18/12/2015 03h00 - Atualizado em 18/12/2015 03h14

Mundo caminha para bater recorde de pessoas deslocadas, estima Acnur

Órgão divulgou relatório sobre refugiados, asilados e deslocados internos.
Total global pode passar dos 60 milhões este ano, diz entidade.

Do G1, em São Paulo

Migrantes caminham a pé nos arredores de Brezice, na Eslovênia. O Ministério do Interior do país levantou a possibilidade da criação de barreiras físicas ao longo de sua fronteira sudeste se o número de migrantes e refugiados aumentado (Foto: Srdjan Zivulovic/Reuters)Migrantes caminham a pé nos arredores de Brezice, na Eslovênia.  (Foto: Srdjan Zivulovic/Reuters)

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) divulgou nesta sexta-feira (18) seu relatório sobre refugiados, asilados e deslocados internos pelo mundo para o primeiro semestre de 2015. Os dados mostram, segundo o Acnur, que este ano caminha para ser aquele com maior número de pessoas que tiveram de deixar o local onde vivem que já se teve registro.

Ao todo, o órgão da ONU estima que, em 2015 o mundo deve passar dos 60 milhões de pessoas deslocadas forçadamente, o que significa 1 em cada 122 pessoas no planeta obrigada a deixar seu local de moradia.

Até o fim de junho, por exemplo, já passava de 20 milhões o número de refugiados no mundo. É a primeira vez que isso acontece desde 1992.

Os pedidos de asilo no primeiro semestre do ano chegaram a 993,6 mil, 78% a mais que no mesmo período de 2014.

Também houve um aumento de 2 milhões no número de deslocados internos (aqueles que se refugiam em outra área do próprio país onde vivem) com o que chegou-se a um índice de 34 milhões -- e isso contando somente aqueles sob os cuidados do Acnur.

No primeiro semestre de 2015, a guerra da Síria continuou sendo o maior fator gerador de refugiados no mundo, e a Turquia, com 1,84 milhão deles, é o país que mais acolhia em junho deste ano. Afeganistão e Somália são o segundo e o terceiro países do qual saem mais pessoas. De modo geral, os números mostram que são os países vizinhos a áreas de conflito que acabam acolhendo mais refugiados, não os países mais ricos.

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