Delegado (mestre-sala)
Delegado | |
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Delegado na quadra da Mangueira em 2010. | |
Informação geral | |
Nome completo | Hélio Laurindo da Silva |
Também conhecido(a) como | Delegado, Mestre Delegado |
Nascimento | 29 de dezembro de 1921 |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, DF |
Origem | Mangueira, Rio de Janeiro |
Morte | 12 de novembro de 2012 (90 anos) |
Local de morte | Duque de Caxias, RJ |
Gênero(s) | Samba |
Afiliação(ões) | Estação Primeira de Mangueira |
Hélio Laurindo da Silva, mais conhecido como Delegado (Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1921 - Duque de Caxias, 12 de novembro de 2012), foi diretor de bateria, ritmista e mestre-sala da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, reconhecido como o maior mestre-sala da história do carnaval carioca, conquistando apenas nota máxima durante o período em que desfilou.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Primeiros Anos
[editar | editar código-fonte]Filho de um dançarino de valsa e de uma doceira, Delegado nasceu no morro da Mangueira, e desde jovem interessou-se pelo samba e pelo carnaval, ao se aproximar da bateria da Mangueira. Conheceu Marcelino, o mestre-sala fundador, e Jorge Rasgado, mestre-sala titular nos anos 1940, encantando-se com a função que exerciam.[1] O apelido Delegado é decorrente de sua fama de “prender” as moças na conversa.[3]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Delegado nunca tirou nota menor que 10 nos desfiles da Mangueira. Sua estreia ocorreu na madrugada de 8 de fevereiro de 1948, ao entrar na Praça Onze junto de sua parceira, a porta-bandeira Nininha Chochoba. Apesar da sua agremiação não levar o titulo, o casal levou nota 10, iniciando a sequencia que o acompanharia por toda carreira.[1] Durante 36 anos ele conquistou a nota máxima fazendo dupla com Nininha, Neide e Mocinha. A última nota 10 foi em 1984, ano da inauguração do sambódromo, quando a Mangueira venceu o supercampeonato, tendo como enredo Yes, nós temos Braguinha. Delegado venceu e se aposentou, recusando-se a receber homenagens na ocasião.[1] Em 1978 teve passagem pela escola de samba Camisa Verde e Branco, em São Paulo, sagrando-se vice-campeão pela escola ao ser diretor de harmonia, mas nunca deixou a Mangueira, sendo vice-campeão do carnaval carioca no mesmo ano.[4] Delegado foi consagrado como presidente de honra da escola carioca em agosto de 2011, em substituição à Jamelão, morto em 2008.[2] Na ocasião da posse, a Mangueira recebeu a visita dos mestres-sala e porta-bandeiras de todas as agremiações do Rio de Janeiro, e Delegado dançou com cada uma delas no Palácio do Samba, quadra mangueirense.[1]
Vida Pessoal
[editar | editar código-fonte]Delegado nunca se casou, mas teve três filhos e seis netos.[1]
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Em 1998 recebeu a Medalha do Mérito Pedro Ernesto da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.[4] Foi um dos três homenageados pela Mangueira no enredo de 2022, ao lado de Cartola e Jamelão.[5]
Morte
[editar | editar código-fonte]Delegado morreu em 12 de novembro de 2012 na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, em decorrência de câncer de próstata, após 10 dias de internação, e foi sepultado no Memorial do Carmo, Zona Portuária do Rio.[3][4]
Premiações
[editar | editar código-fonte]- Estandarte do Povo (Jornal do Brasil)
Referências
- ↑ a b c d e f «Mestre dos mestres-salas, Delegado encantou por décadas na avenida». O Globo - Acervo. Consultado em 1 de março de 2019
- ↑ a b «Morre mestre Delegado, o Pelé dos mestres-salas». EM. Consultado em 1 de março de 2019
- ↑ a b «Morre o grande mestre-sala Delegado, da Mangueira». O Globo. Consultado em 1 de março de 2019
- ↑ a b c «Morre, aos 90 anos, Mestre Delegado, presidente de honra da Mangueira, no Rio». Uol. Consultado em 1 de março de 2019
- ↑ «Enredo e Samba: Mangueira vai homenagear três ícones do mundo do carnaval». G1. 26 de março de 2022. Consultado em 4 de outubro de 2023
- ↑ «Estandarte de Ouro 1978». O Globo. 8 de fevereiro de 1978. p. 12. Consultado em 25 de julho de 2019. Arquivado do original em 25 de julho de 2019
- ↑ «Império Serrano eleita a melhor escola pelo júri». O Globo. 24 de fevereiro de 1982. p. 17. Consultado em 29 de julho de 2019. Arquivado do original em 29 de julho de 2019
- ↑ «O Estandarte do Povo é da Portela; Há muito tempo, tantos escolas não brilhavam tanto». Jornal do Brasil: 1. 16 de fevereiro de 1983. Consultado em 13 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2020
- ↑ «Estandarte do Povo 1983: Portela prepara a festa; Um 10 para Mestre Andrezinho; Todos cantaram 'Mãe Baiana Mãe'; Delegado passa o anel». Jornal do Brasil: 13. 16 de fevereiro de 1983. Consultado em 13 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2020