Saltar para o conteúdo

Joaquim Leitão (escritor)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura o cineasta português, veja Joaquim Leitão.
Joaquim Leitão
Nome completo Joaquim Antunes Leitão
Nascimento 26 de abril de 1875
Porto, Portugal
Morte 1956 (81 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Escritor e jornalista

Joaquim Antunes Leitão (Porto, 26 de abril de 1875Lisboa, 1956) foi um escritor e jornalista português.

Joaquim Leitão nasceu no Porto a 26 de Abril de 1875. Casou com D. Amélia de Abreu de Lima Tavares Cardoso Leitão.[1]

Frequentou as Escolas Politécnicas de Porto e Lisboa, onde fez os estudos preparatórios médicos, e depois as Escolas de Medicina das Universidades de Lisboa e do Porto.[1]

Ao longo da sua vida ocupou diversos cargos importantes, de que se destacam os seguintes: Secretário Geral da Academia das Ciências de Lisboa; Director do Museu da Assembleia Nacional da Restauração; Inspector das Bibliotecas, Arquivos e Museus Municipais de Lisboa; Sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras; Director Geral da Assembleia Nacional (1935-1945).[1][2]

Dirigiu a edição mensal do «Diário de Lisboa». hemerotecadigital.cm-lisboa.pt  (1933) bem como as revistas Anais das bibliotecas, arquivo e museus municipais [3] (1931-1936). Foi autor da publicação Harmonia latina que é uma monografia de 26 páginas pertencente à coleção de "Publicações dos Anais das Bibliotecas, Museus, e Arquivo Histórico Municipais" (nº 14) publicada pela Câmara Municipal de Lisboa em 1936. Colaborou no «Domingo ilustrado». hemerotecadigital.cm-lisboa.pt  (1925-1927) e colaborou como jornalista no «Jornal de Notícias» e «Correio da Manhã», assim como em revistas portuguesas e brasileiras nomeadamente na revista Luz e Vida [4] (1905), Atlantida [5] (1915-1920), na Revista Municipal [6] (1939-1973) publicada pela Câmara Municipal de Lisboa e no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas [7] (1941-1945).

Durante os anos de exílio, de 1911 a 1912, foi um dos directores do único jornal monárquico de Portugal O Correio [8] que saía no Porto.[2] Assim como a revista que se lhe seguiu, A Entrevista, em 2013 e 2014, na qual os entrevistados eram maioritariamente monárquicos ou republicanos dissidentes[9].

Publicou uma extensa obra, composta por vários géneros literários, como o romance, o conto e o teatro, e ainda diversos ensaios e livros de história, assim como diversas traduções e colaborações com outros autores, entre os quais Faustino da Fonseca e Júlio Dantas.

A 10 de maio de 1930, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. A 8 de outubro de 1942, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo.[10]

