Dez nomes disputam a principal cadeira da Prefeitura de Curitiba nas eleições de outubro. Eles se registraram dentro do prazo legal, encerrado em 15 de agosto, e as inscrições ainda serão julgadas pela Justiça Eleitoral.
O grupo que hoje comanda a prefeitura definiu o nome de Eduardo Pimentel (PSD) para o pleito – ele é o atual vice-prefeito e tem o apoio do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). O atual prefeito é Rafael Greca (PSD), que conclui o segundo mandato consecutivo.
Pimentel também tem o apoio do PL de Jair Bolsonaro - a sigla integra a chapa com o ex-deputado federal Paulo Martins como candidato a vice-prefeito - e conta ainda com uma aliança com o Novo do ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol.
Além do PL e do Novo, Pimentel também fechou alianças com o MDB, Republicanos, Pode, Avante e PRTB.
Mas o lavajatismo se dividiu em Curitiba. O casal Moro vai apoiar o deputado estadual Ney Leprevost, nome do União Brasil para a prefeitura. A vice de Leprevost na chapa é a deputada federal por São Paulo Rosângela Moro (União Brasil), mulher do senador e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União Brasil).
Leprevost também tem o apoio de dois partidos pequenos, Agir e DC.
Outro nome na corrida à prefeitura que integra o campo da direita, assim como Pimentel e Leprevost, é a candidata do PP, a deputada estadual Maria Victoria. Ela é filha do deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP) e, antes de confirmar a candidatura, tentou ser vice na chapa de Pimentel. Maria Victoria fechou aliança com o PRD.
Já o Solidariedade tem o ex-deputado federal e ex-prefeito de Pinhais Luizão Goulart como candidato a prefeito.
Para enfrentar o grupo que hoje está no poder, partidos de esquerda, como o PDT e a federação entre PT, PCdoB e PV, estão apoiando o candidato do PSB, o deputado federal e ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci. O vice na chapa é o deputado estadual Goura (PDT), que disputou a cadeira de prefeito em 2020.
Inicialmente, Ducci enfrentou resistência entre petistas locais, pelos laços do passado com o PSDB – ele foi vice-prefeito do tucano Beto Richa. Mas prevaleceu a costura feita pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que defende o fortalecimento das alianças com partidos que apoiaram Lula em 2022, como o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Outros partidos da esquerda preferiram o caminho da candidatura própria, como a federação entre PSOL e Rede, que lançou a professora Andrea Caldas (PSOL).
Além disso, insatisfeito dentro do PT, o ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião deixou a sigla do presidente Lula e se lançou candidato pelo Mobiliza.
Assim como o Mobiliza, outros partidos pequenos estão levando representantes para a disputa: o PSTU lançou Samuel de Mattos; o PCO registrou Felipe Bombardelli.
Já o PMB inscreveu o nome da jornalista Cristina Graeml para a disputa de outubro, mas o diretório nacional da sigla não reconhece a candidatura. O impasse deve ser julgado pela Justiça Eleitoral.
Candidatos à Prefeitura de Curitiba
- Cristina Graeml (PMB)
- Eduardo Pimentel (PSD)
- Felipe Bombardelli (PCO)
- Luciano Ducci (PSB)
- Luizão Goulart (Solidariedade)
- Maria Victoria (PP)
- Ney Leprevost (União Brasil)
- Professora Andrea Caldas (PSOL)
- Roberto Requião (Mobiliza)
- Samuel de Mattos (PSTU)
Calendário eleitoral
- 30.ago a 03.out: propaganda eleitoral no rádio e na TV
- 06.out: primeiro turno
- 27.out: segundo turno
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