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Georges Jacques Danton

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 Nota: "Danton" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Danton (desambiguação).
Danton
Georges Jacques Danton
Danton
Político(a) de  França
Membro da Convenção Nacional
Presidente do Comitê de Salvação Pública
Dados pessoais
Nome completo Georges Jacques Danton
Nascimento 26 de outubro de 1759
Arcis-sur-Aube, Aube
Morte 5 de abril de 1794 (34 anos)
Paris
Partido Clube Jacobino
Profissão Advogado
Assinatura Assinatura de Georges Jacques Danton

Georges Jacques Danton (26 de outubro de 1759, Arcis-sur-Aube5 de abril de 1794, Paris) foi um advogado e político francês que se tornou uma figura destacada nos estágios iniciais da Revolução Francesa.

Historia

Georges Jacques Danton nasceu em uma família da pequena burguesia, filho do advogado Jacques Danton e da sua segunda esposa, Marie-Madeleine Camus. Após estudar no seminário de Troyes, Danton recusou a carreira eclesiástica e partiu para Paris, onde trabalhou num gabinete de advocacia. Após seis meses na faculdade de Reims, comprou uma licença em direito em 1784.

Exercendo a profissão em Paris, preferia frequentar os cafés e cercar-se de muitos amigos. O casamento com Antoinette Charpentier, filha de um rico parisiense, permitiu que obtivesse um cargo de advogado no Conselho do Rei em 1787. Dois anos depois começou a participar, junto com Jean-Paul Marat e Camille Desmoulins, em reuniões no distrito de Cordeliers, de onde saíram os líderes dos sans-culotte, a camada da população composta por artesãos, aprendizes e proletários.

Graças as suas qualidades de orador, tornou-se presidente dos cordeliers. O seu talento oratório se exprimia com frases violentas, mas era indulgente e considerava-se discípulo dos filósofos iluministas, mesmo não tendo lido muitas de suas obras. Não via como conspiradores todos os que não pensassem como ele.

Em 1791, no decorrer do processo revolucionário iniciado em 1789, Danton apoiou os jacobinos que queriam a substituição de Luis XVI por Philippe d'Orleans, enquanto que os cordeliers exigiam a abdicação do rei. Após o fuzilamento de manifestantes republicanos no Campo de Marte em julho daquele ano, Danton refugiou-se durante algum tempo na Inglaterra.

No seu retorno, no mês de novembro, substituiu o Procurador da Comuna de Paris, com a ajuda do tribunal que praticava, então, a política do Terror. Foi nomeado Ministro da Justiça. Depois, deixou o cargo para assumir o cargo de deputado de Paris, opondo-se a Robespierre, não pelas convicções, mas pelo estilo que não compartilhavam.

Em setembro de 1792, frente à ameaça de uma invasão prussiana, o clima de traição e desconfiança envenenou a todos. O povo, num ato descontrolado, invadiu as prisões cheias de defensores da nobreza , matando os prisioneiros a golpes de pau, espada e foice. O episódio ficou conhecido como "os massacres de setembro".

Temendo a repetição de tais atos brutais, Danton participou da criação do Tribunal Revolucionário. O paradoxo da Revolução persistia: ao mesmo tempo em que ela não poupava sangue, multiplicavam-se os decretos pelos direitos gerais da cidadania.

Danton entrou no Comitê de Salvação Pública, órgão executivo da República, responsável pela política estrangeira e por assuntos militares. Rapidamente emergiram os problemas. Mesmo os jacobinos o acusam de defender interesses próprios. Robespierre tomou a frente do Comitê. Danton defendeu as reivindicações dos sans-cullotes e apoiou a criação do exército revolucionário.

Devido às suas posições, pediu licença em outubro de 1793 e retirou-se para Arcis-sur-Aube. Retornando em novembro, perdeu seu lugar no grupo dos cordeliers para seu antigo amigo Hebert, que espalhava ideias socialistas. Criou o movimento dos indulgentes, repeliu a violência anti-religiosa e desaconselhou a execução de Maria Antonieta.

A ruptura dos "dantonistas" com os jacobinos foi consumada no fim de 1793, período durante o qual Robespierre tentou manter o equilíbrio político do seu governo, afastando mais os radicais e os moderados. Devido às medidas tomadas por Robespierre, Danton encontrava-se isolado e acabou acusado de ser um inimigo da República.

Foi julgado pelo Tribunal Revolucionário, devido a uma acusação preparada por Saint-Just. Defende-se com tanta eloquência que a Convenção demora para fechar os debates. Condenado, foi guilhotinado em 5 de abril de 1794 em companhia de Camille Desmoulins.

Representações

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