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Massacre de São Bonifácio: diferenças entre revisões

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=== Mortes ===
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O governo local informou inicialmente que duas pessoas morreram,mas,posteriormente esse número foi retificado para 9.Segundo fontes da época,o número de garimperos desaparecidos é de 79. Por parte das [[Unidade militar|tropas]] da Polícia e do Exército não houve registros de baixas.<ref>{{citar web|url=http://www.seplan.maraba.pa.gov.br/index.php/cbeceby |título=Historico de Marabá|publicado=Secretaria de planejamento de Marabá}}</ref>
O governo local informou inicialmente que duas pessoas morreram, mas, posteriormente esse número foi retificado para 9. Segundo fontes da época, o número de garimperos desaparecidos é de 79. Por parte das [[Unidade militar|tropas]] da Polícia e do Exército não houve registros de baixas.<ref>{{citar web|url=http://www.seplan.maraba.pa.gov.br/index.php/cbeceby |título=Historico de Marabá|publicado=Secretaria de planejamento de Marabá}}</ref>


Um garimpeiro de prenome Francisco, que disse ter visto oito cadáveres, foi assassinado por um grupo de desconhecidos, no centro de Marabá, um dia depois de dar entrevista à [[TV Liberal Marabá|TV Liberal]]. A morte de Francisco amedrontou outras testemunhas do conflito e silenciou-as por mais de vinte anos.<ref name="desconhecidas"/>
Um garimpeiro de prenome Francisco, que disse ter visto oito cadáveres, foi morto por espancamento, assassinado a pauladas por um grupo de desconhecidos, no centro de Marabá, um dia depois de dar entrevista à [[TV Liberal Marabá|TV Liberal]]. A morte de Francisco amedrontou outras testemunhas do conflito e silenciou-as por mais de vinte anos.<ref name="desconhecidas"/>


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Revisão das 20h12min de 20 de agosto de 2019

Imagem da Ponte Mista de marabá, que foi bloqueada no dia do Massacre.

O Massacre de São Bonifácio ou Massacre da Ponte foi um conflito que ocorreu em 29 de dezembro de 1987 na cidade de Marabá, entre os garimpeiros de Serra Pelada e a Polícia Militar do Pará com o auxílio do Exército Brasileiro. A manifestação que gerou o conflito bloqueou o acesso à Ponte Mista de Marabá e pedia a reabertura do garimpo de Serra Pelada.[1]

O conflito tem características muito semelhantes aos do massacre dos sem-terra em Eldorado do Carajás, em 1996. Contudo este ocorreu quase dez anos antes, na ponte sobre o Rio Tocantins, no caminho das locomotivas que transportam minério de Carajás para Itaqui, no Maranhão.[2]

Este massacre é nomeado desta forma devido ao fato de que ele ocorreu no dia de São Bonifácio.Alguns locais se referem ainda a ele como o Massacre da Ponte.[3]

Antecedentes

As prováveis causas do surgimento de tal conflito foram a desativação da Serra Pelada e a insatisfação dos garimpeiros pela falta de condições de trabalho no garimpo. A manifestação, portanto - em primeiro momento pacífica - era uma forma de chamar a atenção das autoridades nacionais para a questão do garimpo.[2]

De fato, entretanto, a revolta começou no ano anterior, quando o garimpeiro João Edson Borges foi espancado e morto por um policial. Em reação, um policial foi morto e a Polícia Militar acabou expulsa de Serra Pelada. Dali em diante, os garimpeiros receberam ameaças de vingança.[2]

Protestos

Os garimpeiros se organizaram em dezembro de 1987 e foram para Marabá para solucionar tal impasse. Os garimpeiros haviam deixado Serra Pelada na madrugada do dia anterior. Queriam o rebaixamento da cava do garimpo.

Após percorrerem, de ônibus e caminhões, 160 quilômetros, eles acamparam na cidade, contudo não houve movimento político para resolução ou negociação das reivindicações.

Então aproximadamente mil garimpeiros se deslocaram até à Ponte Mista de Marabá - trecho da BR-155 a mesma estrada onde ocorreu mais tarde o Massacre de Eldorado do Carajás - e bloquearam o acesso de veículos, pessoas e das locomotivas que circulavam na Estrada de Ferro Carajás (que também atravessa a ponte), a fim de chamar atenção para sua manifestação. A ponte bloqueada é a principal ligação entre os distritos periféricos e o centro da cidade, além de fazer a ligação rodoviária e ferroviária de Marabá com a costa norte do Brasil. Na serra, sob o comando de Victor Hugo Rosa, permaneceram dez mil "formigas" (garimpeiros) em assembleia, acompanhando colegas e recolhendo comida para os revoltosos.[3]

Conflito

O então governador Hélio Gueiros deu ordem para que a Polícia Militar desobstruísse a ponte. O grupo da ponte liderado por Jane Resende – primeira líder feminina de um garimpo –, colocou uma carcaça de caminhonete e britas nos trilhos da ponte.

Quinhentos soldados do 4º batalhão da Polícia Militar do Pará encurralaram os garimpeiros e avançaram por uma das cabeceiras da ponte, atirando na multidão, enquanto o Exército fechava o acesso na outra cabeceira. Os policiais atiraram durante 15 minutos com metralhadoras e fuzis. Muitos garimpeiros se jogaram do vão de 76 metros da ponte.[1]

Mortes

O governo local informou inicialmente que duas pessoas morreram, mas, posteriormente esse número foi retificado para 9. Segundo fontes da época, o número de garimperos desaparecidos é de 79. Por parte das tropas da Polícia e do Exército não houve registros de baixas.[4]

Um garimpeiro de prenome Francisco, que disse ter visto oito cadáveres, foi morto por espancamento, assassinado a pauladas por um grupo de desconhecidos, no centro de Marabá, um dia depois de dar entrevista à TV Liberal. A morte de Francisco amedrontou outras testemunhas do conflito e silenciou-as por mais de vinte anos.[2]

Referências

  1. a b «Guerra de São Bonifácio». Estadão 
  2. a b c d «Guerras desconhecidas do Brasil» (PDF). Marcos Cassiano/AE 
  3. a b «Guerra de São Bonifácio». MSN/AE 
  4. «Historico de Marabá». Secretaria de planejamento de Marabá 

Ligações externas