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Filme pol�mico sobre a vida de Ira Sachs tem roteirista brasilero

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Cai uma tempestade em Manhattan numa tarde de setembro. Minutos depois, o buzina�o revela sem�foros desregulados e um caos no tr�nsito do Chelsea, onde mora o roteirista carioca Mauricio Zacharias, 49. "Estou acostumado a ver isso no Rio, n�o aqui", diz ele.

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Faz 20 anos que, ap�s um mestrado em Los Angeles, ele se viciou em Nova York ("esta cidade � uma droga"). E n�o sair� t�o cedo. Motivos para ficar 2012 tem dado de sobra.

"Deixe a Luz Acesa" ("Keep the Lights On"), seu primeiro roteiro para o mercado americano, ganhou pr�mio em Berlim, foi recomendado pela cr�tica do "New York Times" e citado pela "Cahiers du Cin�ma" como "possivelmente o melhor filme do ano".

O longa o trouxe de volta ao seu apartamento no Leblon, para apresent�-lo no Festival do Rio, que come�ou na semana passada. Em S�o Paulo, o filme ser� exibido hoje e na pr�xima quinta (4/10), no Festival Indie 2012.

A trama se baseia na conturbada rela��o de Ira Sachs, o diretor do filme, com o ex-namorado Bill Clegg, agente liter�rio que se viciou em crack.

Gilberto Tadday
Revista Serafina Retrato do roteirista de cinema Maur�cio Zacharias no terra�o do Hotel Americano no Chelsea em Nova York. Cr�dito: Gilberto Tadday
Maur�cio Zacharias em hotel no Chelsea, em Nova York.

Clegg contou sua hist�ria em "Retrato de um Viciado Quando Jovem" (Companhia das Letras), de 2010. Nele, descreve ter abandonado uma carreira de sucesso por incont�veis tragadas de crack, doses de vodca e dias e noites de sexo com mich�s.

Ent�o Ira Sachs resolveu contar sua vers�o. Mas a ideia inicial era outra: sobre um homem soropositivo � beira da morte. Quando Sachs mostrou ao roteirista o material de inspira��o para a obra de fic��o –e-mails, m�sicas e outras refer�ncias dos dez anos de vida com Clegg, entre 1998 e 2008–, Mauricio n�o teve d�vidas: "O filme est� aqui".

"O Ira precisava de algu�m que lhe desse coragem para assumir e expor a pr�pria hist�ria", conta o roteirista.

O brasileiro n�o conheceu Clegg, nem leu seu livro. "O roteiro tenta passar o sentimento que eu tive ao ter contato com aquele 'di�rio' da vida deles."

A ind�stria, por�m, ignorou o drama, de cenas fortes de drogas e compuls�o sexual. "A gente sempre soube que Hollywood n�o ia encarar. Fizemos tudo independente."

PR�XIMAS ATRA��ES

Apesar da ascens�o de filmes que tratam a rela��o homossexual naturalmente –como "Minhas M�es e Meu Pai"–, e do apoio de Barack Obama ao casamento gay, o carioca diz que "a sociedade avan�ou, mas tem uma frente conservadora muito forte".

Seu pr�ximo roteiro, para o qual planeja ter Ira na dire��o, conta de novo uma hist�ria gay, mas "bem mais leve".

Na lista tamb�m est� o filme "Trinta", sobre o carnavalesco Jo�osinho –com dire��o de Paulo Machline e Matheus Nachtergaele no elenco–, e uma cinebiografia produzida por Paula Lavigne.

Economista por forma��o, Mauricio se juntou ao colega de classe Jo�o Moreira Salles na Videofilmes, nos anos 1980. "Foi o Walter, irm�o dele, que me recomendou ir para Los Angeles."

Ele acha que � hora de o cinema brasileiro ter "menos favela e mais classe m�dia".

Na hora de escrever, s� consegue trabalhar quando est� s�. "Odeio 'set' de filmagem. A natureza do trabalho do roteirista � ser sozinho."

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