Amantes de Modena
Os Amantes de Modena são um par de esqueletos humanos com aproximadamente 1.600 anos de idade, localizados em Modena, Itália, em um sítio arqueológico, em 2009.[1] No nome dado ao achado arqueológico é decorrente da posição dos esqueletos, que foram enterrados juntos e de mãos dadas. O local onde foram encontrados foi um cemitério, onde foram localizados 11 esqueletos, sendo alguns portando traumas que podem estar relacionados à morte violenta, provavelmente em decorrência de guerra.[2]
O que aparentava ser um par composto por um homem e uma mulher se mostrou diferente em 2019, quando resultado de pesquisa feita por pesquisadores da Universidade de Bolonha comprovou ser dois homens, à partir da análise do esmalte dos dentes, em particular após notarem a presença de proteína AMELY, que existe apenas no tecido dental masculino,[3] uma vez que o mal estado dos esqueletos não permitiu pela anatomia identificar o sexo de ambos, e nem mesmo outras técnicas de análise genética que havia sido tentadas e foram inconclusivas.[2][4]
Apesar da posição dos esqueletos, não se pode afirmar que os homens tiveram uma relação amorosa, poderiam ter sido apenas parentes ou amigos de guerra, mas o enterro em dupla dedois homens não era nada comum na Antiguidade tardia da Itália.[5] Enterros em duplas, com mãos dadas, não é incomum na arqueologia, como por exemplo o caso dos Amantes de Valdaro, mas dois homens juntos não existe registro similar na arqueologia.[4]
Referências
- ↑ «Os esqueletos "Amantes de Modena" eram dois homens, diz estudo». Superinteressante. Consultado em 31 de março de 2020
- ↑ a b «Os 'amantes de Módena' eram dois homens». El País. Consultado em 31 de março de 2020
- ↑ «Enamel peptides reveal the sex of the Late Antique 'Lovers of Modena'». Nature. Consultado em 31 de março de 2020
- ↑ a b «Afinal, os "Amantes de Modena", dois esqueletos enterrados de mãos dadas, eram homens». Público. Consultado em 31 de março de 2020
- ↑ «Amantes de Modena: esqueletos achados de mãos dadas eram homens, diz estudo». Uol Universa. Consultado em 31 de março de 2020