Bluesky

Bluesky | |
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Página inicial do aplicativo | |
Rede social | |
Fundação | 2021 |
Fundador(es) | Bluesky, PBLLC |
Proprietário(s) | Jack Dorsey (2021-2024)
Bluesky, PBLLC (2024-presente) |
Pessoas-chave | Jay Graber (CEO)
Jeremie Miller (criador do Jabber/XMPP) |
Website oficial | https://bsky.app/ https://bsky.social/ |
Bluesky (também abreviado como Bsky) é uma rede social de microblogue descentralizada.[1] A plataforma foi criada pela Bluesky Social, uma empresa de utilidade pública baseada nos Estados Unidos,[2] como uma prova de conceito para o AT Protocol, um protocolo de comunicação para redes sociais descentralizadas. Jay Graber é a CEO da empresa, e Jeremie Miller, criador do XMPP, faz parte do conselho administrativo.
Uma característica central do serviço é o uso de nomes de domínio como identificadores. Os usuários recebem um identificador de subdomínio genérico após se inscreverem (como @exemplo.bsky.social). Identificadores com o sufixo padrão *.bsky.social redirecionam para a página relevante do usuário quando acessados num navegador. Após se inscreverem, os usuários podem optar por verificar um domínio ou subdomínio.[3] Segundo o site da empresa, o sistema foi projetado para ser um método de verificação da legitimidade e identidade do usuário, semelhante à verificação de URL de página para evitar ataques de phishing ou typosquatting.[4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A Bluesky é uma iniciativa para desenvolver um protocolo de rede social descentralizado, de forma que múltiplas redes sociais, cada uma com seus próprios sistemas de curadoria e moderação, possam interagir com outras redes sociais por meio de um padrão aberto. Cada rede social que usa o protocolo é um "aplicativo". O protocolo, hoje chamado AT Protocol, não usa tecnologia blockchain.[5][6]
O Authenticated Data Experiment (ADX), em meados de 2022, foi o primeiro lançamento de protocolo inicial da Bluesky. Ele usa repositórios de dados pessoais, controlados por usuários individuais, que as redes sociais podem opcionalmente suportar. Destina-se a permitir que os usuários compartilhem mensagens ou recursos de engajamento em redes sem afetar a moderação da rede doméstica do usuário, pois os dados são armazenados no repositório de dados pessoais e as redes podem limitar quais mensagens são permitidas.[7]
A Bluesky lançou uma versão simplificada, nominada AT Protocol, em outubro de 2022, junto a uma documentação técnica.[8]
História
[editar | editar código-fonte]O ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, anunciou pela primeira vez a iniciativa Bluesky em 2019. O CTO da empresa (e posteriormente CEO), Parag Agrawal, era seu gerente,[9] convidando inicialmente membros do grupo de trabalho no início de 2020. O grupo se expandiu com representantes das redes descentralizadas já existentes Mastodon e ActivityPub. O grupo era coordenado através do software de chat Element. Em 2021, o Bluesky anunciou Jay Graber, que havia tido a primeira experiência no ramo de redes sociais com a startup Happening, para se tornar a nova liderança do projeto.[10]
Em 2023, a rede social ganhou adeptos principalmente de usuários do X que estavam insatisfeitos com a aquisição daquela rede social pelo empresário Elon Musk.[1][11]
Em 4 de maio de 2024, Jack Dorsey, cofundador do X, anunciou a sua renúncia do conselho administrativo do Bluesky. No dia seguinte, a Bluesky confirmou oficialmente a sua saída do conselho.[12][13] Ele declarou que a plataforma estaria "cometendo os mesmos erros" do X, e apontou críticas referentes às políticas de moderação e à remoção de perfis contendo conotações racistas.[14][15]
Em 30 de agosto de 2024, a Bluesky ganhou um milhão de usuários brasileiros e bateu recordes de interações nos últimos três dias após o bloqueio do X no Brasil.[16] Após o aumento significativo de usuários no país, a CEO de então, Jay Graber, assinalou a vontade da sua equipe em fazer da rede "um ótimo lugar para os brasileiros", e anunciou o desenvolvimento de recursos de vídeos e trending topics.[17][18] Apesar de ter aproveitado o bloqueio do X no Brasil para crescer entre a comunidade de brasileiros, até setembro de 2024 a Bluesky também não dispunha de um representante no país, um dos principais motivos para o bloqueio da rede rival. Como justificativa, a empresa alegou ser uma empresa remota, sem uma sede em lugar algum do mundo.[19]
Em 11 de setembro de 2024, a Bluesky anunciou a implementação do suporte a vídeos na plataforma.[20] Com isso, a plataforma passou a aceitar vídeos com duração de até 60 segundos e nos formatos mp4, mpeg, webm e mov.
