Complexo Fepasa
Complexo Fepasa | |
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Tipo | centro cultural, apeadeiro, património histórico, edifício |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Jundiaí - Brasil |
Patrimônio | bem tombado pelo IPPAC |
Homenageado | Ferrovia Paulista S/A |
Conhecida como Complexo FEPASA, a antiga oficina ferroviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro está localizada na cidade de Jundiaí, São Paulo.
Histórico
[editar | editar código-fonte]A Companhia Paulista de Estradas de Ferro detinha de uma oficina na cidade de Campinas responsável pela manutenção de suas locomotivas e carros. Diante do grande fluxo de trabalho, a companhia resolveu construir uma nova mais espaçosa e capaz de realizar maior número de serviços.[1] A cidade de Jundiaí foi escolhida por conta de sua localização estratégica. Em 1897 a nova oficina na cidade de Jundiaí foi inaugurada[2] e funcionou durante muitas décadas realizando serviços de manutenção, montagem, construção e reconstrução de carros, pintura, entre outros.
Na década de 1960, ocorreu a estatização da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e em 1971 a incorporação à Ferrovia Paulista S/A (FEPASA). Em 2001 foi dada entrada no pedido de tombamento do Complexo. Este foi aprovado no ano de 2004 e abrange todas as edificações do perímetro. Atualmente, o conjunto é parcialmente utilizado, abrigando algumas seções da Prefeitura Municipal de Jundiaí, o Museu da Companhia Paulista, bem como uma unidade do Poupatempo e uma unidade da Faculdade de Tecnologia (FATEC). Uma parte do complexo, no entanto, se encontra em ruínas.[3]
Construção
[editar | editar código-fonte]A construção do complexo foi iniciada em 1892 com a finalidade de ser a nova oficina ferroviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. O projeto foi realizado por Gustavo Adolpho da Silveira, os trabalhos de terraplenagem foram executados pelos sócios Contrucci e Giorgi sob a fiscalização do engenheiro Antônio Soares de Gouvêa e o pedreiro responsável foi João Normanton. Entre os estrangeiros envolvidos com a construção dessa edificação, destaca-se a empresa Phoenix Bridge que exportou a superestrutura metálica que compõe a cobertura em shed.[4]
A edificação ficou dividida da seguinte forma: lado Norte, destinado à reparação de carros e vagões; lado Sul, destinado ao maquinário, ferramentas e outros serviços auxiliares à reparação; e edifício Central, onde foram instalados o escritório, inspetoria e almoxarifado geral. [5] Durante seus vários anos de funcionamento, o complexo sofreu diferentes alterações e acréscimos de edificações.[6] [7]
Referências
- ↑ Relatório da Diretoria da Companhia Paulista de Vias Ferreas (1891). São Paulo: Jorge Seckler & Comp.
- ↑ Relatório da Diretoria da Companhia Paulista de Vias Ferreas (1897). São Paulo: Vanorden & Cia
- ↑ E. R. Oliveira, M. M. Silva e T. M. Silva (2017). A importância do reconhecimento histórico para a valoração de um patrimônio industrial.
- ↑ T. M. Silva (2019). Oficinas ferroviárias em São Paulo: um estudo sobre a formação espacial da oficina da Companhia Paulista em Jundiaí (1892-1896).
- ↑ A. Pinto (1903). História da viaçāo pública de S. Paulo (Brasil).
- ↑ J. Sanchiz (2018). The Morphology of a Working Place Linked to the World: The Railway Workshops of Jundiaí (Brazil, 1892-1998).
- ↑ A. Torrejais (2016). Patrimônio ferroviário como tecnocultura: As oficinas de manutenção da Companhia Paulista em Jundiaí.