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Meirelles pediu lobby dos EUA para independ�ncia do BC
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DA REUTERS
Pr�ximo das elei��es de 2006, o ent�o presidente do Banco Central Henrique Meirelles pediu aos EUA que atuassem junto ao governo do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva para que fosse dada ao BC mais independ�ncia, de acordo com documentos secretos do Departamento de Estado norte-americano.
Em conversa com diplomatas norte-americanos em 9 de agosto de 2006, Meirelles prometeu pressionar nos bastidores por mudan�as regulat�rias que criassem um ambiente de investimento melhor para empres�rios norte-americanos no Brasil.
O documento, obtido pelo WikiLeaks, pode se tornar embara�oso para Meirelles, que se prepara para assumir um novo e importante papel no governo brasileiro. Tamb�m pode colocar novamente no foco a suscetibilidade do BC � interfer�ncia pol�tica.
"Meirelles pediu que [o governo dos EUA] usasse discretamente sua rela��o [com o Brasil] para discutir a import�ncia de levar ao Congresso uma legisla��o garantindo ao Banco Central essa autonomia", escreveram os funcion�rios da embaixada norte-americana no documento, que detalhou o encontro inicial entre o embaixador Clifford Sobel e Meirelles.
Ele argumentou que o secret�rio de Tesouro Henry Paulson em particular seria capaz de tratar desse assunto com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Meirelles nunca solicitou formalmente independ�ncia para o Banco Central, mas Lula deu ao ent�o chefe do BC um mandato relativamente livre para definir a pol�tica monet�ria durante os oito anos em que ficou no posto. O comando de Meirelles terminou no final do ano passado, antes de Alexandre Tombini assumir o posto no governo de Dilma Rousseff.
A falta de autonomia legal abriu caminho para tens�es entre Meirelles e Mantega sobre o patamar das taxas de juros, alimentando temores de que a pol�tica monet�ria poderia ser vulner�vel a press�es pol�ticas.
O gabinete de Mantega disse que nunca foi informado pelos Estados Unidos sobre a quest�o da independ�ncia do BC, enquanto Meirelles refutou o conte�do do documento norte-americano.
"As declara��es atribu�das a mim n�o refletem com propriedade o tema de qualquer conversa que eu tenha tido", afirmou Meirelles via e-mail.
O ex-embaixador dos EUA Sobel n�o quis comentar o assunto.
De acordo com o documento do governo americano, Meirelles identificou "a falta de experi�ncia governamental entre os principais assessores de Lula" como um "segundo conjunto de dificuldades" para investidores.
Ele elogiou Dilma, que era ministra-chefe da Casa Civil na ocasi�o, dizendo que ela era "muito esperta", mas ressaltou que "ela ainda traz alguma bagagem ideol�gica � fun��o".
Meirelles se ofereceu para "contribuir nos bastidores em pressionar por reformas regulat�rioas priorit�rias para melhorar o clima de neg�cios", segundo o documento.
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