Ovis aries: diferenças entre revisões
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Revisão das 21h31min de 5 de março de 2013
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Ovelha | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Não avaliada: Domesticado | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Espécie | |||||||||||||||
Ovis aries |
A ovelha (Ovis aries) que pode ser chamado no masculino por carneiro e quando pequeno como cordeiro, anho ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família Caprinae, que também inclui a cabra.
É um animal de enorme importância econômica como fonte de carne, laticínios, lã e couro. Criado em cativeiro em todos os continentes, a ovelha foi domesticada na Idade do Bronze a partir do muflão (Ovis orientalis), que vive actualmente nas montanhas da Turquia e Iraque.
As ovelhas são, quase sempre, criadas em rebanhos. O manejo requer cuidados, seja pelo fato de se tratar de um rebanho grande, ou por serem animais sensíveis. Nas regiões mais frias, como no sul do Brasil, o cuidado com as crias recém-nascidas deve ser intenso, já que a época de partos coincide com os meses de inverno, quando se tratar de raças que possuem sazonalidade reprodutiva.
Além do frio, os criadores devem atentar para raposas e outros predadores, que cercam as fêmeas e roubam-lhes os filhotes. A lã, retirada no início do verão, importante fonte de renda para o criador, torna a crescer, garantindo ao animal a sua própria defesa ao frio.
Basicamente, a ovelha (fêmea) é um animal dócil, e sem nenhum mecanismo natural de defesa; o que deve ter influenciado para, na cultura popular, estar associada à ideia de inocência. No caso dos carneiros (machos) é necessária alguma precaução com alguns animais mais agressivos, pois estes podem usar as hastes de forma perigosa.
Importância econômica
Estoques globais de ovinos - 2011 (em milhões de cabeças) | |
---|---|
China | 170,8 |
Austrália | 106 |
União Europeia (15 nações) | 98,7 |
Índia | 62,5 |
CEI | 64 |
Irão | 54 |
Sudão | 48 |
Nova Zelândia | 40 |
Brasil | 32,5 |
Reino Unido | 30,2 |
África do Sul | 25,3 |
Turquia | 25,2 |
Paquistão | 24,9 |
Nigéria | 23 |
Espanha | 22,5 |
Todos os outros | 337,3 |
Total | 1,079,7 |
Fonte: FAO[1] |
A criação de ovelhas (ovinocultura) é uma atividade que tem ocupado fazendeiros desde os tempos mais remotos, pois este animal pode fornecer leite, lã, couro e carne. No Século XXI as ovelhas ainda constituem importância vital na economia de vários países. Os maiores produtores de ovelhas (per capita), estão no hemisfério sul, excetuando a República Popular da China, e incluem Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Uruguai e Chile.
No Reino Unido a importância do comércio de lã era tão grande que na câmara superior do parlamento (a Casa dos Lordes) o Lorde Chanceler senta-se numa almofada conhecida como saco de lã (woolsack).
A sua carne é consumida no mundo inteiro. Seu leite é usado para produzir diversos tipos de queijo, entre os mais conhecidos estão o roquefort. Em alguns lugares do mundo, como a Sardenha, a ovinocultura tornou-se a principal atividade econômica.
Mesmo nos dias atuais, o investimento em rebanhos fornece retornos financeiros de até 400% do seu custo anual (incluindo ganhos reprodutivos).
Domesticação
As ovelhas domésticas são descendentes do muflão, que é encontrado nas montanhas da Turquia ao Irã meridional. Evidências da domesticação datam de 9000 a.C. no que é hoje o Iraque. O muflão foi considerado um dos dois ancestrais da ovelha doméstica, após análises de DNA. Embora o segundo ancestral não foi identificado, pois o urial e o argali foram desconsiderados. O urial (O. vignei) é encontrado do nordeste do Irã ao noroeste da Índia, ele possui um número maior de cromossomos (58) que a ovelha doméstica(54) sendo assim um improvável ancestral da ovelha, mas ele cruza-se com o muflão. A ovelha argali (Ovis ammon) da Ásia interior (Tibete, Himalaia, Montes Altai, Tien-Shan e Pamir) tem 56 cromossomos e a ovelha-das-neves-siberiana Ovis nivicola tem 52 cromossomos.
