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David Mourão-Ferreira: diferenças entre revisões

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Teve uma ativa colaboração em jornais e revistas, dos quais se destacam o [[Diário Popular (Portugal)|Diário Popular]]. Foi também colaborador da revista ''[[Seara Nova]]'', para além de ter sido um dos fundadores da revista literária ''[[Távola Redonda (revista)|Távola Redonda]]'', que co-dirigiu (1950-1954), com [[António Manuel Couto Viana]] e [[Luís de Macedo]]. Foi precisamente através desta publicação que a atividade poética de David Mourão Ferreira começou a ganhar relevo, enquanto uma alternativa poética, de pendor lirista, à poesia social.<ref>{{Citar web |ultimo=Infopédia |url=https://www.infopedia.pt/$david-mourao-ferreira |titulo=David Mourão-Ferreira - Infopédia |acessodata=2021-06-15 |website=Infopédia - Dicionários Porto Editora |lingua=pt}}</ref>
Teve uma ativa colaboração em jornais e revistas, dos quais se destacam o [[Diário Popular (Portugal)|Diário Popular]]. Foi também colaborador da revista ''[[Seara Nova]]'', para além de ter sido um dos fundadores da revista literária ''[[Távola Redonda (revista)|Távola Redonda]]'', que co-dirigiu (1950-1954), com [[António Manuel Couto Viana]] e [[Luís de Macedo]]. Foi precisamente através desta publicação que a atividade poética de David Mourão Ferreira começou a ganhar relevo, enquanto uma alternativa poética, de pendor lirista, à poesia social.<ref>{{Citar web |ultimo=Infopédia |url=https://www.infopedia.pt/$david-mourao-ferreira |titulo=David Mourão-Ferreira - Infopédia |acessodata=2021-06-15 |website=Infopédia - Dicionários Porto Editora |lingua=pt}}</ref>


Considerado um dos maiores poetas contemporâneos portugueses do [[Século XX]], {{Carece de fontes2|data=dezembro de 2009|Ganhou notoriedade junto do grande público com os poemas de sua autoria cantados por [[Amália Rodrigues]], como ''Sombra'', ''Maria Lisboa'', ''Anda o Sol na Minha Rua'' ''Nome de Rua'', ''Fado Peniche'' e sobretudo ''Barco Negro'',{{sfn|Mourão-Ferreira|1997|p=33}} entre outros.}}<ref>{{Citar web|url=http://www.tabacaria.com.pt/poesia/textos/Barco_Negro.htm|título=Título ainda não informado (favor adicionar)|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100905201229/http://www.tabacaria.com.pt/poesia/textos/Barco_Negro.htm|arquivodata=2010-09-05|urlmorta=yes}}</ref> Outros fados da sua autoria, como ''Escada sem corrimão'' ou ''Lembra-te sempre de mim'', serão interpretados anos depois por [[Camané]].<ref>[http://observador.pt/2015/05/03/o-tempo-de-camane-e-um-infinito-presente/ Observador]</ref>
Considerado um dos maiores poetas contemporâneos portugueses do [[Século XX|século XX]], {{Carece de fontes2|data=dezembro de 2009|ganhou notoriedade junto do grande público com os poemas de sua autoria cantados por [[Amália Rodrigues]], como ''Sombra'', ''Maria Lisboa'', ''Anda o Sol na Minha Rua'' ''Nome de Rua'', ''Fado Peniche'' e sobretudo ''Barco Negro'',{{sfn|Mourão-Ferreira|1997|p=33}} entre outros.}}<ref>{{Citar web|url=http://www.tabacaria.com.pt/poesia/textos/Barco_Negro.htm|título=Título ainda não informado (favor adicionar)|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100905201229/http://www.tabacaria.com.pt/poesia/textos/Barco_Negro.htm|arquivodata=2010-09-05|urlmorta=yes}}</ref> Outros fados da sua autoria, como ''Escada sem corrimão'' ou ''Lembra-te sempre de mim'', serão interpretados anos depois por [[Camané]].<ref>[http://observador.pt/2015/05/03/o-tempo-de-camane-e-um-infinito-presente/ Observador]</ref>


Depois do [[Revolução dos Cravos|25 de Abril de 1974]], seria diretor do jornal ''[[A Capital]]'' e diretor-adjunto do ''[[O Dia (Portugal)|O Dia]]''.
Depois do [[Revolução dos Cravos|25 de Abril de 1974]], seria diretor do jornal ''[[A Capital]]'' e diretor-adjunto do ''[[O Dia (Portugal)|O Dia]]''.

Revisão das 15h50min de 29 de janeiro de 2022

David Mourão-Ferreira

Estátua no Parque dos Poetas
Nome completo David de Jesus Mourão-Ferreira
Nascimento 24 de fevereiro de 1927
Lisboa Portugal Portugal
Morte 16 de junho de 1996 (69 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Cônjuge Pilar Mourão Ferreira
Prémios Prémio Ricardo Malheiros (1959)

Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários (1980)
Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB (1986)
Prémio Literário Município de Lisboa (1986)
Prémio D. Dinis (1986)
Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1987)
Prémio Jacinto do Prado Coelho (1988)
Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores (1996)

Magnum opus As lições do fogo

David de Jesus Mourão-Ferreira GOSEGCSE (Lisboa, 24 de fevereiro de 1927Lisboa, 16 de junho de 1996) foi um escritor e poeta português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Lisboa no Parque das Nações.e uma Cátedra David Mourão-Ferreira do Camões, I.P. no Centro de Estudos Lusitânia de Bari (Itália).

