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Datafolha: Avaliação de Ricardo Nunes fica estável a 4 meses da eleição em SP

Prefeito tem 26% de aprovação, 25% de reprovação e 45% de regular; 43% estão satisfeitos em morar na capital paulista

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São Paulo

A avaliação do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está estável a pouco mais de quatro meses da eleição municipal que ele pretende disputar. Consideram sua gestão regular 45% dos paulistanos, enquanto 26% a aprovam e 25% a reprovam.

Não souberam avaliar 3%, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, feita na segunda (27) e na terça (28). Com a margem de erro de três pontos percentuais, há estabilidade entre os números aferidos no levantamento anterior.

Nunes (esq.) vistoria obra de urbanismo no Jardim Lapenna, na zona leste da capital
Nunes (esq.) vistoria obra de urbanismo no Jardim Lapenna, na zona leste da capital - Rubens Cavallari - 14.mar.2024/Folhapress

Em março deste ano, Nunes tinha 43% de regular, 29% de ótimo/bom e 24%, de ruim/péssimo. Naquela ocasião, sua curva era ascendente: em agosto de 2023, os números eram 49%, 23% e 24%, respectivamente.

Tal cenário não favorece as pretensões do alcaide de se reeleger, dado que avaliação e intenção de voto têm grande correlação. Em outro item importante, a rejeição, o prefeito tem um índice mais confortável, de 24% de eleitores que dizem jamais votar nele.

Nesta mesma pesquisa do Datafolha, ele aparece empatado com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) na disputa nos dois cenários desenhados pelo instituto.

Já nas duas rodadas anteriores, ainda que os números fossem incomparáveis no quesito intenção de voto porque o leque de candidatos era diferente, a aprovação de Nunes acompanhou um salto na sua posição na disputa pela prefeitura.

O prefeito enfrenta o desgaste natural do cargo que herdou como vice de Bruno Covas (PSDB), morto em maio de 2021, além de suspeitas que pairam sobre contratos municipais e outras denúncias —recentemente, seu aliado e fiador Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara Municipal, foi envolvido em investigação sobre corrupção.

Todos rejeitam as acusações, e aliados do prefeito minimizam o impacto delas na campanha. O mesmo se diz sobre a proximidade tímida com o bolsonarismo, devido aos rolos judiciais do ex-presidente, ainda que na prática o prefeito seja cauteloso no abraço ao grupo.

Aqui o problema é político: o entorno de Jair Bolsonaro (PL) e partidos do meio reclamam de espaço na campanha e pedem o cargo de vice de Nunes.

Por outro lado, o prefeito acelerou ao longo deste ano a agenda de inaugurações, como as obras inacabadas da avenida Santo Amaro, na zona sul, e outros eventos, que levaram o PSOL a questioná-los como campanha antecipada.

A avaliação de Nunes é homogênea pela cidade, com a exceção da região central, um reduto de Boulos. Lá, 49% dos entrevistados consideram seu governo ruim ou péssimo. Demograficamente, contudo, é o lugar menos populoso da capital, com 3% da amostra desta pesquisa.

Em outros estratos, há sobreposição com a intenção de voto do prefeito. Aprovam mais Nunes aqueles 20% com ensino fundamental, com 34% de ótimo e bom. Já o reprovam mais os 34% com curso superior e os 6% mais ricos, que lhe dão respectivamente 38% e 54% de ruim e péssimo.

A pesquisa buscou medir também a satisfação do paulistano. Encontrou um resultado misto: enquanto 71% dos ouvidos se dizem mais orgulhosos do que envergonhados da cidade, 43% afirmam estar muitos satisfeitos de morar nela —outros 45% estão um pouco satisfeitos e 11%, nada.

O percentual daqueles que dizem ter mais vergonha da capital é de 26%, ante 1% que afirmam estar divididos no quesito. Em relação à satisfação, pessoas com mais de 60 anos e aqueles com ensino básico são as mais felizes (64%), enquanto esse contingente cai para 35% entre os mais ricos e com idade entre 35 e 44 anos (21% dos ouvidos), além de 34% entre quem tem ensino superior.

Por fim, os pesquisadores pediram para o paulistano dar uma nota à cidade. A média foi 7, suficiente para passar de ano. Deram nota de 0 a 3 5% dos ouvidos, de 4 a 6, 30%, e de 7 a 10, 65%.

O Datafolha ouviu 1.092 pessoas no levantamento, que foi contratado pela Folha e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-08145/2024.

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