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Livraria Saraiva

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Saraiva
Livraria Saraiva
Razão social Saraiva e Siciliano S/A
Empresa de capital aberto
Cotação B3: SLED3, SLED4
Atividade
Gênero Sociedade Anônima
Fundação 13 de dezembro de 1914
Fundador(es) Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva
Encerramento 6 de outubro de 2023
Sede São Paulo,  Brasil
Área(s) servida(s)  Brasil
Locais 06 (mai/2023)[1][2]
Proprietário(s) Família Saraiva
Empregados 321 (mai/2023)[1]
Produtos
Website oficial www.saraiva.com.br

Saraiva foi uma rede brasileira de livrarias, fundada em 13 de dezembro de 1914 por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva, imigrante português de Trás-os-Montes, no centro da cidade de São Paulo. Em 2008, a empresa adquiriu a Livraria Siciliano e passou a ter 20% do mercado livreiro do Brasil.

Em recuperação judicial desde novembro de 2018, no fim de 2020 a rede já havia fechado metade das lojas que possuía no início de 2020[3] e teria tomado a decisão de encerrar todas as suas operações ao final de 2023.[4][5][6][7][8] Em 6 de outubro de 2023, teve falência decretada.[9]

Logotipo em formato ex-livrístico da Saraiva em 1942.

A primeira sede localizava-se no Largo do Ouvidor, bem próximo à Faculdade de Direito de São Paulo, sob o nome comercial de Livraria Acadêmica. Expandiu suas lojas em mais de 18 Unidades da Federação do Brasil (nas 4 praças do SE; nas 3 praças do S; em 3 praças do CO - DF, GO, MS; em seis estados do NE - BA, CE, PB, PE, RN, SE e em apenas dois estados do N - AM, PA), sendo encontrada principalmente em shoppings.[mais explicações necessárias]

Compra da Siciliano

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Filial no Park Shopping, em Brasília.

No dia 6 de março de 2008, a empresa comprou a totalidade das ações da Livraria Siciliano por R$ 60,03 milhões, somando às suas 36 lojas mais 63 lojas em quatorze estados brasileiros, provenientes da rede da Siciliano.[10]

A Saraiva estaria dificultando a entrada da Amazon no Brasil. Segundo fontes da Istoé Dinheiro, a livraria estaria usando seu poder sobre editoras do país para dificultar a entrada da Amazon. Ainda segundo estas fontes, a Saraiva estaria fazendo ameaças de represálias comerciais à editoras que fizessem acordo com a empresa estadunidense. A Saraiva, através do seu CEO Marcílio Pousada nega as acusações: “Jamais falaríamos isso, Temos 97 anos de relacionamento com as editoras”.[11]

Saraiva Mega Store

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Saraiva Mega Store é uma rede de lojas pertencente a Rede Saraiva, especializada em uma grande variedade de livros nacionais e importados, CDs e DVDs, eletrônicos, informática, games, softwares, revistas e produtos de papelaria.[12]

Recuperação judicial

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Com o setor em crise, a Saraiva entrou com um pedido de recuperação judicial no dia 23 de novembro de 2018, com uma divida de R$ 674 milhões, fechou 19 lojas pelo Brasil no mês de outubro, restando 85 lojas físicas.[13][14] O pedido de recuperação foi aberto pela Saraiva e Siciliano S/A e a Saraiva Livreiros S/A perante a 2.ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível de São Paulo. O pedido foi concedido em 26 de novembro de 2018, e o Plano de Recuperação Judicial foi aprovado por maioria dos credores na Assembleia-Geral ocorrida em 29 de agosto de 2019,[15] no qual prevê a reorganização da estrutura da empresa, com adoção de processos gerenciais, bem como a reestruturação do passivo de acordo com cada classe.

A Saraiva fechou 36 unidades entre março e novembro de 2020, e ainda teve uma queda de 75% na receita do grupo de 2020 em relação ao ano anterior, e dificuldades da empresa em cumprir as obrigações de curto prazo, ficando com 39 lojas físicas mais o ambiente virtual.[16] Ainda em 2020, a rede perdeu batalhas na Justiça contra editoras que pediam a devolução de livros em consignação nas lojas que estavam sendo fechadas.[16]

A Saraiva aprovou junto a parte dos credores a conversão de R$ 163 milhões de dívida em ações, com o processo, a empresa passará a ter um capital pulverizado na Bolsa. Com a amortização, passa a ter dívida inferior a R$ 300 milhões.[17]

A empresa teria obtido o primeiro resultado financeiro positivo em anos, mostrando que uma recuperação é possível.[18][19][20] Em 2022, contava com 34 lojas, número inferior as 113 unidades apresentadas no início de 2017, antes de entrar com processo de recuperação judicial.[17]

