O engenheiro Civil Gladson Cameli (PP), 44, foi reeleito governador do Acre neste domingo (2). Ao término da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele venceu a disputa contra o candidato Jorge Viana (PT) por 56,75% a 24,21%.
Em 2018, quando foi eleito governador pela primeira vez, Cameli também derrotou um candidato do PT, colocando, naquela eleição, fim a uma hegemonia de 20 anos do partido no Acre.
Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Cameli viu o presidente visitar estados vizinhos do norte do país, mas não pode contar com a presença dele em um ato de campanha.
Formado em engenharia civil pela Universidade Nilton Lins, foi deputado federal por dois mandatos, senador e segue agora para o segundo mandato como governador.
Em 2019, quando assumiu o governo, pegou o estado com salários atrasados. Trocas sucessivas de secretários, racha com o vice-governador e a dificuldade para executar emendas parlamentares estiveram entre os problemas da gestão.
Engenheiro civil, investiu na infraestrutura, mas teve que frear o plano de governo para encarar a pandemia. Chegou a decretar lockdown total durante a pandemia da Covid-19.
Na reta final da campanha, participou de dois debates na TV. Atacado por todos os adversários, optou por não participar do último, realizado na quinta-feira passada.
No início do terceiro ano de gestão, categorias como educação, segurança e saúde deflagraram greves cobrando reajuste salarial. Como o estado havia superado o teto de gastos com pessoal, Cameli sofreu desgaste político na época.
Em dezembro do ano passado, o governador foi alvo da operação Pitolomeu, da Polícia Federal, autorizada pelo STJ, de desvio de verba estadual. Ele nega.
A vice governadora eleita é a senadora Mailza Gomes (PP), que assumiu justamente a vaga quando Cameli foi eleito governador em 2018.
Esta é a quinta eleição consecutiva de Gladson Cameli. A primeira foi em 2006, para deputado federal, sendo reeleito em 2010. Em 2014 venceu a disputa para o senado em 2018 foi eleito governador no primeiro turno.
Senador por dois mandatos, Jorge Viana (PT) governou o Acre por oito anos (1999-2006) e também foi prefeito da capital. Natural de Rio Branco, é casado e pai de três filhas.
Engenheiro florestal e empresário, presidiu o Conselho de Administração da Helibras. Candidato do ex-presidente Lula ao governo, Viana foi derrotado para o senado em 2018.
Também participou da disputa Márcio Bittar (União Brasil), que já ocupou os cargos de deputado estadual e federal. É casado com a candidata ao senado Márcia Bittar e pai de três filhos.
Em 2014 disputou o governo do Estado, mas acabou derrotado pelo médico Tião Viana (PT). Relator do orçamento do governo Bolsonaro, decidiu lançar a campanha de governador no dia em que se encerrava o prazo de inscrição de chapas, depois de romper com o atual governador.
Concorreram ainda Mara Rocha (MDB), Sérgio Petecao (PSD), Nilson Euclides (PSOL) e David Hall (Agir).
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