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Daniel José Rodrigues

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Daniel José Rodrigues
Daniel José Rodrigues
Nascimento 8 de maio de 1877
Britelo
Morte 4 de novembro de 1951 (74 anos)
Vila Nova de Famalicão
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação romancista, jornalista, poeta, magistrado, estadista, tradutor

Daniel José Rodrigues (Britelo (Celorico de Basto), 8 de maio de 1877Vila Nova de Famalicão, 4 de novembro de 1951), por vezes referido por Daniel Rodrigues Salgado, foi um licenciado em Direito que enveredou pela política e administração de empresas, que, entre outras funções de relevo, foi presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos, deputado e senador, vice-presidente e presidente da Câmara dos Deputados, presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal de Lisboa, governador civil do Distrito de Lisboa e Ministro das Finanças do 40.º governo republicano,[1] cargo que exerceu de 6 de julho a 22 de novembro de 1924. Também se dedicou à escrita e à tradução, deixando vasta obra publicada.[2][3]

Daniel José Rodrigues nasceu em Britelo, concelho de Celorico de Basto, filho de Daniel José Rodrigues (ou Daniel Salgado), oriundo de Cristóval (Melgaço), e de sua esposa Maria Elisa da Cunha Rodrigues, de Moreira do Castelo.[4] Em outubro de 1886, antes de completados os 9 anos de idade, passou a frequentar o ensino primário na Escola Moderna, então situada no Campo dos Mártires da Pátria, na cidade do Porto. Terminada a instrução primária em 1888, matriculou-se no Colégio de Lamego, em Lamego, onde concluiu o ensino secundário em 1893.[3]

Em Lamego foi aluno de Camilo Pessanha e iniciou a sua ligação ao ideário republicano, resultado do movimento de contestação ao ultimato britânico de 1890 e dos acontecimentos que rodearam a tentativa revolucionária de 31 de janeiro de 1891, a que se terá juntado a influência de António Joaquim da Silva Ramos, o Vacas, um dos professores do Colégio de Lamego.[3][5]

Terminado o ensino secundário, terá demonstrado interesse na carreira de médico naval, mas optou por se matricular no curso de Direito da Universidade de Coimbra, no qual ingressou em outubro de 1893. Terminou o curso em junho de 1900, após ter reprovado dois anos, e já após o falecimento prematuro de seu pai, evento de que resultaram dificuldades financeiras para a família.

A passagem de Daniel Rodrigues pela Universidade de Coimbra correspondeu a um período de intensa propaganda republicana no meio estudantil, reforçando a sua adesão ao ideário do republicanismo. Foi também iniciado na Maçonaria, na Loja Preseverança de Coimbra, estrutura maçónica fundada por estudantes, ao tempo dirigida por Manuel António da Costa, mais tarde senador no Congresso da República. Em rotura com a loja onde fora iniciado, foi um dos fundadores da Loja Prometeu de que foi venerável até à sua formatura. Neste período terá sido filiado na Carbonária, afirmando-se como membro da esquerda republicana. Também iniciou a sua atividade literária com a publicação da obra Apostrophes.[3]

Terminado o bacahrelato em Direito, ingressou na magistratura, como subdelegado do Procurador Régio em Macedo de Cavaleiros, onde permaneceu de junho de 1900 a fevereiro de 1901. Depois de ter concorrido sem sucesso a um lugar de delegado do Procurador Régio no Porto, resolveu enveredar pela advocacia, instalando-se em Vila Nova de Famalicão, terra natal de sua esposa, Maria de Faria Gonçalves, com quem casara em setembro de 1901.

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Foi irmão do médico e político republicano Rodrigo José Rodrigues e do escritor Urbano Rodrigues.[6]