Grande Prêmio do Brasil de 1980
Resultados do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 realizado em Interlagos em 27 de janeiro de 1980. Segunda etapa da temporada, nela o francês René Arnoux, da Renault, conseguiu a primeira vitória de sua carreira.[2][3][4][nota 1]
Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 de 1980 | |||
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Oitavo GP do Brasil realizado em Interlagos | |||
Detalhes da corrida | |||
Categoria | Fórmula 1 | ||
Data | 27 de janeiro de 1980 | ||
Nome oficial | IX Grande Prêmio do Brasil[1] | ||
Local | Autódromo de Interlagos, São Paulo, São Paulo, Brasil | ||
Percurso | 7.873,85 km | ||
Total | 40 voltas / 314.954 km | ||
Pole | |||
Piloto |
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Tempo | 2:21.40 | ||
Volta mais rápida | |||
Piloto |
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Tempo | 2:27.31 (na volta 22) | ||
Pódio | |||
Primeiro |
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Segundo |
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Terceiro |
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Resumo
editarInterlagos em xeque
editarEm meio ao improviso logístico para viabilizar a prova em Buenos Aires sob o pretexto de melhorar a segurança daquela pista, surgiram críticas a Interlagos pelo mesmo motivo e nesse ínterim o campeão mundial Jody Scheckter foi rigoroso em seu julgamento: "Interlagos continua sem segurança", disse ele na quarta-feira anterior à corrida. Presidente da Grand Prix Drivers' Association, o sul-africano correrá sob protesto afim de evitar problemas com a Ferrari, mas revelou que o sentimento de protesto ainda pairava sobre os corredores e isso estimulava muxoxos a respeito de uma greve ou boicote à etapa brasileira. Ao descrever quais trechos considerava mais perigosos, o piloto ferrarista citou as curvas Um, Dois e do Sol, mas não sem antes ironizar: "Realmente notei que a grama foi cortada. Eles continuam aqui fazendo coisas pequenas. Mas na minha opinião o circuito continua sem segurança".[5] Por ironia do destino, o carro de Emerson Fittipaldi perdeu a aderência na Curva do Sol dois dias depois e bateu na grade de proteção a 270 km/h, mas para alívio geral o brasileiro não sofreu nada além de um susto.[6]
As ameaças de boicote ao Grande Prêmio do Brasil devido às más condições de Interlagos repercutiram junto à FOCA.[7] Em meio ao burburinho da prova, o todo-poderoso Bernie Ecclestone contatou a Riotur para levar a Fórmula 1 de volta a Jacarepaguá, sede da etapa brasileira em 1978.[8] Simpático à ideia de competir no Rio de Janeiro, o dirigente teria ao seu dispor um autódromo recém-construído sob a égide da FISA e estaria isento das lamúrias quanto à segurança, sem mencionar a preservação de sua autoridade e os benefícios de correr numa das cidades mais famosas do mundo. Em sentido inverso, manter a Fórmula 1 em São Paulo parecia cada vez menos convidativo, afinal não houve congestionamento a caminho ou nas cercanias de Interlagos e as arquibancadas não estavam cheias como outrora, sinais evidentes do desinteresse do público. Além disso, para resolver seus problemas crônicos de manutenção e bancar as reformas necessárias, o autódromo paulistano precisaria levantar US$ 1 milhão em valores da época (correspondentes a Cr$ 50 milhões) não havendo quem quisesse dispender tal soma.[9][10]
Na sexta-feira a Renault capturou a primeira fila com Jean-Pierre Jabouille à frente de René Arnoux enquanto Ligier e Ferrari alternaram-se nas posições seguintes com Alan Jones, o líder do campeonato, em sétimo a bordo da Williams. Quanto aos brasileiros, Nelson Piquet ficou em décimo e Emerson Fittipaldi em décimo nono graças a um vazamento de água no motor e amortecedores ruins. O tempo de Jabouille foi tão excelso que assegurou-lhe a pole positon no sábado, mas Didier Pironi capturou o segundo posto em sua Ligier JS11 enquanto Gilles Villeneuve (Ferrari) e Carlos Reutemann (Williams) vinham a seguir, com Nelson Piquet em nono e Emerson Fittipaldi na mesma posição de outrora.[11]
Primeira vez de Arnoux
editarPouco antes da prova duas garotas fizeram topless antes que a polícia as retirassem da pista, mas tão logo o inusitado teve fim a normalidade voltou a reinar. Quando os carros largaram sobressaiu-se o arrojo de Gilles Villeneuve quando este saltou à frente e contornou a primeira curva na liderança, entrementes o bom arranque do piloto canadense não resultou em nada, pois tão logo Jean-Pierre Jabouille despejou potência do seu turbo, o francês da Renault tomou a ponta de maneira segura enquanto um trio de compatriotas formado por Pironi, Laffite e Arnoux derrubava a Ferrari de Villeneuve para a quinta posição.[12] Enquanto isso Mario Andretti rodou e saiu da prova enquanto Carlos Reutemann ficou a pé devido a um semieixo quebrado. Por outro lado nomes como Elio de Angelis e Alan Jones subiam de posição em meio às refregas no ondulado asfalto de Interlagos quase sem ninguém notar.
