Tarcísio emplaca na Alesp policial que foi seu assessor no Governo de SP

Danilo Campetti atuou como segurança no episódio de tiroteio em Paraisópolis na campanha eleitoral de 2022

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São Paulo

O agente federal Danilo Campetti (Republicanos), aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), assumirá nesta quinta-feira (27) uma cadeira na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

O governador tem articulado desde o começo do ano para que o policial, que foi seu assessor e atuou no episódio em que um tiroteio em Paraisópolis interrompeu a agenda de sua candidatura em São Paulo em 2022, assuma uma cadeira de deputado estadual.

O agente é suplente de deputado estadual, e sua posse na Alesp está programada para as 15h desta quinta, após a ida de um deputado titular para a gestão de Ricardo Nunes (MDB) na Prefeitura de São Paulo.

Tarcísio de Freitas, Danilo Campetti e Jair Bolsonaro durante a campanha de 2022
Tarcísio de Freitas, Danilo Campetti e Jair Bolsonaro durante a campanha de 2022 - Reprodução/@apfcampetti no Instagram

Essa articulação se deu por meio da ida do deputado estadual Rui Alves (Republicanos) para a Secretaria de Turismo da Prefeitura de São Paulo. Antes, Rodolfo Marinho estava no cargo, e agora virou adjunto.

A coluna Painel, da Folha, já havia informado sobre articulação. No entanto, Alves interrompeu a transferência ao ser informado de que não poderia fazer nomeações na pasta que assumiria.

Em janeiro, também em arranjo entre prefeito e governador, o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) foi convidado a ocupar a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento. Após um mês de tratativas, o parlamentar recusou o chamado, frustrando assim Tarcísio.

Abduch disse a colegas, na ocasião, que a mudança dificultaria sua tentativa de ser vice do emedebista na eleição de 2024 —objetivo hoje considerado distante de ser concretizado pelos envolvidos.

No começo do ano, Tarcísio nomeou Campetti para o cargo de assessor técnico de gabinete na Secretaria de Segurança Pública.

Em junho, no entanto, o Ministério da Justiça retirou o agente do posto que ocupava e o transferiu para São José dos Campos (SP) sob o argumento de que o efetivo da PF no local estava baixo. Com isso, ele teve que sair do governo estadual.

Campetti foi alvo de processo da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, que pediu que Tarcísio fosse multado sob acusação de que o policial federal atuou em sua campanha eleitoral, o que é proibido.

O agente acompanhava o então candidato e integrava sua equipe de segurança no dia 17 de outubro, quando um tiroteio em Paraisópolis interrompeu a campanha de Tarcísio. O caso foi arquivado no ano passado.

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