Pintadas em postes ou em pedras nas �reas menos urbanizadas, as setas em amarelo sobre um fundo preto, acompanhadas pelas letras "CS", indicam as dire��es a serem seguidas por aqueles que querem completar o Caminho do Sal.
Em �rea de mata atl�ntica, a trilha de 50 quil�metros passa por S�o Bernardo do Campo, Santo Andr� e Mogi das Cruzes e atravessa o Parque Estadual da Serra do Mar.
Os turistas encontram c�rregos e lagos, al�m de morros como o mirante de Campo Grande, onde a constru��o da Capela do Bom Jesus da Boa Viagem remonta ao in�cio do s�culo 20.
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Com trajetos de m�dia e alta dificuldade, o Caminho do Sal atrai principalmente grupos de corredores e ciclistas.
O corredor de montanha Edilson Rodrigues dos Santos, 34, j� perdeu as contas de quantas vezes passou pelo trecho entre S�o Bernardo e Santo Andr�.
"O terreno � todo de cascalho, o que ajuda no fortalecimento, al�m de ser uma rota cheia de altos e baixos, o que tamb�m � bom para o treino", diz ele, que corre em um grupo de 15 pessoas.
A rota nasceu com um prop�sito diferente. Por volta de 1640, o trecho, conhecido como Zanzal�, era caminho dos tropeiros que transportavam o sal do Porto de Santos at� a regi�o que hoje corresponde � cidade de Mogi das Cruzes.
"Era um trabalho da mais extrema import�ncia", afirma Alfredo Salum, professor de hist�ria da Faculdade Anhanguera. Como era costume salgar os alimentos para garantir a sua durabilidade, o sal ocupava posto de produto essencial para a sobreviv�ncia dos povoados.
Outra etapa do Caminho do Sal, hoje conhecida como Trecho dos Carvoeiros, � fruto do s�culo 19. A estrada de ferro estabelecida pela companhia inglesa S�o Paulo Railway ajudava a escoar a produ��o de lenha e carv�o, e deu origem � Vila de Paranapiacaba.
Hoje, o local serve como parada para os turistas na trilha, como o artes�o Jos� Santana, 56. "Vou at� Paranapiacaba, almo�o e volto pedalando", diz ele, que encontrou no percurso uma maneira de satisfazer outro hobby: o de fotografar paisagens. "Tem muita natureza, plan�cies, rios."
O Caminho do Sal foi oficializado pelas prefeituras da regi�o em 2014. O passeio � gratuito e pode ser feito a partir de diversos pontos de acesso � trilha. Alguns trechos t�m apenas estrada de terra ou cascalho, sem sinal de celular ou infraestrutura para banheiro e alimenta��o, ent�o � importante se planejar bem.
As rotas n�o s�o monitoradas, ent�o as prefeituras recomendam que as pessoas n�o fa�am o trajeto desacompanhadas ou � noite. H� grupos que organizam e vendem passeios guiados pela regi�o, como o Bike Assist e a ag�ncia Viajante Roots.