Choques nos preços das commodities
Choques nos preços das commodities são momentos em que os preços das commodities aumentarem ou decresceram bruscamente em um curto espaço de tempo.
1971–1973
[editar | editar código-fonte]À época da crise petrolífera de 1973, o preço do milho e do trigo aumentaram em um fator de três.[carece de fontes]
Década de 2000
[editar | editar código-fonte]Durante os primeiros anos do terceiro milênio, o preço do Brent aumentou para mais de 30 dólares por barril em 2003 antes de atingir o pico de 147,30 dólares em julho de 2008. Com o início da Grande Recessão, a demanda reduzida por petróleo causou o preço do barril a cair para 39 dólares em dezembro de 2008.[1]
A crise de alimentos de 2007–2008 viu o preço do milho, trigo e arroz subir por um fator de três, quando medido em dólares americanos.[carece de fontes]
Segunda metade de 2014
[editar | editar código-fonte]O preço global das commodities caiu em 38% entre junho de 2014 e fevereiro de 2015, pondo fim ao boom das commodities na década de 2000. Condições de oferta e demanda levaram a menores expectativas de preços para todos os nove índices de preços de commodities do Banco Mundial — um acontecimento muito raro.[carece de fontes]
O choque nos preços das commodities na segunda metade de 2014 não pode ser atribuído a um único fator ou evento determinante.[3] Ele foi causado por uma série de fatores macroeconômicos e financeiros específicos à indústria que se combinaram para causar as fortes quedas simultâneas ao longo de muitas classes diferentes de commodities. Entre essas, a transição da economia da China para níveis mais sustentáveis de crescimento e o boom da energia de xisto nos Estados Unidos foram os fatores determinantes da queda dos preços, tanto pelo lado da oferta quanto da demanda.[4]
No Brasil, o choque no preço das commodities nesse ano foi apontado como uma das causas da crise econômica brasileira de 2014.[5][6] Conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas, 30% dessa crise pode ser atribuída a ele.[7]
2020
[editar | editar código-fonte]Outro choque ocorreu devido à pandemia de COVID-19, que reduziu a demanda por petróleo ao mesmo tempo em que causava problemas de armazenamento.[8] A queda afetou a economia brasileira e houve uma queda de 6,9% no faturamento com exportações.[9]
Notas
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Commodity price shocks».
Referências
- ↑ «Crude Oil Brent US Dollars per Barrel December 2008». countryeconomy.com (em inglês). Consultado em 3 de maio de 2020
- ↑ Saggu, A.; Anukoonwattaka, W. (2015). «China's 'New Normal': Challenges Ahead for Asia-Pacific Trade». United Nations ESCAP (11). SSRN 2628613
- ↑ Saggu, A.; Anukoonwattaka, W. (2015). «Global Commodity Price Falls: A Transitory Boost to Economic Growth in Asia-Pacific Countries with Special Needs». United Nations ESCAP (8). SSRN 2617574
- ↑ Saggu, A.; Anukoonwattaka, W. (2015). «Commodity Price Crash: Risks to Exports and Economic Growth in Asia-Pacific LDCs and LLDCs». United Nations ESCAP (6). SSRN 2617542
- ↑ Barbosa, Nelson (29 de novembro de 2019). «A grande recessão de 2014-16». Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de Outubro de 2021. Cópia arquivada em 1 de outubro de 2021
- ↑ Lélis, Marcos Tadeu Caputi; Cunha, André Moreira; Linck, Priscila (2019). «O choque nos preços das commodities e a economia brasileira nos anos 2000». Centro de Economia Política. Revista de Economia Política. 39 (3). ISSN 0101-3157. OCLC 984830180. doi:10.1590/0101-35172019-2968. eISSN 1809-4538. Consultado em 7 de outubro de 2021
- ↑ Veloso, Fernando; Bonelli, Regis (4 de abril de 2017). A Crise de Crescimento do Brasil. Brasil: Elsevier Brasil. p. [falta página]. ISBN 9788535266382
- ↑ Rich, Gillian (20 de abril de 2020). «Oil Prices In U.S. Settle In Negative Territory At -$37.63 A Barrel | Investor's Business Daily». Investor's Business Daily (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2020. Cópia arquivada em 20 de agosto de 2021
- ↑ Mota, José Aroudo (abril de 2021). «Impacto da Covid-19 nas exportações das principais commodities brasileiras». Radar. 65: 30. ISSN 2177-1855. OCLC 838091945. doi:10.38116/radar65art5. Consultado em 7 de outubro de 2021