A campanha das Diretas Já foi a maior mobilização popular do Brasil no século 20
Mas antes de entendermos a importância desse momento, precisamos entender seu contexto
Em 1º de abril de 1964, o Brasil sofreu um golpe militar que durou 21 anos
O período foi marcado por ausência de eleições presidenciais diretas, interferência do regime nos Poderes Legislativo e Judiciário, censura
E repressão violenta à oposição, com assassinatos e tortura como políticas de Estado, com o Ato Institucional número 5 a partir de 1968
Com a posse de Ernesto Geisel, em 1974, é anunciada uma abertura "lenta, gradual e segura" do regime militar
O AI-5 foi extinto em 31 de dezembro de 1978. A Lei da Anistia foi assinada em agosto de 1979, e em 1982 realizaram-se eleições diretas para os governos dos Estados
Em 1983, o deputado Dante de Oliveira (PMDB) apresenta projeto de emenda constitucional que pede o restabelecimento da eleição direta para presidente
E começam os comícios pelas eleições presidenciais diretas. O primeiro foi em Goiânia e reuniu cerca de 5 mil pessoas. Logo as manifestações se espalharam pelas cidades Brasil a fora
A campanha logo ganhou coordenação suprapartidária e reuniu milhões de pessoas a favor da democracia
A Folha encampou o movimento em editorial e, em 1984, uma faixa amarela foi acrescentada embaixo do cabeçalho do jornal, junto da frase “Use amarelo pelas diretas já”
Em abril de 1984, a emenda Dante de Oliveira foi para votação no congresso. Faltaram 22 votos para sua aprovação
Tancredo Neves (PMDB - MG) é eleito presidente pelo colégio eleitoral, mas morre antes de tomar a posse
José Sarney assume a Presidência da República pondo fim ao regime militar
As primeiras eleições presidenciais por voto direto após a ditadura só aconteceram em 1989
Entenda o que a ditadura militar significou para a história do Brasil e por que é importante falarmos sobre isso atualmente