- ↑ Eric., Lott, (1 de janeiro de 1995). Love and theft : blackface minstrelsy and the American working class. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0195078322. OCLC 318452553
- ↑ Nettles, Darryl Glenn (2003). African American concert singers before 1950. Jefferson, NC: McFarland. ISBN 0786414677.
- ↑ Appiah, Kwame Anthony; Gates, Jr., Henry Louis (2005). Africana: The Encyclopedia of the African and African American Experience. Oxford University Press. p. 598. ISBN 0195170555.
- ↑ Simmons, William J., and Henry McNeal Turner. Men of Mark: Eminent, Progressive and Rising. GM Rewell & Company, 1887. p. 203.