  • Originais[1][11]
    • Treno da miséria (1859)
    • Cabeça a Prémio: contos
    • O Varre Canelhas: novela transmontana
    • Corpos e Almas: contos
    • Val d'Amores
    • A Impossível Paz
    • Uma Mulher Ciumenta
    • O Amor na renascença
    • Os Deuses Voltaram
    • Jardim da Saudade
    • Os Cegos: peça em 3 actos
    • O almirante dos mares orientais
    • A peste: aspectos morais da epidemia nacional
    • D. Carlos o Desventuroso
    • O Palácio de S. Bento
    • Oração à Pátria
    • Anais Políticos da República Portuguesa
    • Embaixada Histórica
    • Do civismo e da arte no Brasil
    • A comédia política
    • Diário dos vencidos: subsídios para a história de Revolução de Cinco de Outubro
    • Os cem dias funestos: processo e condenação do último Presidente do Conselho de 1910, António Teixeira de Sousa, e do seu livro, "Para a história da Revolução"
    • Guia ilustrado de Esposende
    • Guia ilustrado de Barcelos
    • Guia ilustrado da Foz, Matosinhos, Leça e Lavadores
    • Guia das Caldas de Vizela
    • A bandeira dos emigrados: repelindo uma afronta
    • As alianças das casas de Bragança e Hohenzollern: o casamento d'El-Rei D. Manuel II
    • Couceiro, o capitão fantasma
    • Da proclamação da República às primeiras tentativas de Restauração: Outubro de 1910 - Março de 1911
    • Em marcha para a 2ª incursão: da concentração ao erguer do bivaque de Soutelinho da Raia para o ataque a Chaves
    • O ataque a Chaves: croquis do terreno do combate pelo alferes Alberto Braz
    • Os poemas da derrota
    • Deuses do lar: o maestro Miguel Ângelo
    • Génio da desgraça: na hora centenária de Camilo
    • E de tudo se lavrou este auto
    • Pescadores da Murtosa: extracto da Canção do Regresso
    • Terra-alta: antologia de Castelo de Vide
    • O capuz de Miguel Ângelo
    • Monumento a vivos: discurso
    • O último milagre de Santo António
    • Asas em terra
    • Harmonia latina
    • Leopardi
    • A beleza venceu
    • A mulher na obra de Gil Vicente
    • Italianismo e D. Dinis na "Divina Comédia"
    • O maior romancista inglês do século XIX
    • A máscara de Veneza
    • Racine, cortesão
    • Egas Moniz, escritor
    • Canção do regresso: novela
    • Livros de S. Bento: memória
    • Para a história do Palácio de S. Bento
    • O Palácio de São Bento
    • Romeiros do Atlântico
    • Vila Cova do Alva - terra de encanto e poesia
    • Eça de Queiroz académico
    • O reflorescer da Itália imortal
    • No pórtico da epopeia ultramarina
    • Crónica de São João de Brito
    • Corações Partidos: contos
    • A mulher na obra de Júlio Dantas
    • Sintra: uma profecia
    • Palmas e rosmaninho
    • Nas sete colinas: novelas
    • O maior prazer da vida
  • Traduções[11]
    • de Dmitri Merejkowsky
      • A ressurreição dos deuses: Leonardo da Vinci
    • de Leão Tolstoi
      • A adolescência: novela
      • A felicidade conjugal
      • A infância: novela
      • A mocidade
      • A morte: novela
      • A odisseia dum viajante: novela do Caucaso
      • A palavra de Jesus
      • Amor e liberdade: palavras de um homem livre
      • Luta de heróis: novela
      • Os cavaleiros da guarda: novela
      • Os cossacos
      • Os mártires do dinheiro: novela
      • Poli-kouchka: novela
      • Sebastopol
    • de John W. Harding
      • A porta do beijo
    • de C. Albin de Cigala
      • Urbi et orbi: romance dos tempos postneronianos…
    • de Paulo Mantegazza
      • Fisiologia do ódio
      • Os caracteres humanos
    • de J. Haring
      • O livro da enfermeira
    • de Luísa Maria Linares
      • Férias ao sol
    • de Jean Louis Dubut de Laforest
      • A Bela Lilás
      • A Estranguladora
      • A Mulher-Homem
      • A Paixão dum Bandido
      • A Ressuscitada
      • A Virgem do Boulevard
      • Amores à Beira-Mar
      • As Vítimas do Prazer
      • O Dr. Mata-Crianças
      • O Último João
      • Os Bailes do Sr. Deputado
      • Os Rufiões de Casaca
      • Os Vícios dum Conselheiro
      • Paraíso Terrestre
    • de Louis Constant Wairy
      • Napoleão pelo seu criado particular: memórias de Constant

Notas

  1. a b c d Quem é alguém: (who's who in Portugal) - Dicionário biográfico das personalidades em destaque do nosso tempo, ano 1947. Lisboa: Portugalia, 1947. 405-406 p.
  2. a b Espólios da Biblioteca Municipal do Porto (PDF). Porto: Câmara Municipal do Porto. 2008. p. 14-15. ISBN 978-972-9147-75-3 
  3. Rita Correia (1 de Julho de 2007). «Ficha histórica: Anais das Bibliotecas, Arquivo e Museus Municipais (1931-1936).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 5 de Maio de 2014 
  4. Rita Correia (5 de maio de 2015). «Ficha histórica:Luz e Vida: revista mensal de sociologia, arte e crítica (1905)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 16 de maio de 2016 
  5. Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil (1915-1920)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014 
  6. «Revista Municipal (1939-1973), Índice de colaboradores» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de junho de 2015 
  7. Rita Correia (30 de julho de 2019). «Ficha histórica:Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de outubro de 2019 
  8. Rita Correia (4 de agosto de 2015). «Ficha histórica: O correio : semanario monarchico (1912-1913)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de junho de 2016 
  9. A Entrevista: sem santo nem senha (1913-1914) cópia digital, Hemeroteca Digital
  10. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Joaquim Leitão". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de agosto de 2020 
  11. a b «Base Nacional de Dados Bibliográficos». Biblioteca Nacional de Portugal 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Leite de Vasconcelos
Sócio correspondente da ABL - cadeira 6
19411956
Sucedido por
Nuno Simões