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David Mourão-Ferreira: diferenças entre revisões

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Revisão das 15h56min de 12 de novembro de 2020

David Mourão-Ferreira

Estátua no Parque dos Poetas
Nome completo David de Jesus Mourão-Ferreira
Nascimento 24 de fevereiro de 1927
Lisboa Portugal Portugal
Morte 16 de junho de 1996 (69 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Cônjuge Pilar Mourão Ferreira
Prémios Prémio Ricardo Malheiros (1959)

Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários (1980)
Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB (1986)
Prémio Literário Município de Lisboa (1986)
Prémio D. Dinis (1986)
Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1987)
Prémio Jacinto do Prado Coelho (1988)
Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores (1996)

Magnum opus As lições do fogo

David de Jesus Mourão-Ferreira GCSE (Lisboa, 24 de fevereiro de 1927Lisboa, 16 de junho de 1996) foi um escritor e poeta português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Lisboa no Parque das Nações.

Biografia

Filho de David Ferreira, secretário do diretor da Biblioteca Nacional, originário de Elvas, e de Teresa Mourão-Ferreira, originária de uma aldeia do Baixo Alentejo.

Nasceu no extremo ocidental do bairro da Lapa, em Lisboa, numa casa onde viveu até aos 15 anos. Teve um irmão três anos mais novo, Jaime, afilhado de Jaime Cortesão. Frequentou o Colégio Moderno e licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951.

Tornou-se assistente da Faculdade de Letras em 1958. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores.

Teve uma ativa colaboração em jornais e revistas, dos quais se destacam o Diário Popular. Foi também colaborador da revista Seara Nova, para além de ter sido um dos fundadores da revista literária Távola Redonda, que co-dirigiu (1950-1954), com António Manuel Couto Viana e Luís de Macedo. Foi precisamente através desta publicação que a atividade poética de David Mourão Ferreira começou a ganhar relevo, enquanto uma alternativa poética, de pendor lirista, à poesia social[1].

Considerado um dos maiores poetas contemporâneos portugueses do Século XX, [carece de fontes?][3] Outros fados da sua autoria, como Escada sem corrimão ou Lembra-te sempre de mim, serão interpretados anos depois por Camané[4].

Depois do 25 de Abril de 1974, seria diretor do jornal A Capital e diretor-adjunto do O Dia.

No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a Janeiro de 1978, e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.

Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.

A 13 de Julho de 1981 foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[5] Em 1996, a 3 de Junho, foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[5] No mesmo ano, 1996, recebeu o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.

Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, teve dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe deram 10 netos e netas.

Em 2005 é celebrado um protocolo entre a Universidade de Bari e o Instituto Camões, decidindo, como homenagem ao poeta, abrir naquela cidade o Centro Studi Lusofoni - Cátedra David Mourão-Ferreira[6]que, dirigida pela Professora Fernanda Toriello e com a colaboração do professor Rui Costa, tem como objetivo o estudo da obra de David Mourão-Ferreira, assim como a divulgação da língua portuguesa e das culturas lusófonas. Promove também o Prémio Europa David Mourão-Ferreira[7].

Em 2005 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma avenida no Alto do Lumiar.[8]

Obras

Poesia

  • 1950 - A Viagem
  • 1954 - Tempestade de Verão (Prémio Delfim Guimarães)
  • 1958 - Os Quatro Cantos do Tempo
  • 1961 - Maria Lisboa
  • 1962 - In Meae
  • 1962 - ou A Arte de Amar
  • 1966 - Do Tempo ao Coração
  • 1967 - A Arte de Amar (reunião de obras anteriores)
  • 1969 - Lira de Bolso
  • 1971 - Cancioneiro de Natal (Prémio Nacional de Poesia)
  • 1973 - Matura Idade
  • 1974 - Sonetos do Cativo
  • 1976 - As Lições do Fogo
  • 1980 - Obra Poética (inclui À Guitarra e À Viola e Órfico Ofício)
  • 1985 - Os Ramos e os Remos
  • 1988 - Obra Poética, 1948-1988
  • 1994 - Música de Cama (antologia erótica com um livro inédito).
  • 1954 - Barco Negro

Ficção narrativa

Outras

  • 1961 - Aspectos da obra de M. Teixeira Gomes

Academia Brasileira de Letras

O escritor Mourão-Ferreira foi escolhido para ocupar, na categoria de Sócio Correspondente, a Cadeira número 5, que tem por Patrono Dom Francisco de Sousa. Sua eleição deu-se em 1981, sendo ali o quinto ocupante. Depois da sua morte, esta Cadeira seria ocupada apenas em 1998 pelo moçambicano Mia Couto.[9]

Referências

Bibliografia
  • Mourão-Ferreira, David; Somai, Graziana (julho–dezembro de 1997). Varela, Joana, ed. «É que eu gosto de muita coisa, sabe?». Colóquio (Revista trimestral). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. p. 33. ISSN 0010-1451. Consultado em 18 de julho de 2020 
  • Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, História de Portugal, Dicionário de Personalidades, Volume XVII, Ed. QN-Edição e Conteúdos, S. A., 2004

Ligações externas

Precedido por
Domingos Monteiro
ABL Sócio Correspondente - cadeira 5
1981 - 1996
Sucedido por
Mia Couto
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