Casa da Fazenda do Leitão
Casa da Fazenda do Leitão | |
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Tipo | edifício |
Inauguração | 1833 (192 anos) |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Belo Horizonte - Brasil |
Patrimônio | Património de Influência Portuguesa (base de dados) |
A Casa da Fazenda do Leitão, também chamado de Casa da antiga Fazenda do Córrego, e atual Museu Histórico Abílio Barreto, foi a sede de uma das propriedades rurais da antigo Arraial do Curral del Rei, sendo a única edificação do século XIX ainda preservada na atual cidade de Belo Horizonte. A construção foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 1951.[1][2][3]
Histórico
[editar | editar código-fonte]Fundação
[editar | editar código-fonte]A sede da Fazenda do Córrego do Leitão foi construída em meados de 1833 por José Cândido da Silveira. Em 1864, passou a pertencer ao Capitão Francisco Luís de Carvalho, rico proprietário de terras no Arraial do Curral del Rei. Após o falecimento de sua esposa, Francisco Luís dividiu o patrimônio com sua filha Rita Maria que foi posteriormente adquirida pelo seu genro Cândido Lúcio da Silveira, que reformou o casarão por volta de 1883.[4]
Usos
[editar | editar código-fonte]O casarão foi desapropriada pela Comissão Construtora da Nova Capital em 1894, no início do processo de construção de Belo Horizonte, a nova capital de Minas Gerais. A partir daí, o local abrigou diversas empreendimentos como um viveiro entre 1895 e 1896, administrado pelo geólogo Claude-Henri Gorceix e o agrônomo francês Leon Quet a pedido do governador de Minas Gerais, Crispim Jacques Bias Fortes.[5][6]
Entre 1896 a 1899, foi instalada a colônia Afonso Pena no vale do córrego do Leitão que também englobava a fazenda. Essa colônia serviu como núcleo agrícola para imigrantes, com o objetivo de diversificar as atividades econômicas e garantir a ocupação de áreas em torno da capital. Emancipada em 1910, suas terras foram usadas para plantação de piteiras e a casa serviu como fábrica de artefatos feitos com as fibras dessa planta.[5]
De 1899 a 1938, o casarão passou a abrigar a Enfermaria do Posto Zootécnico Federal, ligado ao Ministério da Agricultura. O estado doou a propriedade para a prefeitura em 26 de setembro de 1938, que posteriormente viria a ser o Museu Histórico de Belo Horizonte idealizado no governo do prefeito José Oswaldo de Araújo e estabelecido durante o governo de Juscelino Kubitschek na cidade.[5]
Museu Histórico Abílio Barreto
[editar | editar código-fonte]A partir de 1943 passou a abrigar o Museu Histórico de Belo Horizonte, que atualmente leva o nome do historiador Abílio Barreto, um de seus fundadores.[7][8]
Localizado no bairro Cidade Jardim em Belo Horizonte, o Museu Histórico Abílio Barreto é mantida pela Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Fundação Municipal de Cultura. O museu possui o maior acervo de Minas Gerais, com mais de 70 mil itens sobre a história e cultura mineira sendo composto de documentos textuais, iconográficos, bidimensionais e tridimensionais referentes às origens, formação e desenvolvimento da cidade.[9][10][11]
A casa precisou ser restaurada e adaptada em 1943 e passou por outras restaurações ao longo dos anos. Atualmente é utilizado como espaço expositivo e de ações educativas da instituição. Além disso, seu espaço exterior é usado para diversas atividade de lazer que incluem apresentações musicais, circenses, teatrais, contação de histórias e brincadeiras e eventos gastronômicos.[9][12]
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Referências
- ↑ «Belo Horizonte - Casa da Fazenda do Leitão -ipatrimônio». Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ «Patrimônio Histórico | Portal Oficial de Belo Horizonte». portalbelohorizonte.com.br. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ «Museu Histórico Abílio Barreto - MHAB». Prefeitura de Belo Horizonte. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ Assenço, José Rodolpho (21 de janeiro de 2015). «Fazenda do Leitão e o Curral Del Rey - Projeto Foto Strada - A Fazenda». Projeto Foto Strada. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ a b c «Histórico». Prefeitura de Belo Horizonte. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ 2695115. «Arraial de Bello Horizonte: a ruralidade da nova capital de Minas». Issuu (em inglês). Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ «Casa da Fazenda do Leitão». portal.iphan.gov.br. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ Ferreira, Leonardo Gonçalves (28 de dezembro de 2018). «O presente e o passado no Museu histórico Abílio Barreto (Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil)». Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP (23). ISSN 1981-3341. doi:10.4000/pontourbe.4989. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ a b «BH em Cantos: Museu Histórico Abílio Barreto». Prefeitura de Belo Horizonte. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (10 de dezembro de 2019). «Museu Histórico Abélio Barreto guarda a memória de Belo Horizonte desde 1943». Estado de Minas. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ «Museu Abílio Barreto». Estado de Minas Gerais. 19 de janeiro de 2017. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (23 de maio de 2015). «Nossa História: Museu Abílio Barreto reúne acervo que revela em detalhes o passado de BH». Estado de Minas. Consultado em 20 de abril de 2021