Amaranto (corante)
Amaranto (corante) Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | trisodium (4E)-3-oxo-4-[(4- sulfonato-1- naphthyl)hydrazono]naphthalene- 2,7-disulfonate |
Outros nomes | FD&C Red No. 2, E123, C.I. Food Red 9, Acid Red 27, Azorubin S, C.I. 16185 |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
ChemSpider | |
SMILES |
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Propriedades | |
Fórmula molecular | C20H11N2Na3O10S3 |
Massa molar | 604.47305 |
Aparência | Sólido vermelho escuro |
Ponto de fusão |
120 °C (decompõe-se) |
Solubilidade em água | solúvel em água; levemente solúvel em etanol[1] |
Riscos associados | |
Frases R | R36/37/38 |
Frases S | S36/37/39 |
Compostos relacionados | |
Azocompostos e ácidos sulfônicos relacionados | Amarelo crepúsculo (sem um dos grupos sulfonato de sódio) Ponceau 4R (isômero) Azul de hidroxinaftol (mais uma hidroxila) |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Amaranto, Vermelho FD&C No. 2, E123, C.I. Vermelho para Alimentos 9, Vermelho Ácido 27, Azorubina S ou C.I. 16185, chamado comercialmente no Brasil como Vermelho Amaranto, é um corante azo vermelho escuro a púrpura que foi usado como corante alimentício e para colorir cosméticos, mas desde 1976 foi banido dos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA) como uma substância suspeita de ser um carcinógeno.[2] Usualmente é comercializado como um sal trissódico. Possui a aparência de um pó castanho avermelhado, vermelho escuro a púrpura, solúvel em água que decompõe-se a 120 °C sem fundir-se. Sua solução aquosa tem absorção máxima a aproximadamente 520 nm.[1][3] Amaranto é um corante aniônico. Pode ser aplicado a fibras naturais e sintéticas, couro, papel e resinas fenol-formaldeído. Como um aditivo alimentar tem número E E123. Como todos os corantes azóicos, amaranto foi, durante a metade do século XX, obtido a partir do alcatrão da hulha; modernos produtos sintéticos são mais facilmente produzidos de subprodutos do petróleo.[4][5] O uso do vermelho amaranto ainda é legal em alguns países, notavelmente no Reino Unido, onde é mais comumente usado para dar ao glacê de cerejas sua cor característica. Seu nome foi tirado do grão de amaranto, uma planta que distingue-se pela sua cor vermelha e sementes comestíveis ricas em proteínas.
História
[editar | editar código-fonte]Após um incidente em 1954 envolvendo Laranja FD&C N.º 1,[6][7] o FDA retestou corantes limentícios. Em 1960 o FDA produziu jurisdição sobre aditivos corantes, limitando as quantidades que poderiam ser adicionadas a alimentos e obrigando os produtores de alimentos coloridos a garantir a segurança e rotulagem adequada da adição usada de corantes. A permissão para usar aditivos alimentares foi dada em caráter provisório, o que pode ser retirado no caso de surgirem questões de segurança.[7] A FDA concedeu um grau "generally recognized as safe" (GRAS, genericamente reconhecido como seguro) provisiório a substâncias já em uso, e estendeu o status provisório do Vermelho No. 2 por 14 vezes.
Em 1971 um estudo russo relacionou o corante ao câncer.[7] Em 1976 mais de 450 toneladas do corante no valor de US$ 5 milhões foi usado em US$ 10 bilhões em alimentos, drogas e cosméticos.[8] Ativistas da defesa do consumidor nos EUA, perturbados pelo que percebiam como im conluio entre a FDA e conglomerados de alimentos,[9] colocar pressão sobre o FDA a proibí-lo.[8] O comissário do FDA Alexander Schmidt defendeu o corante, como ele já havia defendido a FDA contra as acusações de conluio em seu livro de 1975,[9] afirmando que o FDA não encontrara "nenhuma evidência de um perigo para a saúde pública".[8] Testes pelo FDA não encontrarm nenhuma prova inegável de um perigo para a saúde, mas encontraram um aumento estatisticamente significativo na incidência de tumores malignos em ratos fêmeas as quais foram dadas uma alta dosagem do corante,[7] e concluiu que uma vez que também não poderia mais ser uma presunção de segurança, o uso do corante deveria ser descontinuado.[7] O FDA baniu o vermelho FD&C No. 2 em 1976.[8][10] Vermelho FD&C No. 40 (vermelho allura AC) substitui o banido vermelho No. 2.
Obtenção
[editar | editar código-fonte]É obtido pela diazotação do ácido 4-aminonaftaleno-1-sulfônico e copulação com o ácido 3-hidroxinaftaleno-2,7-dissulfônico.[11]
Sua forma ácida é chamada no mercado de vermelho para alimentos 9:1 (Food Red 9:1), é classificada com o número CAS 12227-62-2, fórmula C20H14N2O10S3 e apresenta massa molecular 538,53, e tem sua coloração depositada pela adição de um mordente de sal de alumínio.[12]
Degradação fotoquímica
[editar | editar código-fonte]Apresenta, como muitos corantes. fotodegradação.[13]
Aplicações
[editar | editar código-fonte]Possui aplicação em Biologia como um corante para a detecção de alterações de potencial em membranas celulares.[1]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c R. W. Sabnis; Handbook of Biological Dyes and Stains: Synthesis and Industrial Applications; John Wiley & Sons, 2010. - pág 19.
- ↑ "The following color additives are not authorized for use in food products in the United States: (1) Amaranth (C.I. 16185, EEC No. E123, formerly certifiable as FD&C red No. 2);" FDA/CFSAN Food Compliance Program: Domestic Food Safety Program
- ↑ Druglead
- ↑ Amaranth E123
- ↑ Craftsman Style
- ↑ Google Books News
- ↑ a b c d e Stanley T. Omaye. Food and nutritional toxicology. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b c d «Death of a Dye». Time Magazine. 2 de fevereiro de 1976. Consultado em 7 de julho de 2009
- ↑ a b FDA in difficulties. Washington View. [S.l.]: New Scientist. Dezembro de 1975
- ↑ «Burger Backs Red Dye Ban Pending Rule». The Hartford Courant. 14 de fevereiro de 1976. Consultado em 7 de julho de 2009
- ↑ Food Red 9 - World dye variety
- ↑ Food Red 9:1 - World dye variety
- ↑ Degradação Fotoquímica: CRISTIANO POCHMANN DA SILVA, SANDRO MARMITT, CLAUS HAETINGER, SIMONE STÜLP; AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DO CORANTE VERMELHO BORDEAUX ATRAVÉS DE PROCESSO FOTOQUÍMICO; Eng. sanit. ambient.; Vol.13 - Nº 1 - jan/mar 2008, 73-77.