Quando a votação dos eleitores brasileiros no primeiro turno da eleição de 2018 acabou, às 19h (Brasília) do dia 7, a Folha tinha uma janela de três horas para concluir a edição impressa que circularia na segunda-feira (8).
Na verdade, menos que três horas, afinal as informações de votos apurados foram chegando gradativamente. Então como o jornal trouxe 32 gráficos distribuídos nas 32 páginas com a cobertura eleitoral?
Graças a um planejamento que começou quatro meses antes do domingo.
O setor de tecnologia da Folha já havia preparado um canal de comunicação para receber os dados da apuração em tempo real enviados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em conversas com os jornalistas, designers e infografistas, a tecnologia criou espécies de moldes para cruzar os dados desejados. Por exemplo, já entregar uma tabela com a votação por cidade e partidos vencedores, ou votos divididos por sexo e por município.
Nesse período, sete profissionais da arte analisaram conteúdos publicados pela Folha e outros jornais, do Brasil e do exterior, para decidir quais informações seriam visualmente importantes.
Grande parte da análise foi feita pelo Núcleo de Inteligência da Folha, braço da Redação que trabalha com dados. A equipe, formada por quatro estatísticos e um jornalista, foi reforçada por outros quatro repórteres no dia da votação.
Enquanto eles se dividiram para cruzar esta montanha de informações, a equipe de arte cuidava de transpor para mapas e infografias o que seria contado em texto.
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