Alessandro Teixeira
Alessandro Teixeira | |
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Ministro do Turismo do Brasil | |
Período | 22 de abril de 2016 até 12 de maio de 2016 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | Alberto Alves (interino) |
Sucessor(a) | Henrique Eduardo Alves |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1972 (52 anos) Porto Alegre |
Esposa | Milena Santos Teixeira |
Partido | PT |
Alessandro Golombiewski Teixeira (Porto Alegre, 1972[1][2]) é um economista, funcionário público e político brasileiro. Foi empossado como ministro do turismo em 22 de abril de 2016,[3] sendo demitido em 12 de maio de 2016.[4]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Graduado em economia, mestre pela Universidade de São Paulo (USP) em economia latino-americana; doutor em competitividade tecnológica e industrial pela Universidade de Sussex.[2]
Teixeira foi responsável pela área de "assuntos internacionais" da secretaria estadual de desenvolvimento do Governo do Rio Grande do Sul, durante a gestão do petista Olívio Dutra (1999-2003), época desde a qual era ligado à presidente Dilma Rousseff.[1][2]
Durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva ocupou entre 2007 e 2011 a presidência da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.[1]
Foi secretário executivo do posterior governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, denunciado por envolvimento em problemas relativos a lavagem de dinheiro,[5][6] durante o primeiro governo de Rousseff quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sendo demitido por ter se indisposto com o titular; sua proximidade com a governante do país o colocara na posição de segundo na sucessão de Pimentel e, com sua demissão, foi por ela levado a assumir um posto como assessor especial da própria presidência.[1]
Recebia o salário de R$ 39,3 mil na condição de presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), agência criada em 2004, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cargo assumido em fevereiro de 2015.[7]
Recebeu 164,2 mil reais em cinco pagamentos durante a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff, recursos estes oriundos da campanha presidencial de 2014.[7] Na época ele integrou o chamado "núcleo duro" da economia na campanha, responsável ao lado de Guido Mantega e da própria Dilma.[1]
Foi, antes de ocupar a função de ministro, presidente da Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos (Waipa), entidade que reúne agências 150 nações na área de comércio exterior e turismo.[2]
Ministério do Turismo
[editar | editar código-fonte]Em 22 de abril de 2016 foi empossado no cargo de ministro do Turismo do Brasil, fato este que ganhou repercussão graças a uma série de fotos publicadas por sua esposa.[1] Apesar de as imagens terem sido divulgadas pela própria assessoria da auto-denominada "primeira-dama do Turismo", o novo ministro emitiu nota repudiando o que chamou de "divulgação da intimidade do casal"; ele declarou que sua pasta tem por desafios a divulgação das Olimpíadas e das Paralimpíadas.[8]
Miss Bumbum
[editar | editar código-fonte]Sua mulher, Milena Santos, comemorou a posse do marido publicando no Facebook fotos que geraram polêmica. Milena, que já foi Miss Bumbum Estados Unidos 2013, informara que a imagens haviam sido tiradas com o marido dentro do gabinete.[9]
Milena já havia concorrido ao cargo de vereadora em Salvador por três vezes, pelo Partido Social Liberal; ao postar as fotos com o marido no gabinete, Milena colocou o comentário: "Não é à toa que ao lado de um grande Homem, existe sempre uma linda e poderosa mulher" (sic); após a repercussão do caso, ela excluiu sua conta na rede social.[10] Segundo sua assessoria de imprensa, ela já teria sido vereadora na capital baiana, em 2004, pelo Prona.[8]
Com a polêmica ficou-se sabendo que, enquanto encarregado da ABDI, Teixeira havia contratado para aquele órgão e com salário de R$ 19 mil, a tia da mulher - Delfina Silva Gutierrez; apesar de trabalhar como secretária, seu salário era de assessora especial; a agência governamental é considerada uma verdadeira "caixa-preta", onde a transparência legal não é cumprida e não se sabe quem são os contratados e quais os seus vencimentos; o escândalo provocado pela nomeação do novo ministro levou à descoberta do nepotismo e à demissão da contratada, em novo escândalo ligado ao nome dele e da mulher.[10]
Referências
- ↑ a b c d e f Redação Zero Hora (26 de abril de 2016). «Ministro que aparece em fotos polêmicas com a mulher atuou no governo de Olívio Dutra». Zero Hora. Consultado em 28 de abril de 2016
- ↑ a b c d Gustavo Henrique Braga (22 de abril de 2016). «Turismo sob novo comando». Site oficial do Ministério do Turismo. Consultado em 28 de abril de 2016
- ↑ Alessandro Teixeira assume Ministério do Turismo
- ↑ Paulo Zacarias Gomes (12 de maio de 2016). «Dilma demitiu Lula e mais de 20 ministros na véspera da destituição». Época Negócios. Consultado em 13 de maio de 2016
- ↑ «Fernando Pimentel é apontado como "chefe da organização" de lavagem de dinheiro. E, segundo a PF, a mulher do governador de Minas recebia dinheiro de empresas ligadas ao BNDES». Época. Consultado em 27 de abril de 2016
- ↑ Marcelo Comes e Renan Ramalho (11 de abril de 2016). «Polícia Federal indicia governador Fernando Pimentel». G1. Consultado em 27 de abril de 2016
- ↑ a b «Agência estatal paga até R$ 39 mil a empregados na campanha de Dilma». O Globo. Consultado em 26 de abril de 2016
- ↑ a b Fabio Saraiva (25 de abril de 2016). «Milena Teixeira, a 'primeira-dama' do Ministério do Turismo, bomba nas redes». Metro Jornal. Consultado em 30 de abril de 2016
- ↑ «Ex-Miss Bumbum, mulher de ministro faz 'ensaio' dentro do gabinete». Folha de S.Paulo. 25 de abril de 2016. Consultado em 27 de abril de 2016
- ↑ a b Tânia Monteiro (27 de abril de 2016). «Tia de ex-miss Bumbum, contratada pelo marido, novo ministro do Turismo, é demitida». O Estado de S. Paulo. Consultado em 30 de abril de 2016
Precedido por Alberto Alves (interino) |
Ministro do Turismo do Brasil 2016 |
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