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Eduardo Paes amplia opções 'puro-sangue' para vice após racha com Republicanos no Rio

Prefeito exonera dois secretários no prazo da desincompatibilização; PT também disponibiliza nomes em pressão por vaga

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Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), exonerou nesta quarta-feira (5) dois secretários municipais para garantir opções "puro-sangue" para a vice em sua chapa para a disputa pela reeleição.

Os secretários Eduardo Cavaliere (Casa Civil) e Guilherme Schleder (Esportes), ambos do PSD, deixaram seus cargos no dia do prazo para desincompatibilização determinado pelo calendário eleitoral. Eles retomam suas cadeiras na Assembleia Legislativa.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), discursa na inauguração do ImpaTech, na zona portuária - Mauro Pimentel - 2.abr.24/AFP

O nome preferido do prefeito é o deputado federal Pedro Paulo (PSD), mas Cavalieri e Schleder são opções a serem apresentadas a novos partidos que aceitarem integrar a aliança. Paes também trabalha com os nomes do presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD), e da deputada federal Laura Carneiro (PSD).

O PT também se movimentou para indicar opções para pleitear o espaço na chapa. O ex-secretário Adilson Pires (Assistência Social) foi exonerado no município, e está prevista a saída do ex-deputado André Ceciliano do cargo de secretário de Assuntos Federativos da Secretaria de Assuntos Institucionais para se disponibilizar na disputa.

A sigla também ofereceu o nome da vereadora Tainá de Paula para a chapa.

A prioridade de Paes, porém, é ampliar sua aliança com partidos da centro-direita, como o PP e a União Brasil.

A estratégia ganhou relevância após Paes romper nesta semana com o Republicanos. O prefeito exonerou nomes indicados pelo partido na estrutura municipal e cancelou contrato com ONG vinculada ao ex-deputado Eduardo Cunha, que atualmente dá as cartas no partido.

Em nota, a sigla afirmou que vai decidir se lança candidato próprio ou se faz aliança com outro postulante. O partido se aproximou do deputado Alexandre Ramagem (PL) nos últimos meses.

"O verdadeiro motivo da nossa saída está na não realização dos compromissos assumidos com o partido quando aceitamos firmar a aliança. Filiação de candidatos na legenda não foram efetuadas, nomeações ocorreram de forma esparsa e muitas ficaram travadas. Obras prometidas não foram iniciadas, sem garantia de execução, impactando negativamente nossa chapa de vereadores", afirmou o partido, em nota.

O episódio é uma extensão da crise que se instalou entre os dois partidos desde a exoneração de aliados do deputado Chiquinho Brazão do município, após a acusação de envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).

O Republicanos era a única sigla à direita do espectro político que havia fechado com Paes.

O prefeito tem como objetivo ampliar o número de aliados e dificultar a tentativa de nacionalização da campanha por parte de Ramagem, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa. A leitura é a de que, com uma coligação alargada, o prefeito poderá se apresentar não apenas como um aliado do presidente Lula, mas também de uma frente mais ampla voltada para a cidade.

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