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Cabra-de-leque

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Cabra-de-leque no Parque Nacional Etosha, na Namíbia
Cabra-de-leque no Parque Nacional Etosha, na Namíbia
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Subfamília: Antilopinae
Tribo: Antilopini
Gênero: Antidorcas
Espécie: A. marsupialis
Nome binomial
Antidorcas marsupialis
Zimmermann, 1780
Distribuição geográfica
Distribuição da cabra-de-leque
Distribuição da cabra-de-leque

A cabra-de-leque[2] (Antidorcas marsupialis) é um pequeno antílope[3] castanho e branco, com cerca de 75 cm de altura que habita as savanas de África austral: vivem na Namíbia, sul de Angola, Botswana e África do Sul. Os machos atingem o peso de até 50 kg e as fêmeas 37 kg.

O seu nome comum em português refere-se à característica destes animais poderem levantar uma prega de pele que possuem nos quartos traseiros até à cauda, exibindo um ostensivo 'leque' de pelos brancos[4] e emitindo um doce odor floral. Fazem isso com frequência, quer estejam assustadas ou apenas para se exibirem. A listra preta deu origem ao nome científico marsupialis. Na Namíbia, Botswana e África do Sul o nome do animal é springbok, do africâner, significando spring = salto + bok = cabra.[5] Este nome refere-se aos saltos que estes animais dão, saltando na vertical com as quatro patas simultaneamente, como se nestas tivessem molas. Realizam estes saltos quer a partir da posição parada ou em corrida.

Era um animal muito comum, formando algumas das maiores manadas de mamíferos já documentadas (chegando mesmo a formar manadas de mais de 10 milhões de animais), mas os seus números têm vindo a decrescer desde o século XIX devido à caça e à ocupação das terras para cultivo. Continuam a ser bastante comuns especialmente em reservas de caça, juntando-se com frequência às manadas de gnus e de órix.

É um animal muito rápido, podendo atingir velocidades na ordem dos 90 km/h e mudar de direcção com muita facilidade. Porém, para poder escapar a predadores como a chita e o leão recorre ainda à fuga exibicionista conseguindo aparentemente bons resultados.

Três subespécies são reconhecidas por Grubb (2005):

  • Antidorcas marsupialis marsupialis (Zimmermann, 1780)
  • Antidorcas marsupialis angolensis Blaine, 1922
  • Antidorcas marsupialis hofmeyri Thomas, 1926

Referências

  1. IUCN SSC Antelope Specialist Group. (2017) [errata version of 2016 assessment]. «Antidorcas marsupialis». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T1676A115056763. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T1676A50181753.enAcessível livremente. Consultado em 22 de novembro de 2023 
  2. Infopédia. «cabra-de-leque | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 4 de setembro de 2022 
  3. Cain III, J.W.; Krausman, P.R.; Germaine, H.L. (2004). «Antidorcas marsupialis» (PDF). Mammalian Species. 753: 1–7. doi:10.1644/753. Cópia arquivada (PDF) em 25 de abril de 2016 
  4. Bigalke, R.C. (1972). «Observations on the behaviour and feeding habits of the springbok Antidorcas marsupialis». Zoologica Africana. 7 (1): 333–59. doi:10.1080/00445096.1972.11447448 
  5. Rafferty, J.P. (2011). Grazers 1st ed. New York, US: Britannica Educational Pub. pp. 103–4. ISBN 978-1-61530-465-3 
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