Confiante, Jean-Pierre Jabouille viu Jacques Laffite abandonar por falha elétrica enquanto Didier Pironi teve que efetuar uma troca de pneus e assim a Renault firmou a dobradinha após catorze voltas, entretanto uma quebra de motor dez voltas mais tarde fez de René Arnoux o novo líder da prova. A essa altura Nelson Piquet já estava fora de combate há algum tempo: após cair para o décimo terceiro posto, o brasileiro estava em sexto quando furou um pneu à altura do Laranjinha e tão logo foi aos boxes e regressou à pista ficou a pé na Curva do Sol quando seu Brabham BT49 quebrou a suspensão. Pior foi a situação na equipe dos irmãos Fittipaldi, afinal quando Keke Rosberg forçou uma ultrapassagem sobre Emerson Fittipaldi o mesmo desacelerou para evitar uma batida e mostrou-se irritado com o "arrojo excessivo" de seu companheiro de time; para Rosberg, entretanto, foi apenas uma questão de ultrapassar outro competidor mediante uma tomada de curva na qual, frise-se, Emerson Fittipaldi deixou mais espaço do que recomendava sua experiência. Em suma, "o bicampeão reclamou publicamente de Rosberg por tê-lo ultrapassado no que julgou uma manobra perigosa".[3] Com mais veemência do que o habitual, mas reclamou.
Alheio aos infortúnios de quem vinha atrás, René Arnoux manteve a toada com Elio de Angelis e Alan Jones a uma certa distância. Naquela altura a única preocupação na cabeça do baixinho francês (carinhosamente chamado de "tampinha" pela torcida brasileira) era completar as dezesseis voltas restantes e receber a bandeira quadriculada, algo que efetivamente ocorreu após uma hora e quarenta minutos de prova. Feliz por sua primeira vitória na Fórmula 1, Arnoux viu a gasolina acabar após a bandeirada, mas uma providencial carona de Riccardo Patrese o levou à cerimônia de premiação onde o francês encontrou Elio de Angelis (bastante festejado por seu pai, por Mario Andretti e pela equipe ao subir pela primeira vez ao pódio), da Lotus, e Alan Jones em terceiro após uma corrida opaca a bordo da Williams. Merece destaque também o quarto lugar de Didier Pironi numa prova de recuperação com sua Ligier enquanto Alain Prost foi o quinto guiando uma McLaren e Riccardo Patrese cruzou em sexto com a Arrows.[3][12]
Graças à sua resiliência, Alan Jones manteve-se na liderança do mundial de pilotos com 13 pontos, mesma contagem da Williams entre as equipes, vindo a seguir René Arnoux com nove graças ao segundo triunfo na história da Renault a contar do Grande Prêmio da França de 1979[13] e na disputa pelo terceiro lugar temos um empate entre Nelson Piquet e Elio de Angelis, cada um com seis pontos, mesmo escore de Brabham e Lotus, escuderias defendidas pelos dois.
