Templo de Vénus e Roma

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Templo de Vénus e Roma (português europeu) ou Vênus e Roma (português brasileiro) (em latim: Templum Veneris et Romae) está situado no extremo leste do Fórum Romano próximo do Coliseu. Foi um dos maiores templos de Roma, dirigidos às divindades de Vénus Félix e Roma Eterna. Construído pelo imperador Adriano (r. 117–138), sua edificação teve início em 121 e foi inaugurado quatorze anos depois, em 135. Contudo, foi terminado só em 141, por Antonino Pio (r. 138–161), imperador romano de 138 a 161.

Templo de Vénus e Roma
Templo de Vénus e Roma
Vista a partir do Coliseu
Informações gerais
Estilo dominante Romano
Início da construção 121
Fim da construção 141
Religião Mitologia Romana
Ano de consagração 135
Geografia
País Itália
Localização Fórum Romano
Região Roma
Coordenadas 41° 53′ 27″ N, 12° 29′ 23″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico
Templo de Vénus e Roma, Abside
Reconstrução do Templo de Vénus e Roma
Templo de Vénus e Roma - planta

História

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Adriano construiu o Templo de Vénus e Roma sobre os restos da Casa Dourada, e para isso foi necessário mover a gigante estátua de Nero, o Colosso de Nero, que se situava perto do Anfiteatro Flaviano, apelidado posteriormente de Coliseu precisamente pela denominação da respetiva estátua. O arquiteto predilecto de Adriano, Apolodoro de Damasco, zombaria por momentos do tamanho das estátuas do templo, fato esse que motivou a cólera do imperador, que o ordenou ao exílio e, subsequentemente, executarem-no.[1]

A deusa Vénus teria se relacionado com Marte, o Senhor da Guerra, e desta união teria nascido Amor, também conhecido como Cupido. Roma, a divindade que representava o estado romano, também foi aqui homenageada. Foi o maior templo pagão da História de Roma, tendo oficialmente 1877 anos de idade (em 2012).[2] Foi construído por vontade do imperador Adriano. A construção da obra teve a duração de 20 anos sendo que ficou concluída no ano 141.

Em 307, o templo sofreu um incêndio devastador, o que deveu a sua restauração ao imperador Magêncio. Esta restauração modificou o projeto original pela introdução de êxedras, nichos semicirculares na parte de trás de cada lote e pavimentação do piso com mármore policromado. Ulteriormente, o edifício havia sofrido outra alteração às mãos de Flávio Eugénio entre 392 e 294.[2] Tempo depois, no século IX, destruído por outro incêndio, o Templo de Vénus e Roma foi convertido a uma igreja, apelidada de Santa Maria Nova, pelo Papa Leão IV em 850. Em 1615, foi mais uma vez restaurado e consequentemente rebatizado de Santa Francisca Romana.[2]

A igreja atingiu enormes proporções, com 145 metros de comprimento e 100 de largura. Consistia em duas grandes micelas onde se localizavam, respectivamente, cada uma das duas deusas a que o templo foi dedicado. Estas parcelas estavam dispostas simetricamente, no centro de toda a estrutura. O salão principal do templo é grandioso, com 46 metros de altura. Nesse mesmo local, situava-se a estatua de Vênus, cercada de colunas de mármore piperino. À estátua, os recém casados solicitavam a bênção dos deuses. A que continha a estátua da deusa Roma residia a oeste e para leste situava-se a divisão que continha a deusa Vénus. Na entrada de cada foram colocadas quatro colunas.[3]

O imperador Adriano organizou expedições ao Norte de África e ao Leste Europeu, conseguindo assim o mármore de cor intensa. Visto que Nero teria morrido, Adriano utilizou a estátua de bronze de Nero e adaptou a para ele mesmo e acrescentou um símbolo do Sol. O imperador introduziu inscrições, nomeando as respectivas divindades, que destacavam a palavra "amor"; como amor é Roma soletrado na direcção inversa, isto produziu um interessante efeito simétrico.[4]

Na atualidade

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Hoje em dia, do templo preserva-se apenas um tomo do edifício, visto que grande parte desmoronou pelas mais diversas adversidades do tempo. Parcialmente destruído também por incêndios e terremotos, o edifício, nos últimos 30 anos, fechou as portas para restauração. Mais de 30 artistas passaram por lá. Os problemas de infiltração de água foram resolvidos e todos os mármores do piso recompostos. Após 30 anos de restauração, o maior templo pagão da Roma Antiga foi reaberto ao público.[5]

Ver também

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Referências

Bibliografia

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  • Sandro Lorenzatti, Vicende del tempio di Venere e Roma nel Medioevo e nel Rinascimento, em "Rivista dell’Istituto Nazionale di Archeologia e storia dell’Arte", 13, 1990, pp. 119–138.
  • Giuseppe Lugli, Il restauro del tempio di Venere e Roma, em Pan, 5, 7, 1935, pp. 364–375.
  • Antonio Muñoz, Il tempio di Venere e Roma, em Capitolium, 13, 1935, pp. 215–234.
  • Filippo Coarelli, Guida archeologica di Roma, Arnoldo Mondadori Editore, Verona 1984.