Saltar para o conteúdo

Challenger 1

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Challenger I
Tipo Carro de combate principal de batalha
Local de origem  Reino Unido
História operacional
Em serviço 1983-presente
Utilizadores  Reino Unido
Jordânia
Guerras Guerra do Golfo 1990-1991 e na Bósnia e Herzegovina 1993
Histórico de produção
Fabricante Royal Ordnance Factories
Quantidade
produzida
420
Especificações
Peso 62 t (137 000 lb)
Comprimento 11,5 m (38 ft)
Largura 3,51 m (12 ft)
Altura 2,95 m (9,7 ft)
Tripulação 4
Blindagem do veículo Chobham 1ª geração
Armamento
primário
1 x 120mm L-11A5 (Calibre: 120mm - Alcance estimado de 0,2 km a 3 km)
Armamento
secundário
1 x L-8A2 cal .7,62 mm 1 x M-2 Browining 12,7 mm
Motor Rolls-Royce CV12 V12 26litros diesel
1 200 hp (895 000 W)
Suspensão hidropneumática
Alcance
operacional (veículo)
450 km (280 mi)
Velocidade 56km/h

Challenger 1 foi o principal tanque de batalha (MBT) do exército britânico desde 1983 até substituído pelo Challenger 2, em meados de 1990. Também é usado atualmente pela Jordânia como o seu tanque de batalha principal após pesadas modificações e modernizações. A variante vendida para os militares jordanianos vem a ser atualizada para um padrão semelhante ao Challenger 2 além de passar por atualizações vem usando uma Torre não tripulada conhecida como Falcon.

Desenvolvimento

[editar | editar código-fonte]

Os carros de combate Chieftain e Challenger, sendo embora diferentes entre si, foram no entanto resultado de uma linha de desenvolvimento em que uns são base para o fabrico dos seguintes.

O Chieftain, que começou a ser estudado no final dos anos 50 foi na prática o substitudo do famoso Centurion, que foi desenhado para a II Guerra Mundial mas não chegou a ser utilizado no conflito. O grande número de Centurion atrasou de facto o novo tanque, tendo a Grã-Bretanha estudado outro tipo de tanques super-pesados como o Conqueror, no inicio dos anos 50.

Foi a falha do Conqueror que levou a que os britânicos desenvolvessem o Chieftain, tentando resolver parte dos problemas que tinham sido detectados.

Embora fosse um tanque muito pesado, o Chieftain estava equipado com o canhão de 120mm L11, o que o tornava no inicio dos anos 60 o mais poderoso carro de combate dos países ocidentais,equipando um tanque com um canhão de 120mm mais de dez anos antes de os restantes países da NATO o fazerem.

O Chieftain foi também exportado para vários países do médio oriente, nomeadamente para o Irã, que pretendeu efetuar mais encomendas do veículo, não o tendo feito por razões políticas.

Uma versão mais sofisticada do Chieftain foi vendida à Jordânia. A encomenda do Irã para uma versão mais poderosa do Chieftain, resultou na prática no Challenger-I, que quando a venda ao Irã ficou comprometida, foi adquirido pelo exército britânico para substituir o Chieftain em serviço.

A última versão do Challenger, é a versão II, que foi lançada pela empresa Vickers como um projecto privado para comercialização no mercado internacional.

O modelo foi entretanto escolhido pelo exército britânico em 1991 como substituto do Challenger-1 Além da Grã-Bretanha apenas o Omã adquiriu este carro de combate. O Challenger-I é um desenvolvimento do tanque Shir-2 desenhado para o Irã pela Royal Ordnance Leeds, antes de esta empresa ter sido adquirida pela Vickers Defence.

A encomenda total de veículos Shir-2 (como o tanque iraniano se deveria chamar) era superior a 1000 unidades e como estava a programar a substituição dos seus antigos Chieftain, o exército britânico recebeu os novos tanques.

O Challenger, inaugurou a blindagem Chobham nos tanques britânicos, uma blindagem considerada revolucionária nos anos 80 e que combinava compostos cerâmicos com metálicos, tornando assim menos eficientes as munições de energia química.

Principais Operadores

[editar | editar código-fonte]
Challenger I em Bovington Tank Museum.
  •  Reino Unido
    • Designação Local: Challenger I
    • Quantidade Máxima: 420
    • Situação operacional: Aposentado

Embora tenha sido originalmente desenhado para o Irã, o Challenger adaptou-se totalmente às necessidades do exército britânico. Ele começou a ser entregue no inicio dos anos 80, substituindo lentamente os mais antigos Chieftain. Embora o armamento do Challenger seja o mesmo do Chieftain, ele tem um motor muito mais potente e sistemas de controle e de tiro mais poderosos.

  • Jordânia
    • Designação Local: Al Hussein
    • Quantidade em serviço: 288
    • Situação operacional: Em serviço

Alguns dos Challenger Mk. 1 retirados do exército britânico foram transferidos para o exército da Jordânia onde substituiram os mais antigos tanques Tariq Jordanianos. Os Challenger- 1 transferidos para a Jordânia foram submetidos a uma completa revisão de sistemas.

Os tanques Khalid (Chieftain modernizados) vão igualmente ser modificados para garantir o máximo de sistemas comuns entre estes dois tanques. Com os Challenger I, juntamente com os mais antigos Khalid, a Jordania dispõem de uma das mais poderosas forças blindadas do Oriente Médio.

Serviço Operacional

[editar | editar código-fonte]
Um Challenger 1 durante a Operação Desert Storm

Cerca de 180 tanques Challenger foram destacados para a Arábia Saudita para a Operação Granby,[1] a operação do Reino Unido na Guerra do Golfo Pérsico. Os britânicos alegaram ter destruído com os Challengers 300 veículos blindados iraquiano, sem perdas. Foi também o tanque de maior alcance na história militar, destruindo um tanque iraquiano a uma distância de 5,1 km. Challengers também foram utilizados pelo Exército britânico na Bósnia e Herzegovina na Operação Joint Guardian,[2] liderada pela OTAN no Kosovo.

Notas

  1. Nome dado às Operações Britânicas durante a Guerra do Golfo
  2. Operação da Otan para manter um ambiente seguro no Recém proclamado independente da Iugoslávia Kosovo

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Challenger 1