Vicente Aleixandre

poeta espanhol

Vicente Pío Marcelino Cirilo Aleixandre y Merlo (Sevilha, 26 de abril de 1898Madri, 13 de dezembro de 1984) foi um poeta espanhol.[1]

Vicente Aleixandre
Vicente Aleixandre
Nome completo Vicente Pío Marcelino Cirilo Aleixandre y Merlo
Nascimento 26 de abril de 1898
Sevilha
Morte 13 de dezembro de 1984 (86 anos)
Madri
Residência Velintonia, 3, Madrid
Nacionalidade Espanha Espanhol
Ocupação Poesia
Prêmios Nobel de Literatura (1977)
Magnum opus Poemas da consumação ; Diálogos do conhecimento

Seu primeiro livro, chamado "Âmbito", foi publicado em 1928.

Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1977.

Biografia

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Filho de uma família da burguesia espanhola, o seu pai foi engenheiro de caminhos de ferro. Nasceu em Sevilha em 1898, mas passou a sua infância em Málaga, onde foi colega de escola do futuro escritor Emilio Prados.

Mudou-se para Madrid onde cursa Direito e Comércio. Em 1919 licencia-se em Direito e obtem o título de intendente mercantil. Exerce funções de professor de Direito Mercantil a partir de 1920 até 1922 na Escola de Comércio.

Em 1917 conheceu Dámaso Alonso em Las Navas del Marqués, onde veraneava, e através deste contacto descobre Rubén Darío, Antonio Machado e Juan Ramón Jiménez. Inicia deste modo uma profunda paixão pela poesia.

A sua saúde começa a deteriorar-se em 1922. Em 1925 diagnosticam-lhe uma nefrite tuberculosa, que termina com a extirpação de um rim, operação realizada em 1932. Publica os seus primeiros poemas na "Revista de Occidente" em 1926. Conhece e torna-se amigo de Cernuda, Altolaguirre, Alberti e García Lorca, nomes que ele vai citar em seu discurso de agradecimento ao Nobel de Literatura.[2]

Com problemas de saúde, depois da Guerra Civil e com o advento da ditadura não se exila, apesar das suas ideias republicanas. Permanece na Espanha, e transforma-se num dos mestres e exemplo para os poetas jovens.

Converteu sua grande casa da Rua Velintonia (hoje Rua Vicente Aleixandre),[3] em Madri, em um recanto de liberdade em meio à repressão da ditadura, uma espécie de "exílio" interior para o escritor e seus amigos artistas e intelectuais.[4]

Segundo o professor Carl W. Cobb, da Universidade do Tennessee[5], Aleixandre pode ser comparado a Walt Whitman: "Como Whitman, Aleixandre é um poeta de uma visão telúrica e cósmica, do panteísmo místico, do imaginário erótico do corpo, do tema revolucionário, do verso livre maciço."[6]

Está sepultado no Cemitério de La Almudena.

Obras de poesia

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  • Ámbito, Málaga (6.º Suplemento de Litoral), 1928.
  • Espadas como lábios - no original Espadas como labios, M., Espasa-Calpe, 1932.
  • La destrucción o el amor, M., Signo, 1935 (Prémio Nacional de Literatura 1934).
  • Pasión de la tierra, México, Fábula, 1935
  • Sombra del Paraíso, M., Adán, 1944.
  • En la muerte de Miguel Hernández, Zaragoza, Cuaderno de las Horas Situadas, 1948.
  • Mundo a solas, M., Clan, 1950.
  • Poemas paradisíacos, Málaga, El Arroyo de los Ángeles, 1952.
  • Nacimiento último, M., Ínsula, 1953.
  • Historia del corazón, M., Espasa-Calpe, 1954.
  • Ciudad del Paraíso, Málaga, Dardo, 1960.
  • Poesías completas, M., Aguilar, 1960. (Edic. do próprio autor e Arturo del Hoyo)
  • En un vasto dominio, M., Revista de Occidente, 1962 (Prémio da Crítica).
  • Retratos con nombre, B., Col. El Bardo, 1965.
  • Obras completas, M., Aguilar, 1968
  • Poemas de la consumación, B., Plaza y Janés, 1968 (Prémio de la Crítica).
  • Poesía surrealista. Antología, B., Barral, 1971.
  • Sonido de la guerra, Valencia, Hontanar, 1971.
  • Diálogos del conocimiento, B., Plaza y Janés, 1974.
  • Tres poemas seudónimos, Málaga, Col. Juan de Yepes, 1984.
  • Nuevos poemas varios, B., Plaza y Janés, 1987. (Edic. Alejandro Duque Amusco; recopilación: el mismo e Irma Emiliozzi)
  • Prosas recobradas, B., Plaza y Janés, 1987. (Edic. Alejandro Duque Amusco)
  • En gran noche. Últimos poemas, B., Seix Barral, 1991. (Edic. de Carlos Bousoño y Alejandro Duque Amusco)
  • Álbum. Versos de juventud (con Dámaso Alonso y otros), B., Tusquets, 1993 (Edic. de Alejandro Duque Amusco y María-Jesús Velo).
  • Prosa: Los encuentros. Evocaciones y pareceres. Otros apuntes para una poética, M., Austral, 1998 (Edic. Alejandro Duque Amusco)
  • Poesías completas, M., Visor/Comunidad de Madrid/Ayuntamiento de Málaga, 2001 (Edic. de Alejandro Duque Amusco).
  • Prosas completas, M., Visor/Comunidad de Madrid/Ayuntamiento de Málaga, 2002 (Edic. de Alejandro Duque Amusco).

No Brasil:

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  • A destruição ou o amor (La destrucción o el amor). Isto Edições, Porto Alegre, 2023. Bilíngue. Tradução de Pedro Gonzaga.

Referências

Ligações externas

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Precedido por
Saul Bellow
Nobel de Literatura
1977
Sucedido por
Isaac Bashevis Singer


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