Evidências das primeiras domesticações são encontradas em PPNB Jericho e Zawi Chemi Shanidar. As ovelhas de lã enrolada são encontradas somente desde a Idade do Bronze. Raças primitivas, como a Scottish Soay tinham que ser arrancados (um processo chamado rooing), em vez de cortados, porque os pêlos eram ainda mais longos do que a lã macia, ou a lã devia ser coletada do campo depois que caía. O muflão-europeu (Ovis musimon) encontrado na Córsega e na Sardenha assim como em Creta e a extinta ovelha-selvagem-do-Chipre são possíveis descendentes das primeiras ovelhas domésticas que se tornaram selvagens.
Raças
Existem várias raças de ovelha, mas elas são geralmente sub-divididas em raças de lã, raças de leite, e raças de carne, raças de dupla aptidão.
Fazendeiros desenvolveram raças de lã, obter quantidade e qualidade superior, comprimento da lã e grau de friso na fibra. As principais raças de lã são Merino, Rambouillet, Romney, Herdwick e Lincoln. Drysdale é uma raça específica para produzir lãs para tapetes.
Raças de carne incluem a Suffolk, Hampshire, Dorset, Columbia, Texel, Andryan[carece de fontes] e Montadale.
Raças de lã com dupla-finalidade são criadas concentrando-se no crescimento rápido e em facilidade de tosquia. Uma ovelha fácil de cuidar é a Coopworth que tem lã longa e boa qualidade na produção de carne. Outra raça de dupla-finalidade é a Corriedale. Em algumas usadas às vezes em cruzamentos, com a finalidade de maximizar ambas as saídas, por exemplo, ovelhas Merino que fornecem lã podem ser cruzadas com carneiros Suffolk para produzir cordeiros que são robustos e apropriados para o mercado de carne.
Raças de dupla aptidão, é a primeira subdivisão de ovelhas domésticas a existir, criadas para carne e couro. São prolíficas e altamente resistentes a doenças e aos parasitas. Dorpers e Kahtahdins são raças compostas de cruzas de raças de lã e de dupla aptidão com graus diferentes de misturas de lã/pêlo. Ovelhas de pelo verdadeiras como a St. Croix, a Barbados Blackbelly, Mouflon, Morada Nova, Santa Inês e a Royal White perdem a fibra protetora que reveste o pelo no Verão e no Outono. Os carneiros de pelo estão tornando-se mais populares pelo seu aspecto de não necessitar tosquia.
Raças Autóctones Portuguesas
- Bordaleira Entre Douro e Minho
- Campaniça
- Churra Algarvia
- Churra Badana
- Churra da Terra Quente
- Churra do Campo
- Churra do Minho
- Galega Bragançana
- Galega Mirandesa
- Merina Branca
- Merina da Beira Baixa
- Merina Preta
- Mondegueira
- Saloia
- Serra da Estrela
De resto, na produção de ovinos em Portugal destaca-se uma lista de produtos com denominação de origem protegida que era composta, em 2012, por 3 referências.[2][3][4]
Ver também
- Ovelha Dolly, a ovelha que foi o primeiro mamífero a ser clonado
- Scrapie
- Ovinocultura
- Ovelha negra
- Lista de raças de ovinos
Referências
- ↑ «FAOSTAT Database Query». Consultado em 29 de abril de 2006
- ↑ Borrego Serra da Estrela na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Borrego Terrincho na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Cordeiro Bragançano na Base de Dados DOOR da União Europeia.
Ligações externas
- FarmPoint - Portal com artigos técnicos, análises de mercado e notícias sobre a cadeia produtiva de ovinos e caprinos
- Ovelhas Portuguesas
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