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Argentina une o que há de melhor no mundo, mas pertinho de SP

Paulistanos elegem país vizinho como o melhor destino latino-americano, e Bariloche como o favorito para curtir o inverno

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Buenos Aires

A cotação do câmbio pode já ter sido mais favorável aos brasileiros, mas visitar a Argentina ainda é uma opção em conta para quem deseja pôr os pés para fora do país e ter um gostinho daquilo que não se pode fazer por aqui, como esquiar na Patagônia, ou visitar uma capital mundial vibrante e com excelentes opções culinárias, como Buenos Aires.

Com 16% da preferência dos paulistanos, o país vizinho foi eleito o melhor destino latino-americano para visitar, num empate com o Chile. A cidade argentina de Bariloche também pontuou, com 7%, como o melhor destino internacional de inverno, junto de Canadá, Chile e Suíça —de tão querida por nossos conterrâneos, é conhecida por aquelas bandas como "Brariloche".

Vista aérea de um resort de esqui com edifícios robustos aninhados na neve branca, cercados por pistas de esqui com visitantes esquiando em um dia ensolarado. Ao fundo, montanhas cobertas de neve se erguem acima das nuvens
Cerro Catedral em Bariloche - Chiwi Giambirtone/Emprotur

Entender por que a Argentina está tão encalacrada na mente do brasileiro não é difícil. Para começar, para além das três horas entre São Paulo e Buenos Aires, ambas as cidades contam com uma quantidade razoável de companhias aéreas executando o trecho.

A última novidade foi o acordo assinado entre os dois países, em abril, que suspendeu o teto para o trajeto —isto é, não há mais limites para o número de voos diários que as companhias podem operar.

Uma viagem para a nação vizinha não pode deixar de fora a sua capital, erguida à beira do rio da Prata. Quando o país vivia sua era de ouro, na virada do século 19 para o 20, pôs abaixo todas as construções coloniais para erguer prédios em estilo parisiense. Ganhou, assim, um requinte europeu que sustenta até hoje.

A praça de Maio, lar da Casa Rosada, sede do Poder Executivo, é um bom ponto de partida para observar os bulevares afrancesados que dominam o horizonte. É nesse mesmo local que fica a Catedral Metropolitana, templo neoclássico que guarda o túmulo do general San Martín, o libertador nacional, e um museu dedicado ao papa Francisco.

Ao redor do centro e no entorno da avenida 9 de Julho ficam antigas livrarias, alfaiatarias e pequenos restaurantes que parecem parados no tempo —um bálsamo contra as redes multinacionais que tornam as vitrines das grandes cidades tão iguais.

A partir dali, vale tomar a rua Defensa até a praça Dorrego, atravessando o boêmio bairro de San Telmo, onde se encontra a estátua da personagem Mafalda. Aos domingos, a via é tomada por uma feira de rua que vende quinquilharias. Uma dica é investir no Mercado de San Telmo, com restaurantes e antiquários que valem mais a pena.

Prosseguindo em sentido sudeste se chega ao bairro de La Boca, que abriga o estádio La Bombonera, do Boca Juniors, com visitas guiadas, e El Caminito, a viela de casas coloridas que tenta imitar o passado operário do lugar. Embora as ruas de Buenos Aires sejam um convite para flanar, recomenda-se ter cautela na região, conhecida por assaltos.

O melhor é se perder com tranquilidade em outros bairros, como a Recoleta. Lar do cemitério em que está enterrada Evita Perón e de butiques sofisticadas, o lugar é coalhado de cafés outrora frequentados por Borges, Bioy Casares e outros pináculos da cultura argentina. Sedia ainda o Museu de Belas Artes, com Goya, Rembrandt e Rodin no acervo.

Nas vizinhanças fica a região de Palermo, com as subdivisões Palermo Soho e Palermo Hollywood, que concentram opções descoladas de bares, restaurantes e baladas —tudo refinado (e um tanto caro).

Puerto Madero tem outra pegada, com prédios espelhados, construídos nos anos 1990, que dividem espaço dessa área portuária reformada com predinhos de tijolos vermelhos —hoje restaurantes renomados, como o Cabaña Las Lilas, que serve parrilla.

Para terminar, uma visita ao Teatro Colón é indispensável no checklist. Por cerca de R$ 100 dá para fazer uma visita guiada pelo interior dessa que é uma das principais casas do gênero do mundo, concluída no início do século 20.

Nele é possível vislumbrar o imponente Salão Dourado, com intrincados entalhes de uma era de opulência do país que ficou conhecida, não é para menos, como era dourada.

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