Campus Party recebe o primeiro Campeonato Brasileiro de Drones
Durante a 10� edi��o da Campus Party Brasil deste ano, a arena montada para o 1� Campeonato Brasileiro de Drones, chama a aten��o logo na entrada. Na �rea externa, de acesso gratuito para o p�blico, uma s�rie de arcos luminosos, protegidos por uma rede, abriga o zum-zum-zum dos rob�s voando r�pido pela pista.
De tempos em tempos tudo fica em sil�ncio por uns minutos para que os pilotos usem a escada para desenroscar algum drone da rede ou recolher os peda�os de quem se espatifou no ch�o.
O circuito, desenhado pelo piloto brasileiro Rafael Paiva, 35, � feito de uma s�rie de portais pelos quais os drones precisam passar, algumas vezes executando manobras como um loop, para um passe duplo. Vence quem fizer o melhor tempo sem precisar usar a escada.
Para esta primeira edi��o s�o 31 pilotos brasileiros e uma mexicana, convidada pela organiza��o. Apenas uma brasileira compete entre os homens.
Paiva, um dos pilotos de drone mais experientes do pa�s, diz que o campeonato � um pontap� inicial para o esporte no Brasil. Com um curr�culo de sete campeonatos e tr�s vit�rias l� fora, ele conta que nos Estados Unidos as provas j� re�nem mais de 200 pilotos e t�m transmiss�o pela TV.
"Ainda estamos come�ando, n�o temos componentes nacionais, por exemplo, tudo � importado e tarifado. Eu gosto de brincar que sou patrocinado pela China", comenta. Ele tem patroc�nio mas nenhum dos apoiadores � brasileiros e reclama que o material acaba encarecido pelas tarifas de importa��o.
At� a quinta (2), a arena abre para os treinos livres. Na sexta, � feita a tomada de tempo de cada drone, que se classifica para a grande final, no s�bado (3), onde as m�quinas duelam em duplas, no esquema mata-mata.
Os drones usados em corrida s�o bem diferentes dos utilizados para filmagens ou hobby. Eles s�o menores, com cerca de 20 cm entre cada h�lice, n�o t�m sistemas autom�ticos de estabiliza��o e os pilotos guiam a m�quina usando um �culos parecido com os de realidade virtual, que transmite o que a c�mera a bordo capta.
O evento � organizado pelo laborat�rio de tecnologia Mirante Lab, que tamb�m faz um worskshop de drones, na �rea interna da Campus Party, na quinta (2). "Come�amos a ver isso surgindo como um esporte l� fora, organizamos uma corrida pequena em S�o Paulo e percebemos que havia um p�blico interessado em competir a s�rio", diz Guilherme Kominami, um dos respons�veis pelo projeto.
Segundo ele, j� est�o previstas outras etapas do Brasileiro, que devem acontecer em outros estados. "O mais incr�vel desse esporte � que ele re�ne tanto gente que gosta de adrenalina, como quem gosta de tecnologia e eletr�nica, � bem democr�tico", diz, enquanto algu�m busca a escada mais uma vez.
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