Challenger 1
Challenger I | |
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Tipo | Carro de combate principal de batalha |
Local de origem | Reino Unido |
História operacional | |
Em serviço | 1983-presente |
Utilizadores | Reino Unido Jordânia |
Guerras | Guerra do Golfo 1990-1991 e na Bósnia e Herzegovina 1993 |
Histórico de produção | |
Fabricante | Royal Ordnance Factories |
Quantidade produzida |
420 |
Especificações | |
Peso | 62 t (137 000 lb) |
Comprimento | 11,5 m (38 ft) |
Largura | 3,51 m (12 ft) |
Altura | 2,95 m (9,7 ft) |
Tripulação | 4 |
Blindagem do veículo | Chobham 1ª geração |
Armamento primário |
1 x 120mm L-11A5 (Calibre: 120mm - Alcance estimado de 0,2 km a 3 km) |
Armamento secundário |
1 x L-8A2 cal .7,62 mm 1 x M-2 Browining 12,7 mm |
Motor | Rolls-Royce CV12 V12 26litros diesel 1 200 hp (895 000 W) |
Suspensão | hidropneumática |
Alcance operacional (veículo) |
450 km (280 mi) |
Velocidade | 56km/h |
Challenger 1 foi o principal tanque de batalha (MBT) do exército britânico desde 1983 até substituído pelo Challenger 2, em meados de 1990. Também é usado atualmente pela Jordânia como o seu tanque de batalha principal após pesadas modificações e modernizações. A variante vendida para os militares jordanianos vem a ser atualizada para um padrão semelhante ao Challenger 2 além de passar por atualizações vem usando uma Torre não tripulada conhecida como Falcon.
Desenvolvimento
[editar | editar código-fonte]Os carros de combate Chieftain e Challenger, sendo embora diferentes entre si, foram no entanto resultado de uma linha de desenvolvimento em que uns são base para o fabrico dos seguintes.
O Chieftain, que começou a ser estudado no final dos anos 50 foi na prática o substitudo do famoso Centurion, que foi desenhado para a II Guerra Mundial mas não chegou a ser utilizado no conflito. O grande número de Centurion atrasou de facto o novo tanque, tendo a Grã-Bretanha estudado outro tipo de tanques super-pesados como o Conqueror, no inicio dos anos 50.
Foi a falha do Conqueror que levou a que os britânicos desenvolvessem o Chieftain, tentando resolver parte dos problemas que tinham sido detectados.
Embora fosse um tanque muito pesado, o Chieftain estava equipado com o canhão de 120mm L11, o que o tornava no inicio dos anos 60 o mais poderoso carro de combate dos países ocidentais,equipando um tanque com um canhão de 120mm mais de dez anos antes de os restantes países da NATO o fazerem.
O Chieftain foi também exportado para vários países do médio oriente, nomeadamente para o Irã, que pretendeu efetuar mais encomendas do veículo, não o tendo feito por razões políticas.
Uma versão mais sofisticada do Chieftain foi vendida à Jordânia. A encomenda do Irã para uma versão mais poderosa do Chieftain, resultou na prática no Challenger-I, que quando a venda ao Irã ficou comprometida, foi adquirido pelo exército britânico para substituir o Chieftain em serviço.
A última versão do Challenger, é a versão II, que foi lançada pela empresa Vickers como um projecto privado para comercialização no mercado internacional.
O modelo foi entretanto escolhido pelo exército britânico em 1991 como substituto do Challenger-1 Além da Grã-Bretanha apenas o Omã adquiriu este carro de combate. O Challenger-I é um desenvolvimento do tanque Shir-2 desenhado para o Irã pela Royal Ordnance Leeds, antes de esta empresa ter sido adquirida pela Vickers Defence.
A encomenda total de veículos Shir-2 (como o tanque iraniano se deveria chamar) era superior a 1000 unidades e como estava a programar a substituição dos seus antigos Chieftain, o exército britânico recebeu os novos tanques.
O Challenger, inaugurou a blindagem Chobham nos tanques britânicos, uma blindagem considerada revolucionária nos anos 80 e que combinava compostos cerâmicos com metálicos, tornando assim menos eficientes as munições de energia química.
Principais Operadores
[editar | editar código-fonte]- Reino Unido
- Designação Local: Challenger I
- Quantidade Máxima: 420
- Situação operacional: Aposentado
Embora tenha sido originalmente desenhado para o Irã, o Challenger adaptou-se totalmente às necessidades do exército britânico. Ele começou a ser entregue no inicio dos anos 80, substituindo lentamente os mais antigos Chieftain. Embora o armamento do Challenger seja o mesmo do Chieftain, ele tem um motor muito mais potente e sistemas de controle e de tiro mais poderosos.
- Jordânia
- Designação Local: Al Hussein
- Quantidade em serviço: 288
- Situação operacional: Em serviço
Alguns dos Challenger Mk. 1 retirados do exército britânico foram transferidos para o exército da Jordânia onde substituiram os mais antigos tanques Tariq Jordanianos. Os Challenger- 1 transferidos para a Jordânia foram submetidos a uma completa revisão de sistemas.
Os tanques Khalid (Chieftain modernizados) vão igualmente ser modificados para garantir o máximo de sistemas comuns entre estes dois tanques. Com os Challenger I, juntamente com os mais antigos Khalid, a Jordania dispõem de uma das mais poderosas forças blindadas do Oriente Médio.
Serviço Operacional
[editar | editar código-fonte]Cerca de 180 tanques Challenger foram destacados para a Arábia Saudita para a Operação Granby,[1] a operação do Reino Unido na Guerra do Golfo Pérsico. Os britânicos alegaram ter destruído com os Challengers 300 veículos blindados iraquiano, sem perdas. Foi também o tanque de maior alcance na história militar, destruindo um tanque iraquiano a uma distância de 5,1 km. Challengers também foram utilizados pelo Exército britânico na Bósnia e Herzegovina na Operação Joint Guardian,[2] liderada pela OTAN no Kosovo.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Galeria
[editar | editar código-fonte]-
Challenger 1 durante retomada de Kuwait City.
-
Challenger 1 do 1st The Queen's Dragoon Guards.
-
Challenger 1 durante a Guerra do Golfo.
-
Um Challenger britânico.
Notas
- ↑ Nome dado às Operações Britânicas durante a Guerra do Golfo
- ↑ Operação da Otan para manter um ambiente seguro no Recém proclamado independente da Iugoslávia Kosovo
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Globalsecurity.org» (em inglês)
- «Battletanks.com» (em inglês)