Biografia

Filho de David Ferreira, secretário do diretor da Biblioteca Nacional, originário de Elvas, e de sua mulher Teresa Mourão, originária duma aldeia do Baixo Alentejo.

Nasceu no extremo ocidental do bairro da Lapa, em Lisboa, numa casa onde viveu até aos 15 anos. Teve um irmão três anos mais novo, Jaime, afilhado de Jaime Cortesão. Frequentou o Colégio Moderno e licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951.

Tornou-se assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1958. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores.

Teve uma ativa colaboração em jornais e revistas, dos quais se destacam o Diário Popular. Foi também colaborador da revista Seara Nova, para além de ter sido um dos fundadores da revista literária Távola Redonda, que co-dirigiu (1950-1954), com António Manuel Couto Viana e Luís de Macedo. Foi precisamente através desta publicação que a atividade poética de David Mourão Ferreira começou a ganhar relevo, enquanto uma alternativa poética, de pendor lirista, à poesia social.[1]

Considerado um dos maiores poetas contemporâneos portugueses do século XX, [carece de fontes?][3] Outros fados da sua autoria, como Escada sem corrimão ou Lembra-te sempre de mim, serão interpretados anos depois por Camané.[4]

Depois do 25 de Abril de 1974, seria diretor do jornal A Capital e diretor-adjunto do O Dia.

No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a Janeiro de 1978, e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.

Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.

A 13 de Julho de 1981 foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.[5] Em 1996, a 3 de Junho, foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[5] No mesmo ano, 1996, recebeu o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.

Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, teve dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe deram 10 netos e netas.

Em 2005 é celebrado um protocolo entre a Universidade de Bari e o Instituto Camões, decidindo, como homenagem ao poeta, abrir naquela cidade o Centro Studi Lusofoni - Cátedra David Mourão-Ferreira[6] que, dirigida pela Professora Fernanda Toriello e com a colaboração do professor Rui Costa, tem como objetivo o estudo da obra de David Mourão-Ferreira, assim como a divulgação da língua portuguesa e das culturas lusófonas. Promove também o Prémio Europa David Mourão-Ferreira.[7]

Em 2005 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma avenida no Alto do Lumiar.[8]

Obras

Poesia

  • 1950 - A Viagem
  • 1954 - Tempestade de Verão (Prémio Delfim Guimarães)
  • 1958 - Os Quatro Cantos do Tempo
  • 1961 - Maria Lisboa
  • 1962 - In Meae
  • 1962 - ou A Arte de Amar
  • 1966 - Do Tempo ao Coração
  • 1967 - A Arte de Amar (reunião de obras anteriores)
  • 1969 - Lira de Bolso
  • 1971 - Cancioneiro de Natal (Prémio Nacional de Poesia)
  • 1973 - Matura Idade
  • 1974 - Sonetos do Cativo
  • 1976 - As Lições do Fogo
  • 1980 - Obra Poética (inclui À Guitarra e À Viola e Órfico Ofício)
  • 1985 - Os Ramos e os Remos
  • 1988 - Obra Poética, 1948-1988
  • 1994 - Música de Cama (antologia erótica com um livro inédito).
  • 1954 - Barco Negro

Ficção narrativa

Outras

  • 1961 - Aspectos da obra de M. Teixeira Gomes

Academia Brasileira de Letras

O escritor Mourão-Ferreira foi escolhido para ocupar, na categoria de Sócio Correspondente, a Cadeira número 5, que tem por Patrono Dom Francisco de Sousa. Sua eleição deu-se em 1981, sendo ali o quinto ocupante. Depois da sua morte, esta Cadeira seria ocupada apenas em 1998 pelo moçambicano Mia Couto.[9]

Referências

  1. Infopédia. «David Mourão-Ferreira - Infopédia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 15 de junho de 2021 
  2. Mourão-Ferreira 1997, p. 33.
  3. «Título ainda não informado (favor adicionar)». Arquivado do original em 5 de setembro de 2010 
  4. Observador
  5. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "David Mourão Ferreira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 8 de junho de 2014 
  6. «Cópia arquivada». Consultado em 4 de abril de 2021. Cópia arquivada em 8 de março de 2016 
  7. Prémio Europa David Mourão-Ferreira
  8. «Facebook». www.facebook.com. Consultado em 15 de junho de 2021 
  9. «Sócios Correspondentes e Patronos». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 8 de junho de 2014 
Bibliografia

Ligações externas

Precedido por
Domingos Monteiro
ABL Sócio Correspondente - cadeira 5
1981 - 1996
Sucedido por
Mia Couto