No final de janeiro de 2025, a empresa divulgou ter atingido a marca de 30 milhões de usuários e sua base segue crescendo.[21] No mês seguinte o aplicativo Flashes, uma alternativa ao Instagram da Meta, foi disponibilizado para usuários do iPhone. O Flashes é um aplicativo construído sobre o mesmo protocolo do Bluesky, AT Protocol, e chegou primeiro para os usuários do iOS, sendo disponibilizado no dia 24 de fevereiro de 2025 na loja oficial da plataforma.[22]
O lançamento do Flashes remete uma característica interessante: a de atender uma demanda por alternativas de código aberto e descentralizadas às redes sociais tradicionais. O acesso ao aplicativo é feito pelas mesmas credenciais utilizadas no Bluesky.[23]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Bluesky».
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b TudoCelular.com (19 de abril de 2023). «Bluesky para Android! Rede social criada por ex-CEO do Twitter chega em beta fechada na Play Store». TudoCelular.com. Consultado em 21 de abril de 2023
- ↑ «Divisão de Corporações - Arquivamento». icis.corp.delaware.gov. Consultado em 9 de março de 2023.
Nome da empresa: BLUESKY, PBLLC, Número do arquivo: 6282898, Estado de registro: Delaware (DE), Data de registro: 4 de outubro de 2021
- ↑ Liu, Emily (28 de abril de 2023). «How to set your domain as your handle». Bluesky (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «Our Plan for a Sustainably Open Social Network». Bluesky (em inglês). 5 de julho de 2023. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «AT Protocol». AT Protocol (em inglês). Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ «FAQ». AT Protocol (em inglês). Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ Robertson, Adi (4 de maio de 2022). «Twitter's decentralized, open-source offshoot just released its first code». The Verge (em inglês). Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ Khalili, Joel (2 de novembro de 2022). «Twitter tinha um plano para corrigir a mídia social. Elon Musk o seguirá?». Wired (em inglês). ISSN 1059-1028. Consultado em 22 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 30 de dezembro de 2022
- ↑ Robertson, Adi (29 de outubro de 2022). «Elon Musk manterá o financiamento O projeto paralelo mais interessante do Twitter?». The Verge (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 18 de novembro de 2022
- ↑ «A Twitter-funded company trying to build a new kind of social media taps its first leader». CNBC (em inglês). 16 de agosto de 2021. Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ «Twitter "à prova de Musk": Bluesky, rede social descentralizada, está disponível no Android». Época NEGÓCIOS. Consultado em 21 de abril de 2023
- ↑ Ferreira, Tamires (6 de maio de 2024). «Ex-dono do Twitter deixa conselho do Bluesky». Olhar Digital. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «Jack Dorsey deixa conselho da plataforma Bluesky». Meio e Mensagem - Marketing, Mídia e Comunicação. 7 de maio de 2024. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «Jack Dorsey claims Bluesky is 'repeating all the mistakes' he made at Twitter». Engadget (em inglês). 9 de maio de 2024. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ Pilato, Ana Julia (10 de maio de 2024). «Após deixar a Bluesky, ex-dono do Twitter critica a rede social». Olhar Digital. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «A rede social que conseguiu um milhão de usuários e bateu recordes de interações após bloqueio do X no Brasil | Tecnologia». G1. 31 de agosto de 2024. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «'Chegamos para ficar', diz Jay Graber, CEO da Bluesky». Época NEGÓCIOS. 4 de setembro de 2024. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ de Lira, Camila (7 de setembro de 2024). «"Queremos fazer daqui um ótimo lugar para os brasileiros", diz CEO do Bluesky». Fast Company Brasil. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «Bluesky tem representante oficial no Brasil? Saiba como plataforma trabalha para operar no País - Tecnologia». Diário do Nordeste. 17 de setembro de 2024. Consultado em 26 de fevereiro de 2025
- ↑ «Share video on Bluesky!». Bluesky (em inglês). Consultado em 19 de setembro de 2024
- ↑ «Bluesky (@bsky.app)». Bluesky Social. Consultado em 10 de março de 2025
- ↑ Barros, Vinicius (03 de março de 2025). «Bluesky lança Flashes, seu app de fotos concorrente do Instagram». Consultado em 10 de março de 2025 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ «BlueSky: o que você precisa saber sobre redes sociais descentralizadas | Exame». exame.com. Consultado em 10 de março de 2025
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial da rede social». Consultado em 20 de setembro de 2024
- «Sítio oficial da empresa» (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2024