Em recuperação judicial desde novembro de 2018, tomou a decisão de encerrar todas as suas operações físicas a partir de 25 de setembro, demitindo funcionários e fechando as últimas lojas, mantendo apenas as vendas eletrônicas.[4][5][6][7]

Em 4 de outubro, duas semanas após anunciar o fechamento das livrarias e demitir os funcionários,[4][5] protocolou um pedido de autofalência.[21][22][a] Em 6 de outubro, a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais decretou a falência da rede de livrarias Saraiva.[9]

Ligações externas

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Notas

  1. A autofalência é a insolvência confessada pelo devedor empresário ou sociedade empresária como forma de proteção do crédito público. (Lei 11.101/05)

Referências

  1. a b «Relatório Mensal de Atividades - Abril e Maio de 2023». Saraiva RI. 5 de julho de 2023. Consultado em 28 de agosto de 2023 
  2. «Saraiva (SLED4) tem prejuízo ajustado de R$ 16,2 milhões no 2º tri, perda 26% menor na comparação anual». InfoMoney. 14 de agosto de 2023. Consultado em 28 de agosto de 2023 
  3. «Saraiva fecha metade das suas lojas de janeiro a novembro de 2020». IG. 8 de janeiro de 2021. Consultado em 19 de abril de 2016 
  4. a b c «Saraiva fecha todas as livrarias, demite toda a equipe e funcionará apenas como site». O Globo. 20 de setembro de 2023. Consultado em 21 de setembro de 2023 
  5. a b c «Saraiva demite funcionários das 5 lojas restantes e rede passa a operar apenas como e-commerce». CNN Brasil. Consultado em 21 de setembro de 2023 
  6. a b «Saraiva fecha todas as lojas no Brasil e demite funcionários; relembre a história da livraria». Estadão. 21 de setembro de 2023. Consultado em 21 de setembro de 2023 
  7. a b «Análise: Fim da Saraiva e da Cultura abre caminho para mercado editorial mais moderno». Folha de S.Paulo. 21 de setembro de 2023. Consultado em 21 de setembro de 2023 
  8. «Saraiva entra com pedido de autofalência na Justiça». G1. 5 de outubro de 2023. Consultado em 5 de outubro de 2023 
  9. a b «Justiça de São Paulo decreta falência da livraria Saraiva». G1. 7 de outubro de 2023. Consultado em 8 de outubro de 2023 
  10. Folha Online (6 de março de 2008). «Livraria Saraiva compra a concorrente Siciliano por R$ 60 mi». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de janeiro de 2016 
  11. "Os planos da Amazon para o Brasil" Arquivado em 18 de junho de 2012, no Wayback Machine., Istoé Dinheiro, 23 de Março, 2012.
  12. «Nossas Lojas». Saraiva. Consultado em 21 de janeiro de 2016 
  13. «Maior rede de livrarias do país pede recuperação judicial». G1. Consultado em 1 de outubro de 2021 
  14. Econômico, Brasil (23 de novembro de 2018). «Saraiva segue os passos da Cultura e entra com pedido de recuperação judicial». Portal iG. Consultado em 1 de outubro de 2021 
  15. «Plano de recuperação judicial da Saraiva é aprovado». Revista Exame. Grupo Abril. 29 de agosto de 2019. Consultado em 1 de setembro de 2019 
  16. a b «Saraiva fecha mais de 30 livrarias no Brasil durante a pandemia». d24am. 10 de janeiro de 2021. Consultado em 19 de abril de 2016 
  17. a b «Livraria Saraiva fecha acordo que pode encerrar recuperação judicial». CNN Brasil. Consultado em 22 de agosto de 2022 
  18. «Saraiva (SLED4) reduz prejuízo em 12% no segundo trimestre de 2022, a R$ 21,8 milhões». InfoMoney. 12 de agosto de 2022. Consultado em 22 de agosto de 2022 
  19. «Lucro e fim da recuperação judicial: o que esperar da retomada da Saraiva?». Money Times. 17 de agosto de 2022. Consultado em 22 de agosto de 2022 
  20. «Curtas | Saraiva»Subscrição paga é requerida. Valor Econômico. Consultado em 22 de agosto de 2022 
  21. «Saraiva entra com pedido de autofalência na Justiça». G1. 5 de outubro de 2023. Consultado em 5 de outubro de 2023 
  22. «Livraria Saraiva pede falência e encerra 109 anos de história». Metrópoles. 4 de outubro de 2023. Consultado em 5 de outubro de 2023