Dez anos de ausência
editarFoi a última corrida no antigo traçado do Autódromo de Interlagos e a última prova de Fórmula 1 no local até o Grande Prêmio do Brasil de 1990, quando uma reforma nas instalações do circuito e na pista propiciou o regresso da categoria a São Paulo.[3][14]
Classificação
editarTreinos
editarPos. | Nº | Piloto | Construtor | Tempo | Dif. |
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1 | 15 | Jean-Pierre Jabouille | Renault | 2:21.40 | - |
2 | 25 | Didier Pironi | Ligier-Ford | 2:21.65 | + 0.25 |
3 | 2 | Gilles Villeneuve | Ferrari | 2:22.17 | + 0.77 |
4 | 28 | Carlos Reutemann | Williams-Ford | 2:22.26 | + 0.86 |
5 | 26 | Jacques Laffite | Ligier-Ford | 2:22.30 | + 0.90 |
6 | 16 | René Arnoux | Renault | 2:22.31 | + 0.91 |
7 | 12 | Elio de Angelis | Lotus-Ford | 2:22.40 | + 1.00 |
8 | 1 | Jody Scheckter | Ferrari | 2:23.02 | + 1.62 |
9 | 5 | Nelson Piquet | Brabham-Ford | 2:23.16 | + 1.76 |
10 | 27 | Alan Jones | Williams-Ford | 2:23.38 | + 1.98 |
11 | 11 | Mario Andretti | Lotus-Ford | 2:23.46 | + 2.06 |
12 | 14 | Clay Regazzoni | Ensign-Ford | 2:24.85 | + 3.45 |
13 | 12 | Alain Prost | McLaren-Ford | 2:24.95 | + 3.55 |
14 | 29 | Riccardo Patrese | Arrows-Ford | 2:25.06 | + 3.66 |
15 | 21 | Keke Rosberg | Fittipaldi-Ford | 2:25.74 | + 4.34 |
16 | 29 | Jochen Mass | Arrows-Ford | 2:25.75 | + 4.35 |
17 | 23 | Bruno Giacomelli | Alfa Romeo | 2:25.80 | + 4.40 |
18 | 6 | Ricardo Zunino | Brabham-Ford | 2:26.53 | + 5.13 |
19 | 20 | Emerson Fittipaldi | Fittipaldi-Ford | 2:26.86 | + 5.46 |
20 | 9 | Marc Surer | ATS-Ford | 2:27.10 | + 5.70 |
21 | 22 | Patrick Depailler | Alfa Romeo | 2:27.11 | + 5.71 |
22 | 3 | Jean-Pierre Jarier | Tyrrell-Ford | 2:27.15 | + 5.75 |
23 | 7 | John Watson | McLaren-Ford | 2:27.29 | + 5.89 |
24 | 4 | Derek Daly | Tyrrell-Ford | 2:28.10 | + 6.70 |
DNQ | 10 | Jan Lammers | ATS-Ford | 2:29.54 | + 8.14 |
DNQ | 18 | David Kennedy | Shadow-Ford | 2:30.52 | + 9.12 |
DNQ | 17 | Stefan Johansson | Shadow-Ford | 2:31.48 | +10.08 |
DNQ | 31 | Eddie Cheever | Osella-Ford | 2:34.52 | +13.12 |
Fonte:[15] |
Corrida
editarPos | Nº | Piloto | Construtor | Voltas | Tempo/Diferença | Grid | Pontos |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | 16 | René Arnoux | Renault | 40 | 1:40:01.33 | 6 | 9 |
2 | 12 | Elio de Angelis | Lotus-Ford | 40 | + 21.86 | 7 | 6 |
3 | 27 | Alan Jones | Williams-Ford | 40 | + 1:06.11 | 10 | 4 |
4 | 25 | Didier Pironi | Ligier-Ford | 40 | + 1:40.13 | 2 | 3 |
5 | 8 | Alain Prost | McLaren-Ford | 40 | +1:45.41 | 13 | 2 |
6 | 29 | Riccardo Patrese | Arrows-Ford | 39 | + 1 volta | 14 | 1 |
7 | 9 | Marc Surer | ATS-Ford | 39 | + 1 volta | 20 | |
8 | 6 | Ricardo Zunino | Brabham-Ford | 39 | + 1 volta | 18 | |
9 | 21 | Keke Rosberg | Fittipaldi-Ford | 39 | + 1 volta | 15 | |
10 | 30 | Jochen Mass | Arrows-Ford | 39 | + 1 volta | 16 | |
11 | 7 | John Watson | McLaren-Ford | 39 | + 1 volta | 23 | |
12 | 3 | Jean-Pierre Jarier | Tyrrell-Ford | 39 | + 1 volta | 22 | |
13 | 23 | Bruno Giacomelli | Alfa Romeo | 39 | + 1 volta | 17 | |
14 | 4 | Derek Daly | Tyrrell-Ford | 38 | + 2 voltas | 24 | |
15 | 20 | Emerson Fittipaldi | Fittipaldi-Ford | 38 | + 2 voltas | 19 | |
16 | 2 | Gilles Villeneuve | Ferrari | 36 | Válvula | 3 | |
Ret | 22 | Patrick Depailler | Alfa Romeo | 33 | Elétrico | 21 | |
Ret | 15 | Jean-Pierre Jabouille | Renault | 25 | Turbo | 1 | |
Ret | 5 | Nelson Piquet | Brabham-Ford | 14 | Suspensão | 9 | |
Ret | 26 | Jacques Laffite | Ligier-Ford | 13 | Pane elétrica | 5 | |
