Ação de Renegociação de Débito Contra Companhia Telefônica
Ação de Renegociação de Débito Contra Companhia Telefônica
Ação de Renegociação de Débito Contra Companhia Telefônica
Advocacia, Assessoria Jurdica e Associados Ltda. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE ..xx... ..xx.., brasileiro, solteiro, ..xx.., portador da C.I. n ..xx.. e CPF n ..xx.. residente e domiciliado na ..xx.., vem com spero acatamento perante Vossa Excelncia, por intermdio de seu advogado legalmente estabelecido (doc. ..xx..), com fulcro nos art 4 inciso I, art. 6 incisos VII e VIII, art. 42 e art. 43 2, do Cdigo de Defesa do Consumidor, no art. 282, 796 e segs do CPC propor AO DE RENEGOCIAO DE DBITO COM PEDIDO DE LIMINAR INAUDITA AUTERA PARS em face da ..xx.. (Companhia telefnica) ..xx.. - pessoa jurdica de direito privado, CNPJ. n ..xx.., com sede na ..xx.., pelos conseqentes motivos fticos e jurdicos a seguir aduzidos: DO ARRAZOADO FTICO O autor devedor da r da quantia de R$ ..xx.. (..xx.. reais) referente dbito de prestao de servio em telecomunicaes prestado pela mesma. Este dbito corresponde ao somatrio dos seguintes valores faturados: Telefone ..xx..Cliente ..xx..CPF..xx../CNPJ..xx.. Relao das Notas Fiscais contidas no referente ao documento nmero ..xx... Nota Fiscal ..xx..Local ..xx..Telefone ..xx..CJ ..xx..SU ..xx..Conta ..xx..Valor..xx.. Ressalte-se que o autor, desde a efetivao do contrato com a r, at mesmo nos momentos de dificuldades econmico-financeiras, nunca deixou de cumprir com suas obrigaes, especialmente o de pagar os valores devidos, caindo na inadimplncia involuntria devido a problemas de sade que sofrera poca. Alm disso, o autor nunca se absteve de fazer acordo com a r, no entanto, essa exige 30% (trinta por cento) do valor montante do dbito para que se efetue o cancelamento do nome do autor no cadastro de inadimplentes (SERASA e SPC). Ora Exa. o autor pessoa de bem, trabalhadora, honesta, tanto verdade o alegado que quer negociar o que deve, no sobre o arbtrio da empresa r, mas, sobre os olhos fiscalizadores da justia. Como se v, a r inscreveu o autor no SERASA e SPC alegando inadimplncia no contestada pelo mesmo, mas, submetida controvrsia em relao ao valor cobrado pela empresa ora r. Vale ressaltar ainda que o autor no fora notificado de sua inscrio junto ao SERASA e SPC como reza a legislao vigente (CDC), vindo tomar conhecimento do registro quando impedido de efetuar uma compra estabelecimento comercial local. DOS FUNDAMENTOS JURDICOS E DO ENTENDIMENTO JURISPRUDNCIAL
Conforme o art. 43 da Lei n 8.078/90, o autor, na condio de consumidor, deve ser comunicado por escrito a respeito da abertura de registro sobre seus dados pessoais em Bancos de Dados do SERASA, at mesmo para que possa tomar as medidas cabveis regularizao do dbito. Ocorre, que no caso sub exame, o dano foi mais grave vista a no comunicao da incluso de seu nome nos registros do SERASA, tomando conhecimento de tal inscrio no momento em que procurou um estabelecimento comercial, para fazer uma compra de um produto a prazo que foi frustrado por tal motivo. Salienta-se que o autor sempre preservou seu crdito junto ao comrcio, cumpriu fielmente com suas obrigaes, nunca sendo inscrito no SERASA e SPC, tendo seu bom nome e reputao abalados pela explorao na cobrana do dbito discutido, no tocante a prestaes avantajadas e juros de mora altssimos em relao ao mercado mediano brasileiro, devendo este rgo Jurisdicional, fiscalizar a cobrana para que ela no se torne arma abusiva na mo do requerido. "Na cobrana de dbitos, o consumidor inadimplente no ser exposto a ridculo, nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaa" (art. 42 do CDC) Pblico e notrio que a inscrio no "rol dos caloteiros" tem o condo de forar os devedores a pagar os dbitos da forma que as empresas os apresentam, proclamando a insolvncia secreta do devedor ("quem deve em uma