Baralho (Bayeux)
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Bairro do Brasil | ||
Localização | ||
Mapa de Baralho (Bayeux) | ||
Coordenadas | 7° 07′ 11″ S, 34° 53′ 57″ O | |
Administração | ||
Bairros limítrofes | Lista
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Características geográficas | ||
População total (IBGE, 2010) | 2,344 hab. | |
• População urbana | 2,344[1] | |
• População rural | 0 | |
Densidade | 1,570 hab./km² | |
• Homens | 1,137[1] | |
• Mulheres | 1,207[1] |
Baralho é um bairro da cidade brasileira de Bayeux, estado da Paraíba, localizado a menos de quatro quilômetros do centro da cidade, às margens da Avenida Liberdade, uma das principais da cidade.[2][3] O bairro conta em 2010, segundo dados do IBGE, com 2.344 pessoas.[1] A Ilha do Eixo é parte integrante da área territorial do bairro.
História
[editar | editar código-fonte]Entreposto comercial
[editar | editar código-fonte]O bairro do Baralho foi a primeira região a ser povoada da atual cidade de Bayeux e já foi no passado um importante entreposto pesqueiro, pois estava estrategicamente localizado entre as cidades de João Pessoa e Santa Rita, às margens do estuário do Rio Paraíba.[4][nota 1]
Na década de 60 e 70, comerciantes locais lidavam com mais de cinco mil quilos de pescado diariamente (crustáceos e peixe, sobretudo) provenientes dos pescadores e catadores de caranguejos, siris, tesouras e aratus da região. Nessa época de apogeu econômico, dezenas de balaieiros – homens com balaios à espera do pescado – esperavam os pescados trazidos por cerca de quarenta barcaças através do Sanhauá.[4] Os pescados eram vendidos posteriormente pelas feiras livres e ruas dos bairros da capital do estado.[4]
«Ponte do Baralho»
[editar | editar código-fonte]Denominada «Ponte do Baralho», a ponte sobre o rio Sanhauá foi iniciada na década de 1830, tendo sido reconstruída várias vezes nas décadas posteriores.[5] Sobre as origens da ponte, na Revista do IHGP, volumes 10–13, há a seguinte citação:
- «A ponte do Rio Sanhauá, que liga o Baralho a João Pessoa, foi reconstruída em 1831, sob concorrência pública.»[6]
Um dos projetos mais ousados foi o idealizado nos fins do século XIX pelo então governador Henrique de Beaurepaire Rohan.[7] A restauração sobre estacas de madeira ficou por conta do engenheiro português Francisco Soares da Silva Retumba.[7][nota 2]
Economia
[editar | editar código-fonte]O bairro conta com poucas atividades econômicas, entre elas a Companhia Industrial do Sisal (CISAL), de fibras têxteis, e a Usina Monte Alegre S.A., esta última especializada na produção de açúcar.[9] Um dos fatores para a estagnação econômica atual do Baralho é sobretudo a poluição dos rios do entorno, assim como descaso político em criar estratégias de reavivamento da economia local.[4] Com a poluição diminuiu-se a pesca, que outrora produzia bagres, tainhas, curimatãs, carapebas e espadas, além de crustáceos. Hoje em dia a pesca se resume a alguns bagres e siris.[4]
Em virtude da beleza do bairro, com canais de rios e muitas áreas ainda cobertas de manguezais, o ecoturismo se mostra como atividade econômica em potencial, embora até 2012 nada tenha sido implementado pela administração municipal.[10] Baralho conta ainda com a velha ponte do rio Sanhauá como um de seus principais patrimônios.[4]
Notas
- ↑ «Rua do Baralho» foi a primeira denominação da cidade de Bayeux, que depois viria a ser Boa Vista, Barreiras e finalmente teria o nome atual em 1944.
- ↑ Tal engenheiro foi parente do tenente João da Silva Retumba, o «Tenente Retumba», hoje nome de rua em João Pessoa.[8]
Referências
- ↑ a b c d Adm. do IBGE (2010). «Sistema de Recuperação Automática – SIDRA». IBGE. Consultado em 9 de janeiro de 2015
- ↑ Adm. do IBGE (2010). «Listagem de bairros». IBGE. Consultado em 9 de janeiro de 2015
- ↑ Adm. Google (2008). «Rota para carros». Google Maps. Consultado em 9 de janeiro de 2015
- ↑ a b c d e f Carlos Cavalcanti (2 de agosto de 2008). «Riqueza e pobreza no bairro do Baralho». Jornal "A União". Consultado em 9 de janeiro de 2015
- ↑ ARRUDA MELLO, José Octávio de (1997). História da Paraíba: lutas e resistência. [S.l.]: Ed. Universitária. 279 páginas
- ↑ Confrades do IHGP (1946). Revista do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, vols. 10–13. [S.l.]: Ed. IHGP
- ↑ a b Da redação (15 de maio de 2011). «Prefeitura fará sangradouro na lagoa». Jornal PB Agora. Consultado em 9 de janeiro de 2015
- ↑ JOFFILY, Geraldo Irenêo Joffily (1965). Um cronista do sertão no século passado: Apontamentos à margem das Notas sobre a Paraíba, de Ireneo Joffily. [S.l.]: Prefeitura Municipal de Campina Grande. 144 páginas
- ↑ Adm. do site (2011). «Guia de Empresas». Guia Estadão. Consultado em 4 de dezembro de 2012
- ↑ Adm. do site (2012). «Bayeux – Meio Ambiente». Prefeitura Municipal de Bayeux – site oficial. Consultado em 9 de janeiro de 2015