Ret | 14 | Clay Regazzoni | Ensign-Ford | 13 | Motor | 12 | |
Ret | 1 | Jody Scheckter | Ferrari | 10 | Motor | 8 | |
Ret | 11 | Mario Andretti | Lotus-Ford | 1 | Rodou | 11 | |
Ret | 28 | Carlos Reutemann | Williams-Ford | 1 | Semieixo | 4 | |
DNQ | 10 | Jan Lammers | ATS-Ford | ||||
DNQ | 18 | David Kennedy | Shadow-Ford | ||||
DNQ | 17 | Stefan Johansson | Shadow-Ford | ||||
DNQ | 31 | Eddie Cheever | Osella-Ford | ||||
Fonte:[2] |
Tabela de campeonato após a corrida
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- Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas. As quatorze etapas de 1980 foram divididas em dois blocos de sete e neles cada piloto podia computar cinco resultados válidos não havendo descartes no mundial de construtores.
Notas
- ↑ Voltas na liderança: Gilles Villeneuve 1 volta (1), Jean-Pierre Jabouille 23 voltas (2-24), René Arnoux 16 voltas (25-40).
Referências
- ↑ a b c «1980 Brazilian GP – championships (em inglês) no Chicane F1». Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «1980 Brazilian Grand Prix - race result». Consultado em 26 de setembro de 2018
- ↑ a b c d Fred Sabino (27 de janeiro de 2020). «Última corrida de Fórmula 1 no velho traçado de Interlagos teve vitória de René Arnoux, há 40 anos». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 27 de janeiro de 2020
- ↑ Redação (28 de janeiro de 1980). «Arnoux garante a vitória da Renault. Esportes – Capa». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 31 de janeiro de 2019
- ↑ Redação (23 de janeiro de 1980). «Scheckter vistoria Interlagos e renova crítica. Primeiro Caderno – Esportes, p. 28». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Redação (25 de janeiro de 1980). «Emerson bate a 270 km por hora e não se fere. Primeiro Caderno – Esportes, p. 26». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Redação (28 de janeiro de 1980). «Ecclestone quer trazer a corrida de 81 para o Rio. Matutina – Esportes, p. 03». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Fred Sabino (29 de janeiro de 2021). «Circuitos clássicos #12: por dez vezes, Jacarepaguá recebeu GP do Brasil de Fórmula 1». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Redação (28 de janeiro de 1980). «Na vitória de Arnoux, o marco da decadência. Esportes, p. 11». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de setembro de 2018
- ↑ Redação (28 de janeiro de 1980). «Só 1 milhão de dólares salvam o GP de 81. Esportes, p. 12». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Redação (27 de janeiro de 1980). «Pironi larga junto com Jabouille. Matutina – Esportes, p. 48». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «Brazilian GP, 1980 (em inglês) no grandprix.com». Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Fred Sabino (1 de outubro de 2018). «Jean-Pierre Jabouille, um engenheiro que virou piloto de F1 e foi primeiro a vencer com turbo». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Fred Sabino (1 de fevereiro de 2020). «Com participação de Ayrton Senna, pista de Interlagos ganhou novo traçado há 30 anos». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ «1980 Brazilian Grand Prix - starting grid». Consultado em 15 de fevereiro de 2021
Precedido por Grande Prêmio da Argentina de 1980 |
Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA Ano de 1980 |
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Precedido por Grande Prêmio do Brasil de 1979 |
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Sucedido por Grande Prêmio do Brasil de 1981 |