O governador Romeu Zema (Novo), que busca a reeleição em Minas Gerais, tem sua gestão aprovada por 50% dos entrevistados pelo Datafolha. A reprovação é de 13%, enquanto 34% o consideram regular e 3% não sabem.
A pesquisa mostra que Zema lidera com folga a corrida eleitoral no estado, com 48% das intenções de voto contra 21% do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).
Kalil, por sua vez, é o pré-candidato mais rejeitado entre os mineiros, com 27% indicando que não votariam nele de jeito nenhum. O índice é de 22% para Zema.
A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha, ouviu 1.204 pessoas em 52 municípios de Minas Gerais entre quarta-feira (29) e esta sexta (1º). A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE com os números MG-07688/2022 e BR-08684/2022.
A avaliação de Zema é ótima ou boa para 33% daqueles que têm entre 16 e 24 anos e para 59% daqueles que recebem mais de dez salários mínimos.
Entre os católicos, a aprovação é de 53%, chegando a 56% entre aposentados e 60% entre funcionários públicos.
Consideram a gestão do Novo ruim ou péssima 18% dos que têm de 35 a 44 anos; 21% dos funcionários públicos e 15% dos desempregados.
Os moradores da capital se dividem entre 39% que consideram o governo ótimo ou bom e 21% que o consideram ruim ou péssimo. No interior, a aprovação é de 53% e a reprovação é de 11%.
Zema apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e manteve boa relação com titular do Palácio do Planalto. Nesta eleição, porém, enquanto o presidente acena para que o governador represente seu palanque no segundo maior colégio eleitoral do país, Zema tem evitado se vincular ao bolsonarismo.
Entre os eleitores de Bolsonaro, Zema tem 64% de aprovação, 28% de regular e 6% de reprovação.
O governador tem avaliação pior entre aqueles que declaram voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que formalizou uma aliança de apoio a Kalil no estado. Nesse grupo, Zema tem 40% de aprovação, 38% de regular e 19% de reprovação.
O Datafolha mostrou ainda que Bolsonaro é um padrinho que atrapalha em Minas –55% declaram que não votariam em candidato apoiado por ele, índice que é de 43% para Lula.
Eleito pela primeira vez a um cargo público em 2018, Zema é um empresário de Araxá (MG) que pregava austeridade e criticava a "velha política".
Seu maior feito no Governo de Minas Gerais foi organizar as contas do estado para pagar em dia o funcionalismo público, que até então recebia salários atrasados e parcelados.
Zema, no entanto, não conseguiu aprovar a adesão de Minas Gerais ao regime de recuperação fiscal, como pretendia, devido a sua relação de turbulência com a Assembleia Legislativa. Para consolidar uma base de apoio em eventual segundo mandato, o Novo rompeu a tradição de só lançar chapas "puro-sangue" e decidiu aderir às alianças.
O tema da mineração é outro foco de críticas ao governo Zema, especialmente depois que sua gestão aprovou de madrugada a licença ambiental para a exploração da Serra do Curral.
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