loja no pode comprar em outra") ilidindo, inclusive, prticas comerciais prejudiciais a economia local, regional e at nacional o que mutila os princpios da economia moderna. Se boa inteno tivesse na cobrana dos dbitos devidos, a empresa r poderia utilizar a ao de cobrana e/ou execuo, vez ser o instrumento mais correto na cobrana de dvidas e no expor o requerido ao ridculo inserindo seu nome no "rol dos caloteiros". Ademais, tambm no se pode olvidar que a busca pela tutela jurisdicional ocasiona angstia e ansiedade naqueles que obedecem ao ordenamento jurdico vigente, justamente para no ser demandado e passar pelos constrangimentos subjetivos do processo, de maneira que este R. Juzo tambm deve estar atento as modificaes ocasionadas vida do autor e levar em conta sua boa f em acionar a justia para solucionar o litgio. Imprime-se inclusive a inverso do nus da prova inerente as relaes de consumo estabelecida no art. 6 inciso VII do Cdigo de Defesa do Consumidor in verbis: Art. 6 So direitos bsicos do consumidor: VII- a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com inverso do nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, for verossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de experincias.(grifo nosso) Assim, deve V.Exa requisitar da requerida apresentao dos acordos propostos ao requerente para fortalecer a tese da cobrana indevida aqui alegada.
No obstante, "haver o julgador de pautar seu arbitramento final nos moldes da prudncia e da moderao, para evitar resultados injustificveis e que s podem contribuir para desacreditar a seriedade e a justia que nunca podero ausentar-se dos pronunciamentos judiciais". DO PEDIDO LIMINAR Para que a honra e a imagem do autor no continuem a serem abaladas, bem como para que a empresa r pea a excluso, do nome do autor, do cadastro de devedores inadimplentes do rgo de proteo ao crdito (SERASA E SPC) o autor requer a concesso de liminar inaudita autera pars. A demora na concesso dessa tutela exporia mais ainda o autor, que se encontra impossibilitado de celebrar negcios que envolvem crditos, sem comentar o continuo abalo sua moral e a boa inteno que tem de saldar o que deve ao requerido. Demonstra-se, portanto, a presena do "periculum in mora", no provimento deste pedido. Ademais, a situao imposta ao autor configura desrespeito ao sistema jurdico-legal do nosso pas, e, evidencia o "fumus boni iuris", segundo pressuposto necessrio concesso da medida que se pleiteia. O pedido Liminar, nos termos em que est sendo formulado pelo autor, no antecipa o mrito da causa, prevenida, contudo, pelo relevante papel da demandada, a eficcia da sentena final. DO PEDIDO E DAS DISPOSIES FINAIS a) Requer a citao inicial da R, na pessoa do seu representante legal, para querendo, contestar a presente Ao, sob as penas da lei; b) A concesso de liminar, "inaldita altera pars", para compelir a Empresa-R a providenciar a excluso do nome do Autor dos cadastros do rgo de proteo do crdito - SERASA e SPC., sob pena de multa diria a ser arbitrada por V.Exa. c) Seja julgada procedente a presente Ao, no sentido de que o requerente quite o valor cobrado pelo requerido com os adicionados apenas os juros e a correo previstas em lei. d) Diante o exposto, requer que Vossa Exa, aps receber e autuar a presente pretenso, determine a ..xx.. (Companhia telefnica), apresentao da Planilha de Dbitos, por ocasio da audincia preliminar iniciar a discusso em torno da dvida. e) Por fim, pede os benefcios da justia gratuita, ouvidando ser pessoa pobre na forma da Lei, no podendo arcar com as despesas processuais sem prejuzo de seu sustento prprio e de sua famlia. Para provar o alegado protesta pela produo de todos os meios de provas em direito permitido, depoimento pessoal do representante da r, juntada de documentos novos, ouvida de testemunhas; D-se a causa valor de R$ ..xx.. (..xx.. reais), para efeitos fiscais.