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Tabata provoca Boulos e diz que Marta Suplicy é sua eleitora

Petista se filiou ao PT para ocupar a vice na chapa do deputado federal do PSOL

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São Paulo

A deputada federal Tabata Amaral (PSB), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, provocou seu adversário na corrida eleitoral Guilherme Boulos (PSOL) na manhã desta sexta-feira (7), ao dizer que a vice do deputado, Marta Suplicy (PT), é sua eleitora.

"Ela votou em mim para deputada federal na última eleição e eu tenho um carinho muito grande por ela", afirmou Tabata.

A deputada falava sobre a necessidade de honrar o legado dos CEUs (Centros Educacionais Unificados), marca da gestão Marta à frente da prefeitura, quando foi questionada se conversava com a vice de Boulos.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB), ao lado de Geraldo Alckmin
A deputada federal Tabata Amaral (PSB), ao lado de Geraldo Alckmin - Bruno Santos/Folhapress

Tabata participou nesta manhã de sabatina da Reag Investimentos e do canal MyNews, realizada com os pré-candidatos a prefeito de São Paulo.

Tabata disse também que já falou a Marta e a Luiza Erundina que "tem muita sorte de ser pré-candidata a prefeita em uma cidade que teve duas grandes prefeitas".

Marta é considerada pela campanha de Boulos como um importante ativo para promover o crescimento do deputado na periferia.

Tabata aparece em terceiro lugar na última pesquisa Datafolha, com 8% dos votos, empatada tecnicamente com José Luiz Datena (PSDB), também com 8%, e com Pablo Marçal (PRTB), que tem 7%.

Lideram a disputa Boulos e o atual prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com 24% e 23%, respectivamente.

Ao longo da sabatina, Tabata centrou os ataques em Nunes, criticando, entre outros pontos, a disseminação de contratos emergenciais sem licitação, os índices da educação em São Paulo e o preparo da cidade para lidar com enchentes.

Questionada sobre as implicações do anúncio de Datena e Marçal como pré-candidatos, ela tergiversou e defendeu a solidez de sua pré-campanha, dizendo que, independente da movimentação dos adversários, continua pontuando em torno de 10% nas pesquisas.

Tabata tinha a expectativa que Datena fosse vice em sua chapa. Sobre a pré-candidatura dele, ela afirmou que "na política tudo pode acontecer, inclusive nada". A deputada disse que as pessoas ainda vão se surpreender "com o que vai sair desse caldo" e que receberia o apresentador de braços abertos em sua vice.

Afirmou também que a figura do vice é muito importante, mas que, em São Paulo, essa importância é desproporcional porque políticos costumam usar a prefeitura como trampolim para candidaturas ao governo ou à Presidência. Prometeu que, se eleita, ficará no cargo por oito anos.

A deputada disse que esta eleição não é uma continuidade da disputa entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ou uma prévia das próximas eleições, estaduais ou nacionais.

Declarou que seu desafio não é a polarização, mas sim o desconhecimento, e defendeu que a capital costuma votar mais ao centro, fugindo dos extremos. "Mais da metade da cidade não me conhece. De cada três pessoas que me conhecem, uma diz que vai votar em mim com certeza."

Ainda assim, Tabata reconheceu que a polarização pode ter custado votos nas eleições para a Câmara dos Deputados. Ela disse que perdeu eleitores nas regiões mais centrais e ricas da cidade, e que acredita que isso ocorreu porque nesses locais a influência de Lula e Bolsonaro é mais determinante. Em contraste, a parlamentar afirmou que cresceu nos extremos sul e leste de São Paulo.

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