Nebulosa da Tarântula
Nebulosa da Tarântula | |
Nebulosa da Tarântula | |
Descoberto por | Nicolas Louis de Lacaille[1] |
Data | 1751[1] |
Dados observacionais (J2000) | |
Tipo | Região HII[2] |
Constelação | Dorado |
Asc. reta | 05h 38m 38s[2] |
Declinação | -69° 05,7′[2] |
Magnit. apar. | +8[1] |
Distância | 49 ± 3 kpc[3] 160 ± 10 mil anos-luz |
Dimensões | 40 × 25[1] minutos de arco |
Outras denominações | |
NGC 2070, 30 Doradus Nebula, 30 Doradus.[1][2] | |
A Nebulosa da Tarântula (também conhecida como 30 Doradus ou NGC 2070) é uma região HII na Grande Nuvem de Magalhães, localizada na constelação de Dorado. Ela foi inicialmente considerada uma estrela, mas em 1751 Nicolas Louis de Lacaille identificou-a como uma nebulosa.[1] Está a uma distância de cerca de 49 kiloparsecs (160 mil anos-luz) da Terra.[3]
A Nebulosa da Tarântula é a maior e mais massiva região de formação estelar conhecida no Grupo Local, com um diâmetro de cerca de 200 parsecs (650 anos-luz).[3] Apesar de ter uma magnitude aparente de 8,[1] é um objeto extremamente luminoso, e se estivesse tão perto da Terra quanto a Nebulosa de Órion, cobriria uma área de 60 luas cheias no céu e seu brilho seria suficiente para causar sombras.[4]
Em seu centro, está localizado o aglomerado estelar R136, que produz grande parte da energia que torna a nebulosa visível. R136 é um jovem aglomerado (idade de 1-2 milhões de anos) de estrelas extremamente quentes e luminosas, a maioria de classe espectral O3.[5] A massa estimada do aglomerado é de 450 000 massas solares, sugerindo que ele se torne um aglomerado globular no futuro.[6] Essa nuvem de gás e poeira, assim como as muitas estrelas jovens e massivas que a cercam, é o laboratório perfeito para estudar a origem de estrelas massivas.[7]
Além de R136, a Nebulosa da Tarântula contém um aglomerado estelar mais velho, catalogado como Hodge 301, com uma idade de 20–25 milhões de anos. Estima-se que pelo menos 40 estrelas desse aglomerado já explodiram em supernovas, o que provavelmente é a causa de movimentos violentos de gás e emissão de raios-X na região do aglomerado.[8]
A supernova mais próxima já detectada desde a invenção do telescópio, Supernova 1987A, ocorreu nos arredores da Nebulosa da Tarântula.[9]
Galeria de imagens
[editar | editar código-fonte]-
A Nebulosa de Tarântula revela uma paisagem cósmica de aglomerados de estrelas, nuvens de gás brilhantes e os restos dispersos de explosões de supernovas.[10]
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A região da Nebulosa da Tarântula fotografada com HAWK-I com o Adaptive Optics Facility.[11]
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Vista panorâmica do Hubble de uma região formadora de estrelas no super aglomerado de estrelas, chamada R136.
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Estrela brilhante VFTS 682 na Grande Nuvem de Magalhães.
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Close-up da nebulosa da tarântula.
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O jovem aglomerado RMC 136a.
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Região central da nebulosa Tarantula - um mosaico de 15 imagens feitas pelo Hubble.
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Região LMC perto da Nebulosa Tarântula.
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Coração da nebulosa da tarântula: R136 está localizado no centro da imagem, enquanto o Hodge 301 está no canto superior direito.
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Nebulosa da Tarântula e seus arredores.
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Filamentos na nebulosa da tarântula no LMC.
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A nebulosa pode ser vista no centro desta imagem.
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Nebulosa da Tarântula vista pelo WISE.
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Nebulosa da Tarântula
(Spitzer Space Telescope; Janeiro de 2020).
Referências
- ↑ a b c d e f g «NGC 2070, the Tarantula Nebula (30 Doradus)». Students for the Exploration and Development of Space. Consultado em 3 de junho de 2012
- ↑ a b c d «SIMBAD query result - Tarantula Nebula». SIMBAD. Consultado em 3 de junho de 2012
- ↑ a b c Lebouteiller, V.; Bernard-Salas, J.; Brandl, B.; Whelan, D. G.; Wu, Yanling; Charmandaris, V.; Devost, D.; Houck, J. R. (2008). «Chemical Composition and Mixing in Giant H II Regions: NGC 3603, 30 Doradus, and N66». The Astrophysical Journal. 680 (1): 398–419. Bibcode:2008ApJ...680..398L. doi:10.1086/587503
- ↑ «NEIGHBOR GALAXY CAUGHT STEALING STARS». National Optical Astronomy Observatory. Consultado em 3 de junho de 2012
- ↑ Massey, P ; Hunter, D. (janeiro de 1998). «Star Formation in R136: A Cluster of O3 Stars Revealed by Hubble Space Telescope Spectroscopy». The Astrophysical Journal. 493 (1). 180 páginas. Bibcode:1998ApJ...493..180M. doi:10.1086/305126
- ↑ Bosch, Guillermo; Terlevich, Elena; Terlevich, Roberto (2009). «Gemini/GMOS Search for Massive Binaries in the Ionizing Cluster of 30 Dor». Astronomical Journal. 137 (2): 3437–3441. Bibcode:2009AJ....137.3437B. doi:10.1088/0004-6256/137/2/3437
- ↑ «On the Origin of Massive Stars» (em inglês). 18 de março de 2020
- ↑ Grebel, Eva K.; Chu, You-Hua (2000). «Hubble Space Telescope Photometry of Hodge 301: An "Old" Star Cluster in 30 Doradus». Astronomical Journal. 119 (2): 787–799. Bibcode:2000AJ....119..787G. arXiv:astro-ph/9910426. doi:10.1086/301218
- ↑ «Tarantula Nebula's Cosmic Web a Thing of Beauty». SPACE.com. 21 de março de 2011. Consultado em 26 de março de 2011
- ↑ «A Crowded Neighbourhood». www.eso.org. Consultado em 31 de maio de 2018
- ↑ «Sharper Images for VLT Infrared Camera - Adaptive optics facility extended to HAWK-I instrument». www.eso.org. Consultado em 31 de janeiro de 2018
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Tarantula Nebula page ad SEDS». www.seds.org
- «30 Doradus image gallery». www.30doradus.org. Consultado em 12 de outubro de 2005. Arquivado do original em 24 de outubro de 2005