O ataque deflagrado pelo Irã contra Israel, numa retaliação ao bombardeio da embaixada iraniana na Síria, deixou observadores internacionais atônitos durante algumas semanas de tensão que tomaram o Oriente Médio em abril deste ano.
Ainda que o Irã mantenha embates com Tel Aviv através do apoio a milícias regionais como o Hamas e o Hezbollah, foi a primeira vez que o país lançou uma ofensiva direta contra o território israelense.
Um envolvimento da teocracia xiita na guerra, que se estende há mais de sete meses na Faixa da Gaza, teria potencial para dar novos contornos ao conflito e, temendo uma escalada ainda maior das tensões, aliados de ambos os lados logo se apressaram para frear os impulsos retaliatórios dos dois países — aparentemente com sucesso, pelo menos por ora.
Mas as escaramuças recentes entre Teerã e Tel Aviv são apenas um dos elementos que constituem a complexa teia de relações geopolíticas do Oriente Médio.
Os atentados do Hamas de 7 de outubro, por exemplo, sucederam um movimento de aproximação entre a Arábia Saudita e Israel mediado pelos EUA que enfraqueceria a posição de opositores de Tel Aviv, como o Irã.
A jogada de Washington, por sua vez, foi uma resposta a uma movimentação similar feita pela China, mas em direção oposta. No início de 2023, Pequim também patrocinou uma tentativa de aproximação entre os sauditas e Teerã, outro inimigo histórico de Riad.
Neste vídeo, a TV Folha explica o tabuleiro político do Oriente Médio e posiciona o Irã, um dos principais e mais poderosos rivais de Tel Aviv, no jogo de forças que influencia a guerra na Faixa de Gaza e tensiona a balança do poder na região.
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