Descrição de chapéu Polícia Federal Abin

Investigados por 'Abin paralela' discutiram tiro na cabeça de Moraes, diz PF

Diálogos são mencionados em relatório que fundamenta as prisões ocorridas nesta quinta (11)

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Brasília

Integrantes da chamada "Abin paralela" na gestão de Jair Bolsonaro (PL) afirmaram em trocas de mensagens que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes merecia um tiro na cabeça e outras ações violentas, aponta relatório da Polícia Federal sobre o caso.

Nesta quinta-feira (11), a PF deflagrou a quarta fase da operação relacionada ao tema e prendeu agentes que trabalhavam diretamente para Alexandre Ramagem, atual deputado federal, pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro e ligado ao vereador Carlos Bolsonaro (PL), que também é investigado.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, preside a sua primeira sessão da corte após sua posse
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, preside a sua primeira sessão da corte após sua posse - Pedro Ladeira/Folhapress

As prisões foram autorizadas por Moraes. São cumpridos mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

Em uma conversa em agosto de 2021 sobre investigações sob a responsabilidade de Moraes entre dois presos nesta quinta, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues, um deles diz que "esse careca tá merecendo algo a mais".

Outro responde: "Só [fuzil] 7.62". O interlocutor acrescenta: "head shot" [tiro na cabeça].

Em outra conversa sobre a possibilidade de Moraes ser destituído do cargo de ministro, um deles afirma: "Com esse careca filho da puta só tiro mesmo. Impeachment dele não sai".

Segundo a PF, "os investigados Giancarlo e Bormevet, por oportuno, foram intimados para prestarem esclarecimentos sobre os fatos colacionados".

"O primeiro encaminhou atestado de saúde para justificar o não comparecimento, o segundo se reservou ao direito sagrado ao silêncio sob a justificativa de não ter tido acesso às diligências de análise em andamento".

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