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Arnaldo de Moraes

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Arnaldo de Moraes
Nascimento 28 de agosto de 1893
Rio de Janeiro
Morte 6 de abril de 1961
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação médico, professor universitário, filantropista

Arnaldo de Moraes (Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1893 – Rio de Janeiro, 6 de abril de 1961) foi um professor e médico brasileiro; foi um dos membros fundadores do Lions Club no país.

Filho do casal Arnaldo Augusto de Moraes, farmacêutico, e Adelaide Cruz de Moraes, professora. No Rio de Janeiro, Arnaldo de Moraes foi estudante do tradicional Colégio Pedro II, no qual tornou-se bacharel em Ciências e Letras, em 1910.[1][2][3]

Carreira profissional

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Moraes graduou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1915, defendendo a tese “Apresentações transversas”, especializando-se em ginecologia e obstetrícia. Após formar-se, acabou vindo posteriormente a clinicar no hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Também foi médico do Hospital Pró-Matre.[1][3]

Como professor, Moraes lecionou obstetrícia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Também ensinou ginecologia pela Faculdade Fluminense de Medicina.[1]

Em 1927 foi para os Estados Unidos buscar aperfeiçoamento profissional, para isto recebeu patrocínio da Fundação Rockefeller; neste país estudou nas universidades Johns Hopkins e na de Harvard. Já na Europa, fez curso no hospital universitário Charité, em Berlim.[3]

Em 1938 foi eleito membro da Academia Nacional de Medicina, sucedendo José Alves Maurity Santos na Cadeira 79, que tem Olympio Arthur Ribeiro da Fonseca como patrono.[1]

Ainda em 1938, no bairro de Copacabana, Arnaldo cria a então Casa de Saúde e Maternidade Arnaldo de Moraes, atual Hospital São Lucas.[1]

Moraes foi um dos quarenta membros escolhidos por Armando Fajardo para criar no Brasil a filial da organização Lions Clubs International; Arnaldo de Moraes, deste modo, tornou-se o primeiro presidente do Lions Club da cidade do Rio de Janeiro, sua gestão teve dois mandatos consecutivos, os biênios 1952/1953 e 1953/1954. Sua atuação foi bastante decisiva no processo de implantação do chamado Movimento Leonístico Brasileiro.[2]

Autor de vários estudos publicados na área da medicina, Moraes representou o Brasil em vários congressos médicos. Fundou o Colégio Brasileiro de Cirurgiões e presidiu a Sociedade Brasileira de Ginecologia.[3]

Faleceu no hospital da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro, vitimado por um tumor cerebral. Após seu velório, ocorrido em sua residência na rua Princesa Januária, no bairro do Flamengo, o cortejo tomou o rumo do Cemitério de São João Batista, onde ocorreu o seu sepultamento. [3] Ao falecer deixou viúva Edneia Maria Azevedo e Castro de Moraes e seu filho Arnaldo de Moraes Filho.[4]

Pelo seu livro “Sã maternidade – conselhos e sugestões para futuras mães”, de 1929, Moraes obteve o Prêmio Madame Durocher da Academia Nacional de Medicina, prêmio este conferido a trabalhos relativos a Obstetrícia ou Ginecologia.[1] O nome do prêmio é uma homenagem a parteira Madame Duroucher, que foi a primeira mulher convidada a ingressar na então Academia Imperial de Medicina, em 1871.[5]

Arnaldo de Moraes recebeu como homenagem póstuma pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro a denominação de um logradouro público na cidade; a antiga "Praça do Corte do Cantagalo" passou a se denominar como Praça Professor Arnaldo de Moraes, situada no bairro da Lagoa, as margens da Avenida Epitácio Pessoa, em um dos acessos a Estação General Osório, do metrô.[6]

Referências

  1. a b c d e f «Biografia». Página oficial da Academia Nacional de Medicina. Consultado em 8 de junho de 2024 
  2. a b «Dr. AArnaldo de Moraes» (PDF). Lions Club da cidade do Rio de Janeiro; Mater Clube do Brasil. Consultado em 8 de junho de 2024 
  3. a b c d e «Faleceu ontem o professor Arnaldo de Moraes diretor da Faculdade de Medicina» 20869 ed. jornal Correio da Manhã, disponível na Hemeroteca da Biblioteca Nacional. 7 de abril de 1961. p. 2. Consultado em 5 de junho de 2024 
  4. «Faleceu ontem o professor Arnaldo de Moraes diretor da Faculdade de Medicina» 20869 ed. jornal Correio da Manhã, disponível na Hemeroteca da Biblioteca Nacional. 7 de abril de 1961. p. 12. Consultado em 5 de junho de 2024 
  5. «Conheça a história de Madame Durocher, a mais célebre parteira do Rio de Janeiro». Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro. 12 de abril de 2016. Consultado em 8 de junho de 2024 
  6. «CEP 22471100 - Praça Professor Arnaldo de Morais». site CEPs Brasil. Consultado em 8 de junho de 2024 
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